Organizadores de Congressos: nova era para o turismo MICE

23 de Março de 2015 8:06pm
claudia
Organizadores de Congressos: nova era para o turismo MICE

Os diretores da federação são decididos em suas expressões: O setor MICE e seus protagonistas, as entidades e associações de organizadores profissionais de congressos, têm que incrementar sua visibilidade nos meios de comunicação, e reconhecem a grande importância da imprensa para o lucro de seus objetivos de negócio, no meio do complexo panorama do turismo contemporâneo. Desde que surgiu a Federação, em 1992 –explica em exclusiva a CND Luis Gandiaga Cos, do Comité Executivo Nacional e Presidente de OPCE Cantabria- o setor, que começou sendo um mais dentro do turismo geral, hoje se tem profesionalizado bem mais e constitui uma indústria com um impato económico relevante para a economia nacional.

Encontramos-nos em frente a uma nova era do turismo MICE, como se confirmou em nosso XVII Congresso, realizado em fevereiro –agregou-; novos palcos, novos desafios e tendências do setor e a comunicação, da assimilação e aplicação das novas tecnologias, que se somam a uma demanda a cada vez mais competitiva e à necessidade de modelos inovadores de gestão. Fundada em 1992, a Federação de OPC da Espanha está formada atualmente por 13 Associações Autonómicas de empresas OPC: Andaluzia, Aragón Castilla Mancha, Castilla-León, Cataluña, Comunidade Valenciana, País Basco, Galiza, A Rioja, Madri e Centro, Múrcia e Navarra. Nestes coletivos estão agrupadas 195 empresas membro e 201 colaboradoras.

Nossos objetivos principais –explica Gandiaga Cos-, como órgão de referência da indústria congresual na Espanha, consistem na defesa dos profissionais que conformam o setor, garantindo a imagem profissional para as empresas OPC espanholas, trabalhar como órgão consultor para aqueles estamentos oficiais que assim o requeiram, e como interlocutor para o resto de Associações e Federações dentro do setor MICE espanhol e europeu.

Entre os elementos realçados pelo congresso, figuram o obter uma relação mais fluída e uma maior visibilidade nos meios de imprensa, mais tendo em conta que o setor não é monolítico, senão que está segmentado em dependência das tendências da indústria e dos conteúdos de negócio das entidades e empresas. Vertentes do turismo MICE, por exemplo, o Turismo de Negócios, que se pode considerar um conjunto de correntes turísticas cujo motivo de viagem está vinculado com a realização de atividades trabalhistas e profissionais realizadas em reuniões com diversos propósitos e magnitudes. A dificuldade reside em determinar uma oferta competitiva e dar satisfação ao viajante que procura receber uma atenção eficaz para seus objectivos profissionais. Por tanto, estes viajantes terão duas variantes: De grupo e individual, com requisitos específicos na cada caso.

Em mudança, o Turismo de Eventos inclui congressos, convenções, feiras, exposições, viagens de incentivo, festivais, e uma extensa faixa de variantes. Alguns a consideram uma modalidade dentro do turismo de negócios, enquanto outros a olha como uma modalidade com perfis próprios. Em todo o caso, dada a grande variedade de temas possíveis em eventos e congressos, é indudável que mobiliza essencialmente a líderes de opinião em numerosos ramos do conhecimento, a ciência, a tecnologia, as finanças e o comércio, e daí sua grande importância para a indústria de viagens em general.

Finalmente, o Turismo de Incentivos diferencia-se em que enquanto os anteriores estão vinculados ao trabalho, este o está ao prazer e ao lazer, pois são utilizados pela direcção de grandes empresas para melhorar ou recompensar o rendimento de seus empregados, aos quais se incentiva com uma viagem que pode ser individual ou de grupo. Mas, mesmo assim, ao se tratar de executivos e profissionais, são viajantes que têm interesses e requisitos específicos e diferenciados do turismo comum e corrente. Ao respeito, Gandiaga Cos adverte que por esta diversidade de tendências e modalidades, encontraremos variantes e estruturas diferentes das OPC na cada autonomia e região, e quanto às empresas e entidades membros, tipologias de serviços diferentes de acordo a suas áreas e modelos de negócio. Nós, como Federação –disse- as representamos a todas, mas tendo em conta sua complexidade.

