Enrique de Marchena Kaluche, presidente da Associação de Hotéis do Caribe
Advogado, assessor de temas jurídicos, empresariais e turísticos, Enrique de Marchena Kaluche conhece um grande número de investidores e proprietários de empreendimentos hoteleiros na República Dominicana, seu país natal, onde foi presidente da Associação Nacional de Hotéis e Restaurantes (Asonahores) em 2004. Desde junho de 2008 é presidente da Associação de Hotéis e Turismo do Caribe (CHTA) e nesta ocasião explica as relações dessa Organização e da Organização de Turismo do Caribe (CTO).
Como se encontram as relações entre a CHTA e a CTO atualmente?
Avançamos com lentidão nos programas previstos. Com a chegada de Harold Lovell, até há alguns dias ministro do turismo de Antígua e Barbuda, à presidência da CTO, acreditamos que impulsionaríamos um programa comum CTO-CHTA, mas a convocatória das eleições gerais no país dele paralisaram os nossos planos nesses últimos quatro meses.
Lowell foi nomeado ministro das Finanças e há um novo ministro do Turismo em Antígua e Barbuda que imagino vai precisar de algumas semanas para organizar o trabalho.
Além disso, a saída de Vincent Vanderpool que foi nomeado ministro do turismo das Bahamas deixou um grande vazio visto que ele foi secretário-geral da CTO nos últimos dois anos e deixou conquistas notáveis, principalmente na promoção do Caribe como região. A saída dele provocou a interrupção dos projetos em andamento.
Por outro lado, o falecimento de seu antecessor, Arley Sobers, e o atraso na nomeação do novo secretário afetam os nossos planos.
Esperamos a nomeação do novo secretário-geral e que o presidente da CTO exerça uma rápida liderança na Organização em favor do turismo do Caribe.
O que é que pode fazer a CHTA nessa situação?
Ter paciência...!
Acha que Hugh Riley poderia ter sido um bom secretário-geral?
Acho que sim, mas não posso afirmar que tenha apresentado sua candidatura e continua sendo secretário-geral em funções.
O que é que aconteceu com os países da Caricom?
O tema do turismo não estava na agenda da última reunião da Caricom em Belize. É difícil de entender se levarmos em consideração o peso do turismo para os países do Caribe e temas como o do UK Tax e o fundo regional de promoção turística na mesa de discussões.
Quais as consequências para o Caribe da crise internacional, principalmente nos Estados Unidos?
Não são as mesmas para todos, mas de qualquer maneira todos os países da região serão prejudicados. O impacto pode ser de 10 a 30% na queda de visitantes e nas receitas, dependendo da ilha, mas esperamos uma recuperação rápida.