Emiliano González, diretor geral da MSC Cruzeiros

A MSC Cruzeiros é uma das companhias europeias com maior crescimento de rotas no mundo. Com numerosos cruzeiros tematizados, uma frota atrativa e moderna, e serviços de qualidade reconhecida em seus navios, a companhia tem uma meta de crescimento de 30% em número de passageiros em 2009.

A MSC Cruzeiros teve um crescimento expressivo no número de rotas nos últimos anos em diversas regiões do mundo. Quais as principais zonas geográficas de operações?

O primeiro objetivo da companhia é consolidar sua liderança no Mediterrâneo, onde permanece a maior parte da nossa frota durante o maior período de tempo no ano. De maio a agosto deslocamos a frota para o Norte da Europa e durante o inverno vai para a América do Sul, com grande presença de navios no Brasil e na Argentina. Durante o inverno situamos dois navios na América do Norte, com base em Fort Lauderdale, na Flórida, e na Africa do Sul, onde operam um ou dois navios nesse período.

Qual o objetivo da expansão?

Sem dúvidas a consolidação da nossa posição no mercado e a obtenção de uma parte do mercado de outras companhias.

Um detalhe pitoresco são os nomes musicais dos navios...

Efetivamente. Foi uma decisão dos proprietários da companhia. Todos os navios, os mais antigos e os mais modernos, têm nomes ligados à música.

O conceito de cruzeiro tematizado é da MSC? Quais as especialidades atuais?

Acho que somos a companhia com maior número de cruzeiros tematizados ao longo do ano com especialidades como o golfe; bem-estar e saúde; dança... Isso permite que as pessoas desfrutem das vantagens de um cruzeiro com a nossa companhia e que ao mesmo tempo desenvolvam suas capacidades e afinidades durante a viagem.

Quais os mercados mais fortes e as rotas de maior procura?

Na Europa os principais mercados são a Itália, Alemanha, Espanha e a França, nessa ordem. Já as rotas de maior procura são aquelas com origem e destino no Mediterrâneo. Os dois maiores navios da companhia, o MSC Fantasia, inaugurado em dezembro do ano passado, e o MSC Esplendida, que vai ser inaugurado em julho de 2009 no porto de Barcelona, vão estar situados nesse porto com saídas às sextas e às segundas, respectivamente. O seja, vamos ter 3.300 cabines semanais destinadas a viagens no Mediterrâneo saindo de Barcelona.

O setor dos cruzeiros está em expansão, mas enfrenta uma forte concorrência, principalmente na Europa. Qual a opinião da MSC dessa concorrência e quais os pontos fortes para enfrentá-la?

A gente faz parte dessa concorrência e respeitamos a presença dos nossos colegas. Quanto aos nossos pontos mais fortes para enfrentá-la, está o fato de sermos a primeira companhia de capital europeu, de origem italiana, e a decoração dos navios, a gastronomia e os nossos serviços.

Isso faz com que aumente o número de pessoas que repetem a experiência...

E aumenta na medida que aumenta o porte e a modernidade dos nossos navios, e nesse sentido podemos afirmar que temos a frota mais moderna do mundo.

Afirma-se que o MSC Fantasia é o maior navio construído por uma armadora europeia. Pensam continuar por esse caminho?

Já há um navio gémeo do MSC Fantasia que é o MSC Espléndida e, efetivamente, são os maiores construídos por uma armadora europeia. Por enquanto a ideia é termos esses dois navios com essa tipologia e no futuro a companhia decidirá se é fatível continuar a construção de navios assim.

A sua companhia é a única que recebeu as 6 Pérolas Douradas da Voyage Veritas como reconhecimento ao controle da qualidade e à preservação do meio ambiente. Trata-se de uma meta ou de outro ponto de partida?

É um ponto de partida e de continuidade ao mesmo tempo. Estamos orgulhosos pelo galardão da Euro Veritas porque MSC desenvolve seu trabalho no mar, que é o nosso local de trabalho, de modo que devemos protegê-lo.

A companhia investe muito dinheiro na proteção ambiental, por exemplo nas tintas, nas águas residuais, na eficiência no uso da energia...

Um tema que não podemos deixar de tratar é a crise atual. Quais as estratégias da MSC Cruzeiros nesse sentido?

O ano de 2009 vai ser muito difícil, com muitos desafios e oportunidades. Somos otimistas, mas ao mesmo tempo realistas, e aceitamos que é um ano difícil.

Na Espanha, por exemplo, apostamos no maior número de navios nos portos de maneira que as pessoas possam ir de carro de cidades como Madri a portos de embarque como Valença, sem gastos de avião. O nosso objetivo de crescimento é de 30% em relação a 2008 no número de passageiros. Trata-se de um objetivo ambicioso que tentaremos cumprir com o esforço diário.