Em mudança, Manuel Carrilero, vice-presidente das OPC Madri, foca os reptos principais na comunidade sobre os espaços para poder alojar eventos de tamanho médio a grande, no que se refere a mil, dois mil ou mais pessoas. No referente ao resto de eventos que não são dessa envergadura, acho que atualmente após estes anos de situação económica adversa, estão repuntando, com o qual acho que estamos numa boa fase com boas perspectivas.

Quanto ao asociacionismo na comunidade de Madri, Carrilero disse que as OPC Madri e Centro está em contínuo crescimento. Acho que dentro das OPCs é a associação maior na Federação, temos aproximadamente uns cem membros entre empresas OPC, sócias e colaboradoras, porque somos uma associação transversal onde damos cabida a todos os actores relacionados com a organização de congressos e eventos.

Sobre a relação com os meios, o diretor expressa que precisamente estas reuniões são para as melhorar, não cabe dúvida de que são absolutamente necessárias e estão conscientes de que devem as impulsionar e as ampliar. O que acontece é que em nível da promoção –abundou-, ou seja da volta económica que possa ter para a cidade dentro do que é a associação, é algo que em verdadeiro modo se nos escapa porque são os entes públicos os que têm os dados para poder oferecer essa informação. No entanto, pode assegurar-se que a volta económica que tem um grande evento para uma cidade qualquer é grande, porque compreende não só ao congresso em si, senão também a todos os serviços relacionados com ele e com os delegados.

Por outro lado, não deve se esquecer que o segmento MICE rompe com a estacionalidade turística, o qual beneficia à indústria em general. Nestes aspectos, esses critérios coincidem com o Spain Convention Bureau, que celebrou há poucos dias seu encontro anual, no qual seu presidente expressou que “Espanha deve muito às cidades que investe no turismo de reuniões”, e agregou que vão seguir trabalhando pára que continue sendo um destino ponteiro no mundo. Segundo dados da Associação Internacional ICCA, Espanha é o terceiro país do mundo em acolher o maior número de reuniões internacionais, só por trás de Estados Unidos e Alemanha e superando a França e Grã-Bretanha, posição de liderança que responde a diversos factores, entre eles a grande aposta que as cidades e destinos espanhóis realizam para contar com infra-estruturas e equipamentos de qualidade nos que acolher congressos, jornadas e convenções. Quanto aos reptos que confronta a Federação OPC, Luis Gandiaga não duvida em expressar que o maior segue sendo em reivindicar a figura das OPC, que são empresas de serviços, um sector que gera riqueza económica e deve lhe lhe considerar como tal. Isso –agregou- desde o ponto de vista de estratégia. Desde o de trabalho, melhorar em todos os aspectos que conexionan a Federação com agentes de interesse como os meios de comunicação, que tão importantes são para a visibilidade da indústria, e através dos agentes públicos e os diversos provedores que estão relacionados com as OPC na corrente de valor.

Sobre este tema, chegou-se a conclusões como a contribuição que fá-se-á desde a Federação para melhorar as necessidades do sector, sobre os canais e as ferramentas mais eficazes para atingir estes objectivos, bem como as novas oportunidades para o turismo MICE, com especial relevância à aposta pela colaboração mútua e a criação de relações fluídas e eficazes. A figura das OPC –enfatizou Luis Gandiaga- temo-la que reivindicar mas desde nós mesmos, saber que temos que fazer e mais que falar desde o ponto de vista de secretarias técnicas, de que somos uma empresa de serviços e por tanto temos que ser transversais e contribuir mais valor acrescentado para o cliente e para o sector. Se não comunicamos –concluiu- não reivindicamos, se não reivindicamos não nos posicionamos, e se não nos posicionamos não dizemos que somos uma indústria; isto é uma corrente de valor e sobre ela devemos incidir com nossos esforços e os meios de comunicação.

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