Cuba: Embora o El Niño decline, haverá uma etapa de chuvas normal

29 de Fevereiro de 2016 3:03pm
editor
Cuba: Embora o El Niño decline, haverá uma etapa de chuvas normal

Usualmente o ENOS conduz a um posterior déficit de chuva, mas as previsões apontam para um período úmido normal nos meses de maio a agosto, sobretudo no Ocidente, não assim no Centro e no Oriente

O estado meteorológico no fechamento do mês de Janeiro e no decurso de fevereiro indica que choveu o bastante como resultado dos efeitos do fenômeno de El Niño Oscilação do Sul (ENOS). Somente 1% do território do país não recebeu chuvas, especificamente a zona de Baracoa, na província de Guantánamo, segundo foi informado no habitual encontro entre especialistas do Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos (INRH) e a imprensa.

As previsões atuais destacam grande variabilidade climática, ainda assim o fenômeno ENOS começa a declinar e as chuvas registram uma matriz evolutiva de maior neutralidade para meses vindouros. Usualmente o ENOS conduz a um posterior déficit de chuva, mas as previsões apontam para um período úmido normal nos meses de maio a agosto, sobretudo no Ocidente, não assim no Centro e no Oriente.

A MsC. e especialista do INHR Idelmis Tamara González García, declarou ao jornal Granma que o mês de março pode tornar-se complexo, com a possibilidade de acontecimentos climáticos severos, devido ao avanço de bandas frontais. Não se pode descartar a ocorrência de enchentes costeiras no litoral norte-ocidental da Ilha.

A água acumulada nos reservatórios que fornecem à população cresceu em nível nacional, incluindo a zona oriental, com uma capacidade total, até a data, de 52%. A região que menos acumulou foi a central, com 13% da média histórica. Há um total de 229 fontes de extração de água afetadas, o que significa que uma população de 957.831 habitantes depende dessas fontes em estado crítico. Santiago de Cuba mantem-se como a província de situação mais difícil, com 59 fontes em situação irregular e uma população de 690.928 habitantes que recebem água mediante medidas emergentes para evitar uma crise.

O atual estado hidrológico destas fontes é devido aos efeitos de períodos de seca precedentes e à alteração da etapa de chuvas como resultado do fenômeno ENOS. “Por isso é necessário que a população entenda que uma etapa de chuvas não implica necessariamente que saiamos de uma situação de seca, que necessita de períodos longos de chuva, de grande magnitude, para contornar a situação que apresentam nossas represas e bacias hidrográficas”, precisou ao jornal Granma o MsC e especialista do INHR Argelio Richelmesta.
 

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