Senador Leahy qualifica de insulto para os estadunidenses tudos, as novas regulações do seu país

14 de Junho de 2019 9:56pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
Patrick-Leahy

O senador pelo partido democrata dos Estados Unidos, Patrick Leahy, escreveu um artigo para o Miami Herald, onde comenta e critica as novas regulações do governo do presidente Donald Trump para limitar as viagens de seus cidadãos a Cuba.
 
Em sua nota, Leahy estima que “a última de uma série de decisões dirigidas a desmantelar a abertura para Cuba iniciada pelo presidente Obama em 2015” e ao enfoque de pressionar politicamente a este país caribenho, pode levar ao resultado oposto, como se veio demonstrando durante 55 anos; “e mostra que a Casa Branca não está tão preocupada com os resultados como com os votos, achando que isto ajudará as possibilidades de reeleição do presidente Trump na Flórida”, aclara.
 
“A realidade é que estas restrições frustradas da época da Guerra Fria sobre o direito a viajar prejudicarão a muitos estadunidenses e a muitas pessoas boas em Cuba. Isto não pode-se negar”, explica Leahy especificando que “os cruzeiros têm deixado de navegar. Os intercâmbios educativos e culturais estão fechados. As equipas esportivas ficarão em casa. As viagens escoares terminaram. As missões comerciais terminarão. Os agricultores e as empresas estadunidenses serão excluídos”.
 
Pergunta-se o Senador “Que tipo de governo acha que tem direito a dizer a seus cidadãos onde podem e não podem viajar, e onde podem e não podem gastar seu próprio dinheiro?”.
Explica que os cidadãos estadunidenses podem viajar sem limitações a Rússia, Irão, China, Nicarágua, Arabia Saudita, “De facto, os estadunidenses podem ir a qualquer parte, excepto Coréia do Norte e agora Cuba, que fica a meia hora em avião desde Miami e cuja gente não poderia ser mais acolhedora para os estadunidenses.
 

Sei-o, porque a diferença das pessoas na Casa Branca, tenho estado lá. Eles, em mudança, têm estado numa cruzada para pressionar ao governo cubano para que mude suas políticas, e acham que uma forma de fazé-lo é evitar as viagens dos estadunidenses a esse destino”.
 
“Esta é uma política paternalista, anacrônica, hipócrita e, sim, cínica, que está por embaixo da democracia mais antiga do mundo. Provámo-lo durante meio século. Falhou. De facto, resultou contraproducente”, qualifica o servidor público.
 
Assegura, mesmo assim que “estas regulações são um insulto para os estadunidenses todos e uma desgraça para uma sociedade livre. A liberdade de viajar é um direito. É fundamental. É parte de quem somos como estadunidenses. Nós viajamos. Nós exploramos. Encontramos-nos com pessoas. Compartilhamos nossos valores. Estabelecemos relações com pessoas com as que estamos de acordo e em desacordo”.
 
Para concluir, o Senador opina que “os cubanos querem uma vida melhor, e não precisam que nós façamos sua vida mais difícil, como também não precisam que se lhes diga aos estadunidenses onde podem e não podem viajar. Todos nós deveríamos pôr fim às políticas desgastadas do passado, da Guerra Fria, do isolamento, do medo e da autodestruição”.

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