Temas cruciais para o turismo tratam em congresso de hotelaria

Abordando temas fundamentais para o desenvolvimento da indústria turística como a capacitação do recurso humano, a transformação por médio da tecnologia, a qualidade do serviço no Panamá, o poder da marca país, a gastronomia como ferramenta para o crescimento turístico, a conectividade do Panamá como destino final, entre outros, se realizou entre quinta-feira e sexta-feira desta semana, o I Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo organizado pela Associação Panamenha de Hotéis (APATEL).
Sara Pardo, presidenta de APATEL, reconheceu o esforço da organização e destacou que “o futuro passa pela acessibilidade, a sustentabilidade económica, social e meio ambiental, as novas tecnologias, a formação e a imaginação e essas cinco chaves cabem dentro do guarda-chuva da qualidade e o Panamá requer disso que se chama Q de qualidade turística”.
Pardo realçou que uma das dificuldades e facilidades do turismo no Panamá arraiga que nunca é o momento para produzir esse giro para um maior investimento. Se estavam bem as coisas, não se podiam mudar e quando estavam mau, não era o momento. Isto está unido ao segundo impedimento, que tem sido a resistência à mudança, porque nos custa mudar e isso é uma enorme dificuldade.
A presidenta de APATEL apelou à unidade do sector para sair da crise que afeta ao turismo e disse que o congresso tem como norte precisamente isso: unir a todos os integrantes, tanto privados como públicos num trabalho mancomunado.
Panamáconta atualmente com um total de 28.424 habitações em nível nacional. Deste total, um 65% encontra-se na cidade capital, um 12% na província de Coclé e um 9% na província de Chiriquí. Machado assegurou que "nos últimos anos Panamá tem tido um interessante investimento na infraestrutura turística".
Na primeira jornada Diego Fernández, consultor costa-riquense em turismo falou da Inteligência de Mercado num Meio de Alta Competitividade e realçou a importância da análise da informação estratégica para potenciar o crescimento da hotelaria.
Em seu turno o CEO de Potential Group do México, Engel Fonseca, abordou o tema das Tendências Tecnológicas e Médios Colaboradores para o Turismo e incidindo em que as transformação, tanto de empresas como de sectores, pode se conseguir através das novas tecnologias.
O painel desse primeiro dia de congresso esteve dedicado ao tema Viajante moderno e as plataformas tecnológicas na indústria do turismo e no mesmo participaram Luis Luengo, Alexander Carrasco, Jaime do Rio e Engel Fonseca com a moderação a cargo de Jaime Campusano, presidente da Câmara Panamenha de Turismo. Seguiram outras duas exposições mais: Percepção do Turista sobre a Qualidade do Serviço na cidade de Panamá; Diagnóstico da Educação e sua reflito no sector turístico; e o Poder de marca-a País.
Neste último tema, a cargo de Adriana Peña consultora mexicana, assegurou que a marca país não é “só oferecer praias e bebedeira é algo mais que isso, é história” e que deve criar em torno de um produto ou atrativo turístico icónico e em caso de não o ter o inventar. “É necessário ter uma história e contá-la, contá-la e contá-la”, sustentou a experiente.
No entanto destacou que a marca país não se faz da noite para o dia, que é necessário a trabalhar por anos e que o mais importante para ter uma marca país é definir a arquitetura da marca; o como e o quando e finalmente o papel dos componentes: quem faz que?
Também nesta secção, participou o presidente do Grupo Excelencias, José Carlos de Santiago quem se referiu à Gastronomia como atrativo turístico de um destino, assegurando que pese a ser um dos aspectos mais importantes da vida, não o valorizamos o suficiente e recordou que na Espanha nos 8 anos de crises tem sido o único subsetor que tem seguido crescendo.
Igualmente explicou a importância da criação da Academia Panamenha de Gastronomia, projeto que impulsiona a Academia Iberoamericana e que tem sido acolhido positivamente pelas autoridades panamenhas e que potenciará a gastronomia nacional.
Para finalizar levou-se a cabo o painel Desenvolvo do Talento Humano e Inclusão como Vantagem Competitiva, onde participaram Sulay Sánchez, Carlos Alipi, Nélida Ortiz de Loaiza e Miroslava de Zárate tendo como moderador a Danilo Touro.
O segundo e último dia iniciou-se com a participação de Joseph Fidanque III, gerente de Tocumen S.A., quem falou sobre as Perspectivas de Conectividade de Panamá como Destino Final e informou que no primeiro semestre de 2015 tem tido um incremento de 8.1% no movimento de passageiros desembarcados em Panamá, em comparação com o mesmo período de tempo em 2013. Também falou dos projetos presentes e futuros de desenvolvimento do aeroporto e seus serviços para adequar ao crescimento a cada vez maior do tráfico aéreo e a chegada de novas linhas aéreas internacionais.
O painel da manhã abordou o tema Conectividade, aeroportos e transporte terrestre onde participaram Alexis Sapata, Joseph Fidanque III, Maru Gálvez, Rodrigo Gómez e Jaime Fondevila, contando com Moisés Véliz como moderador.
Gestão de Hotéis em Tempo de Turbulência; Ativação de Destinos; Desafio, Avanços e Projeções de novos produtos turísticos; Clusters para o Desenvolvimento do Turismo; e a Felicidade, as Viagens e o Turismo.
O painel da tarde referiu-se a Preservação e impulso dos atrativos turísticos e participaram Darién Montañez, Samuel Valdés e Magda da Torre, e o moderador foi Enrique Pesantez.