Turismo a galope: Espanha procura também ao turista equestre

19 de Janeiro de 2015 4:17pm
claudia
Turismo a galope: Espanha procura também ao turista equestre

A equitação é uma atividade de lazer que envolve a 20 milhões de pessoas a cada ano. Agora também, como tudo, é um reclamo turístico para atrair viajantes, sobretudo estrangeiros. Há turistas que montam a cavalo regularmente e que procuram o fazer também em férias.

A Real Federação Hípica Espanhola trabalha, desde seu departamento para a Promoção do Turismo Equestre, na homologação dos serviços que se oferecem através de uma marca para que a cada vez sejam mais os que adentrem-se a galope de seu cavalo na zonas de interior.

Seu director, Alejandro Solís, assinala que, pese à forte tradição em torno do mundo do cavalo, na Espanha não se está a conseguir atrair a estes viajantes. Europa e Estados Unidos são os principais emissores de turistas equestres”; no marco da União Européia, destacam França, Reino Unido e Alemanha.

Por isso, é fundamental a aposta pela internacionalização para participar do mercado “em auge” que, segundo Solís, “muitas vezes fica em Europa e não cruza os Pirineos”. Em sua maioria, são mulheres dentre 40 e 60 anos as que procuram uma travessia dentre 7 e 10 dias durante suas férias, um produto que "não é acertado relacionar com o esporte multiaventura".

"Detectamos que, em general, o que oferecem e a demanda internacional não quadra", pelo que desde o departamento assessoram aos centros equestres e se lhes ajuda a posicionar no mercado. Solís  aponta que, por sua tradição de destinos consolidados em viajantes estrangeiros, Málaga e a Costa Brava são as que mais desenvolvido têm o turismo a cavalo, mas que cresce o interesse pelas zona de interior. Por isso, se estão a fazer propostas concretas, que já têm tido calado em alguns tour-operadores, com caminhos que discurrem pelas Lagoas de Ruidera (Castilla-A Mancha), Doñana (Andaluzia) ou Extremadura.

Por sua vez, a Real Federação Hípica Espanhola atua na homologação de itinerários equestres: nestes momentos, 46 travessias têm recebido seu visto bom ao contar com a sinalização e os serviços necessários para os ginetes e os animais. Andaluzia concentra dez destes itinerários, alguns tão tradicionais como Os Caminhos do Rocío (Sevilla) ou o que discurre entre Serra Nevada e o município almeriense de Abla. Os ginetes também podem desfrutar em suas férias dos percursos em torno da Serra do Rincão (Madri), Cofrentes e a Rota Vulcânica (em Valencia), Ocón (A Rioja) ou os Caminhos da Matarraña (Teruel), entre outros.

Outro dos reptos é, segundo Solís, acabar com a imagem elitista de um setor que tem um desenvolvimento turístico similar ao do esqui, que conquanto se relacionou num início com classes médias-altas, a cada vez se generaliza mais e procura se converter numa nova fórmula para descobrir a beleza do interior.

Back to top