FITUR: um compromisso com a reactivação mundial do turismo

10 de Janeiro de 2022 7:51am
Redação Caribbean News Digital Portugues
María Valcarce

Por: José Carlos de Santiago

Fotos: Cortesía da entrevistada/FITUR

Caribbean News Digital conversou María Valcarce, diretora de FITUR, sobre a importância de um evento como FITUR 2022 no contexto atual, as novidades que traz esta edição e o futuro do sector de feiras e congressos; quem afirmou que contribuir à recuperação do turismo global é um dos principais objectivos de seus organizadores.

FITUR tem passado de ser a segunda feira mais importante do mundo à primeira, por adiante de ITB, é assim?

“Realmente nós não queremos centrar a mensagem em se somos primeiros ou segundos e menos num momento em que outras feiras não puderam-se celebrar por circunstâncias externas. Felizmente FITUR se pôde-se celebrar em 2020 – edição recorde – e em 2021 numa edição especial no mês de maio e voltar-se-á a celebrar em 2022. Isto nos permitiu contribuir à recuperação do turismo e isso é o importante para nós. Ser uma grande feira com a capacidade de influir positivamente em reactivar a indústria turística em nível mundial”.

Os dados estatísticos e médicos da edição do 2021 arrojaram umas cifras muito positivas, superou a WTM London no número de países presentes e no de visitantes? como assim?

“Nós tivemos em maio 2021 uma edição que eu chamo heroica, porque, graças ao compromisso dos expositores todos, das administrações públicas, também de IFEMA Madri e dos profissionais que foram, pudemos demonstrar que se podia reactivar o turismo de reuniões com segurança e dar esse primeiro impulso à recuperação da indústria turística. Por sorte WTM 2021 também se pôde celebrar, a equipa de FITUR esteve aí, e, acho que o importante é o facto de sua celebração. Espero que cedo todas as feiras turísticas voltem à cena e deixemos atrás as limitações que os eventos têm vindo sofrendo”.

FITUR MICE consolida-se em sua quarta edição, que nos podes contribuir sobre esta secção?

“FITUR MICE é nossa secção dedicada a este importante segmento do turismo do que a própria IFEMA Madri é estandarte mundial. Vai se celebrar os dias 17 e 18 de janeiro, na segunda-feira e terça-feira dantes da abertura da feira, e vai a congregar a uns 80 profissionais especializados no MICE, que desenvolverão uma intensa agenda de reuniões que seguro conduzirá a numerosas oportunidades de negócio”.

Que outras novidades terá em FITUR neste ano?

“A cada secção da feira apresenta novos programas de actividades e, nesse sentido, apresentar-se-á em FITUR toda a inovação que o sector tem posto em marcha nos diferentes segmentos do mercado, iniciativas de sustentabilidade, novas tendências... Por outra parte, neste ano o sócio FITUR é a República Dominicana, e este destino nos vai surpreender com um espetacular estande que apresentará seus ricos e variados recursos turísticos, não só o de sol e praia senão também culturais, gastronómicos e para o turismo de reuniões. Por último, destacaria que estreamos uma secção de cruzeiros – FITUR CRUISES – que estou segura vai conquistar ao grande público”.

Neste tempo de pandemia as pessoas tem mudado sua forma de pensar e de reunir-se, estendendo-se o teletrabalho, o Zoom, ou qualquer um sistema de videoconferência. Que poderia significar para as cidades que são sedes de feiras e congressos a diminuição de visitantes internacionais a estes eventos?

“Acho que os encontros virtuais são uma ferramenta muito válida e que todos temos passado a utilizar com frequência para evitar determinados deslocações que não tinham um grande valor acrescentado, determinados encontros formativos nos que a convivência com outros assistentes não tinha grande importância; no entanto, não acho que a proposta de valor das feiras e de outros eventos nos que ingredientes como o networking, o encontro pessoal, a interacção não programada, o encontro social, o sentido de pertence a um sector, a construção de relações novas, entre outros, são essenciais, se possa substituir por encontros virtuais.

“As feiras temos que utilizar a tecnologia existente para complementar nossa proposta e fazé-la ainda melhor. Isso é o que temos feito em FITUR com nossa plataforma FITUR LIVE CONNECT com a que temos constituído uma rede para a comunidade profissional do turismo que não substitui o que FITUR proporciona, sinão que ajuda a optimizar a participação presencial em FITUR – sua preparação, seu rastreamento – e permite, àqueles que por circunstâncias determinadas não possam viajar, aceder a seus participantes de modo virtual.

“Quando começou internet já passamos por um grande questionamento das feiras presenciais e o que passou foi que as feiras seguiram a crescer, a se especializar e internacionalizar; e todas adoptamos internet para estender nosso telefonema aos sectores em  nível mundial, acrescentar a visibilidade dos participantes e nos comunicar melhor com os clientes. Depois vieram as apps, o comércio eletrónico …, e as feiras seguimos aí e – com seus ciclos – continuamos em trajectória crescente. Acho que o que temos que fazer é adoptar toda a tecnologia emergente que possa nos ajudar a melhorar e seguir adiante, seguras de que temos uma proposta de valor genuina e insustituível, baseada em que o ser humano é um ser social e que precisamos o contacto pessoal cara a cara”. 

Quantos empregos se criam direta e indirectamente na cidade de Madri por este tipo de eventos e a viagem de seus participantes?

“O último estudo que conheço analisou a actividade gerada por IFEMA Madri em 2018 e mediu seu impacto em 4 374 milhões de euros e 26 168 empregos gerados. O efeito de IFEMA Madri na riqueza e o emprego é muito importante”.

 

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