Alfredo Torrealba, diretor geral de Avaliação de Políticas Públicas do Ministério do Poder Popular para o Turismo, Venezuela

22 de Outubro de 2009 7:39pm
godking

Nos últimos três anos, houve um fluxo crescente de viajantes entre a Rússia e a Venezuela, que deve aumentar a partir dos contatos e negociações nas mais recentes feiras de turismo realizadas em ambos os países. Para Torrealba, o tema dos vistos tem sido também determinante.

O senhor poderia explicar as estratégias da Venezuela para se posicionar nos mercados internacionais do turismo?

A partir de dados estatísticos, a Venezuela tem avaliado o panorama turístico nacional e as preferências daqueles que nos visitam.

Os resultados do estudo fazem parte do Plano Estratégico de Turismo 2009-2013 que acabamos de apresentar e que vai servir para o trabalho das operadoras e agências de viagens nos próximos quatro anos.

O enfoque da última feira de turismo da Venezuela mudou um pouco em relação às anteriores. Poderia explicar a razão?

As feiras venezuelanas sempre estiveram voltadas para a comercialização dos produtos turísticos, mas na última o foco foram as rodadas de negócios.

Temos visto que a Venezuela é muito atrativa como porta de entrada para a América do Sul e de saída para a Europa, e isso favorece os negócios.

Organizamos um sistemam para que as operadoras com ofertas de produtos soubessem os compradores interessados nesses produtos de modo que os contatos fossem mais ágeis.

Há três companhias aéreas que tinham rotas internacionais. A companhia de bandeira ia abrir uma rota para a Espanha. O que é que poderia dizer sobre isso?

A Venezuela trabalha há anos para se aproximar dos aliados políticos. Assim abrimos recentemente uma rota para a Martinica, outra para Teerã e estamos negociando a rota Caracas-Moscou, que é a mais interessante do ponto de vista turístico.

Mas vão abrir outros voos para a Espanha?

Isso vai depender das negociações. O aeroporto de Barajas tem seus regulamentos. Uma nova rota passa por um processo e negociação e de interesse diplomático.

A CONVIASA - linha de bandeira do Estado venezuelano - tem muito interesse no reforço dessa rota, mas também há aspectos diplomáticos que devem ser levados em consideração.

A Venezuela vai manter sua estratégia de escritórios turísticos em diferentes países?

A lei estabelece que as embaixadas da Venezuela no estrangeiro tenham um responsável pelos temas turísticos. É um posto que existe há vinte anos, o que mostra o interesse do Estado pela indústria turística.

O governo do presidente Chávez tem tentado reduzir os custos. A partir da experiência do escritório de turismo na Alemanha, decidimos voltar aos encarregados do turismo nas embaixadas como promotores e articuladores com o Ministério do Turismo.

Quais os números das viagens turísticas da Venezuela para a Rússia e vice-versa?

A Rússia é um mercado muito atraente para os venezuelanos por seu exotismo. O aumento das viagens dos venezuelanos para a Rússia nos últimos três anos foi de 80%, e o dos turistas russos para a Venezuela de 35%. Isso significa 5 mil ou 6 mil viajantes em total.

E sobre o tema dos vistos?

Graças aos aos acordos de cooperação entre os dois países, não é necessário visto para os venezuelanos entrarem na Rússia nem vice-versa.

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