Sacyr anuncia a suspensão das obras de ampliação do Canal de Panamá

06 de Janeiro de 2014 9:26am
claudia

O Grupo “Unidos pelo Canal” (GUPC) consorcio liderado por Sacyr Vallehermoso e a italiana Impregilo que em julho de 2009 adjudicou-se o contrato de obras de ampliação do Canal de Panamá, informou esta semana sua intenção de suspender ditos trabalhos pelos sobre custos gerados.

GUPC explicou num comunicado que já tinha enviado à Autoridade do Canal de Panamá (ACP) a nota pré-aviso de suspenção da construção do terceiro grupo de esclusas “ante os incumprimentos do contrato”. Esta ampliação do Canal de Panamá, com um custo de 3.118 bilhões de dólares (uns 2.243 milhões de euros), é um dos maiores projetos de engenheira civil da história.

Segundo indica-se na nota, o consorcio “não pode continuar uma obra na que projetam-se 1.600 bilhões de dólares em sobre custos, que são responsabilidade do empregador, sempre baixo o contrato e as leis panamenhas, e pese a que o GUPC tem remitido diferentes propostas especificas que a ACP tem rejeitado discutir até a data”.

Agora a ACP dispõe dum prazo de 21 dias para cumprir os requerimentos solicitados, ainda que os labores continuem nesse tempo, segundo o GUPC, que está integrado também pela construtora belga Jan de Nuil e a panamenha Construtora Urbana.

Entre outros problemas como os financeiros que estão afetando o projeto, a necessidade duma reunião para discuti-os de forma justa e apropriada uma solução segundo a lei panamenha, e a decisão de não honrar os acordos entre as duas partes, o GUPC tem acusado à ACP de não ter cumprido as suas obrigações no contrato.

Segundo o grupo empresarial a ACP tem forçado ao contratista renunciar alguns de seus direitos e sobre tudo, “tem falhado em manter e restaurar o equilíbrio financeiro com GUPC pelos imprevistos que tem se apresentado na obra”, algo comum em projetos desta índole.

Ainda dos problemas financeiros tem-se apresentado também alguns de falta de colaboração pela ACP

No comunicado o GUPC nega “qualquer tipo de pressão” à ACP e assegura que sempre tem estado “disposto a colaborar” para encontrar “uma saída dialogada para terminar a obra no menor tempo e custo possíveis”.  

No entanto a Administraçao “tem feito todo o possível para evitar a resoluçao das diferentes disputas e reclamos”, disse.

A ACP optou por “ignorar” todos os requerimentos, pelo que GUPC levou seus reclamos à Junta de Resolução de Disputas, “o que significa para o consorcio uma inversão adicional em tempo e dinheiro”, indica o comunicado.

É por todo isto que o grupo liderado por Sacyr e Impregilo anuncia que tem decidido entregar a carta de pré-aviso e recorda que, segundo estabelecem as leis panamenhas, "caso de privação as partes devem equitativamente retificar os términos do contrato para conseguir um justo balance". "Caso a reativação não proceda, o contratante está pode determinar o fim do contrato", agrega.

Sem embargo, o consorcio tem expressado seu desejo de que nos próximos 21 dias a ACP "cumpra com os requerimentos apresentados" para que poda se continuar com a obra "o que suporia a alternativa com menor custo e no menor tempo possível de execução".

(EUROPA PRESS)

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