Santiago de Cuba: 493 anos como cidade

30 de Abril de 2015 10:56pm
claudia
Santiago de Cuba: 493 anos como cidade

A vila de Santiago de Cuba foi fundada no verão de 1515, recebendo pelo Adiantado Dom Diego Velázquez de Cuellar o nome de Santiago Apóstol, “Padrão das Espanhas” e da ordem militar à que pertenciam muitos de seus fundadores.

A última das vilas foi a eleita por Velázquez para construir sua residência e converteu-se em capital da ilha, condição que manteve até 1608 e que propiciou a deslocação de muitos dos ricos conquistadores que se mantinham em Baracoa e Bayamo.

Mal sete anos depois, através de uma bula do papa Adriano VI se produz o translado do Obispado de Cuba desde Baracoa (que nunca cumpriu suas funções como sede do Obispado por não residir nenhum bispo) e a ascensão da antiga igreja parroquial à faixa de Catedral da Ilha. Por este motivo o Rei autoriza que se lhe conceda à vila o Título de Cidade, em 28 de abril de 1522, o que lhe dava uma hierarquia superior à população.

Santiago de Cubanesse então tinha poucos habitantes, casas construídas em sua maioria segundo o costume aborigem, utilizando madeira e palha, pois só aquelas pessoas muito ricas, como o próprio Velázquez, se podiam dar o luxo das construir de pedra.

A igreja parroquial de Santa Catalina, que foi a erigida em catedral, se localizava originalmente em onde hoje se encontra o Arquivo Histórico Provincial de Santiago de Cuba (Aguilera canto a Padre Pico), era uma igreja de madeira e palha, onde segundo contam os cronistas, era difícil seguir a santa missa pelos muitos insectos que molestavam, por sua cercania com o mar e os manguizais (ainda não se tinham ganhado ao mar as terras de toda a parte baixa da cidade caribenha).

Apesar destes inconvenientes, foi muito o orgulho dos habitantes de Santiago de Cuba, ao receber esta nomeação, o que expressaram a partir de então iniciando as Actas Capitulares com a frase “Na cidade de Santiago de Cuba…”

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