Simpósio sobre cidades expôs importância do património para o turismo
Nesta semana teve lugar o IX Simpósio Internacional Desafios no Manejo e Gestão de Cidades, da Cidade de Camagüey, onde se declarou firmemente a importância da conservação do patrimônio para o desenvolvimento do turismo.
No evento, auspiciado pela Assembleia Municipal do Poder Popular e o Escritório do Historiador da Cidade de Camagüey (OHCC), a uns 570 quilómetros ao este de Havana, tiveram lugar palestras especiales, painéis de discussão em plenário, estudos de casos relacionados com o tema central e exposições colaterais.
José Rodríguez, diretor da OHCC destacou que o turismo urbano, cultural, e especificamente hereditário, são modalidades altamente interessantes para o patrimônio e sua conservação.
Nesse contexto efetuou-se um encontro da Rede de Escritórios do Historiador e o Conservador das Cidades Patrimoniais Cubanas e uma conferência a cargo do Oficial do Escritório Regional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Fernando Brugman.
Também o diretor de desenvolvimento do Ministério de Turismo de Cuba (Mintur),Alexandre Serra falou sobre realidades e perspectivas do organismo no país.
Em tanto o presidente da Comissão de Cultura, Sociedade e Patrimônio da União de Escritores e Artistas de Cuba (Uneac), José Antonio Choy, explicou sobre o projeto da Estação Central do Caminho-de-ferro.
Os delegados percorreram lugares de interesse social do centro histórico da cidade, cujo segmento mais antigo foi declarado pela Unesco Patrimônio Cultural da Humanidade e assistiram em horas da noite na Assembleia Solene pelo aniversário 501 da villa de Santa María do Porto do Príncipe, hoje Camagüey.
Durante os quatro dias de sessões do evento incluíram-se palestras especiais dos arquitetos Javier Villalobos (México) e Francesco Gravina (República Dominicana).
Tópicos necessários na vida de uma cidade reconhecida como Patrimônio Mundial, estratégias de trabalho e o turismo como fator de desenvolvimento foram alguns dos temas que guiaram o IX Simpósio Internacional Desafios no Manejo e Gestão de Cidades, que celebrou a OHCC do dois ao quatro de fevereiro.
Para perto de 140 pesquisadores, historiadores e arquitetos procedentes da Rede de Escritórios do Historiador e do Conservador das Cidades Patrimoniais de Cuba, de algumas universidades da ilha e de países como México e República Dominicana assistiram a este encontro para fomentar a experiência colectiva a respeito do manejo destes lugares.
O valor económico do patrimônio, a sustentabilidade, a exploração, a gestão turística, o desenvolvimento endógeno, a participação comunitária, a autenticidade da mensagem cultural que projetam ditas cidades, a paisagem urbana dessas zonas históricas, entre outros aspetos, foram os eixos centrais dos quase 27 trabalhos investigativos que se divulgaram nas diferentes comissões, segundo explicou María Isabel Carmenates Bringa, diretora do Plano Mestre da OHCC.
E é que “se nos damos conta de que nestas zonas patrimoniais, o turismo é um dos renglones económicos pelo qual se apostou, é muito importante o manejo que se faça dos mesmos, os quais precisam um tratamento mais cuidadoso. Por isso esta troca de experiências similares multiplica ideias e nos dá uma mirada integradora”, sentenciou Carmenates Bringa.
Fonte: Trabalhadores de Cuba
