Entrevista a Antonio Vásquez, presidente da IBERIA e do Comitê Organizador da FITUR para a FITUR NEWS

27 de Dezembro de 2010 11:23am
Entrevista a Antonio Vásquez, presidente da IBERIA e do Comitê Organizador da FITUR para a FITUR NEWS

Após alguns anos de recessão, FITUR vai jogar um papel fundamental na reativação dos contatos, e em que se conheçam as propostas do mercado que possam multiplicar as oportunidades de negócio para as mais de 11.000 entidades de 170 países que participarão nessa feira. Essa é a opinião do presidente de seu Comitê Organizador, quem se refere também às muitas outras contribuições deste evento, que tem se convertido em referente no circuito internacional de turismo.  

O que significa o regresso da IBERIA à presidência do Comitê Organizador da FITUR?

Significa um passo importante num percurso de 30 anos de apoio e colaboração com a FITUR. Não podemos esquecer que a IBERIA está ligada a esta Feira desde a sua primeira edição, sendo um dos seus maiores impulsionadores. Consideramos que o nascimento desta Feira foi uma grande oportunidade, para que o jovem, mas já importante sector turístico espanhol tivesse um fórum sólido de representação, um espaço que se convertesse em catalisador desta indústria, onde se pudessem juntar os objetivos e os interesses, e onde fosse possível dinamizar o negócio das viagens. Depois de trinta edições, a FITUR, à semelhança da indústria turística do país, já está mais do que consolidada. Os profissionais do sector das viagens reconhecem-nos como uma plataforma comercial indispensável: contamos com mais de 11.000 entidades participantes de 170 países/regiões. Isto permite-nos falar de uma extraordinária representação da oferta turística em todos os segmentos e de uma grande presença de todos os atores implicados no mercado das viagens: Governos, empresas, instituições, destinos, etc.

Agora, o nosso papel passa por refletir na Feira o dinamismo e flexibilidade deste sector: ser um certame “vivo” que responda às necessidades reais dos profissionais e das tendências de mercado.

Além disso, passa também por oferecer, a partir da FITUR, tudo o que seja necessário para o seu trabalho e incorporar, como um fiel reflexo do próprio sector do turismo, os novos tipos de procura, como por exemplo, uma nova secção dedicada à organização LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), bem como potenciar uma feira que reconhece as vantagens das novas tecnologias refletidas através da FITURTECH. Da mesma forma, estamos conscientes da importância de contribuir a partir deste sector para o cuidado do meio ambiente e fomentar a sustentabilidade através da plataforma FITUR GREEN. Assim assumimos o papel importante que o turismo pode ter no desenvolvimento das economias mais desfavorecidas, à medida que fomentamos o investimento nestas zonas, graças a programas como o INVESTOUR. Todas estas iniciativas demonstram o interesse da FITUR, que em nome da Ibéria tenho a honra de presidir, em ser uma ferramenta útil para este sector e a peça-chave na recuperação do mercado.

Parece que a FITUR 2011 vai coincidir com um clima de recuperação da indústria do turismo. Como classifica o papel da FITUR na atual situação econômica?

Creio que nestas alturas a Feira deve atuar como catalisador desta recuperação. Depois de alguns anos de recessão, a FITUR vai realizar um papel fundamental para reativar contactos e dar a conhecer todas as propostas de mercado que podem multiplicar as oportunidades de negócio. Sem dúvida que a feira permite dar a conhecer a força dos países e instituições participantes, de uma forma que pode reforçar a sua imagem de marca face aos seus concorrentes. Também temos de salientar que a Feira proporciona um elemento fundamental para os intercâmbios comerciais que mais nenhum outro suporte fornece: o contacto humano, a confiança que proporciona o contacto “cara a cara” com aqueles que, de certa forma, vão caminhar consigo no seu negócio. Esta confiança é fundamental em momentos como o atual, em que muitas empresas passaram por dificuldades e há que estudar milimetricamente onde e como se pode investir. É aqui que a FITUR se constitui como uma ferramenta de grande utilidade, porque serve para otimizar tempo e recursos: a agenda de contactos é organizada em somente cinco dias, onde podem ser realizadas reuniões com os agentes fundamentais do sector, isto é, com os profissionais com poder de decisão no sector turístico.

Representa também uma empresa-chave, não só para o sector turístico espanhol, mas também para o sector turístico de todo o mundo. Como é considerada a FITUR fora das fronteiras espanholas?

É, sem dúvida, uma referência no circuito internacional de turismo. Desde há muitos anos que a FITUR se encontra entre os três Salões de viagens mais importantes do mundo, onde acorrem profissionais de todos os cantos do mundo, que aguardam por este encontro, o primeiro do ano, para estabelecerem estratégias para o novo exercício. Além disso, ao longo do tempo a Feira criou um traço diferenciador que se converteu na imagem de marca da FITUR: a sua penetração e influência no mercado ibérico e latino-americano. Vamos continuar a trabalhar para aumentar ainda mais o valor da Fitur, para que se torne ainda mais imprescindível para os profissionais deste sector que procuram satisfazer a procura dos seus clientes.

A IBERIA começou a voar para São Salvador e aumentou a freqüência da rota com o Panamá, ao mesmo tempo em que eliminou as escalas. É a companhia aérea líder nas rotas entre a Europa e a América Latina. Do ponto de vista da sua empresa, a FITUR continua a representar um certame fundamental para a união entre o sector turístico do velho continente e o sector latino-americano?

Claro; falava antes da importância do salão para toda a indústria internacional de viagens, mas o peso deste certame para o mercado latino-americano e para atual como ponto de união entre a Europa e a América latina é inegável. Na realidade, existe certo paralelismo com os objetivos desenvolvidos pela IBERIA: tanto a nossa companhia aérea como a Feira souberam assumir o seu papel para aproximar estes dois mercados. Um papel que nos é dado pela proximidade, que permite aos espanhóis partilhar raízes culturais e idiomáticas, e funcionar como uma ponte nos negócios com a América Latina desde há alguns anos, sobretudo pela nossa localização na Europa. Desta forma, a FITUR converteu-se na porta de entrada da indústria latino-americana nos mercados europeus, e a IBERIA na companhia aérea que tem maior quota de mercado nos voos entre a Europa e a América Latina. Surge daí o nosso interesse por criar novas ligações, como a de São Salvador, ou de ampliar e melhorar as já existentes, como a do Panamá, e as que abriremos brevemente em Fortaleza e Recife no Brasil, um destino emergente, onde desejamos ter mais presença. Estas e outras rotas poderão decerto ser conhecidas detalhadamente na FITUR 2011.

A fusão anunciada entre a IBERIA e a British Airways já se terá realizado nas datas em que se celebra a próxima edição da FITUR, de 19 a 23 de Janeiro de 2011. Como se vai traduzir esta fusão no espaço de exposição da IBERIA na Feira?

Queremos ter uma localização que corresponda à importância que damos à FITUR, que é muita. Será, sem dúvida, o primeiro aparecimento público de ambas as companhias fundidas e esperamos ser um dos pavilhões mais visitados. Todos os que visitem a FITUR verão pela primeira vez juntas duas companhias que formam um dos grupos aéreos dos líderes mundiais, tanto pela faturarão como pelo número da sua frota, e que vai desenvolver todo o seu potencial praticamente nos cinco continentes.

 E a aliança comercial entre a IBERIA, a British Airways e a American Airlines? Os participantes na FITUR poderão conhecer no Salão de Viagens todas as vantagens deste acordo? Pode adiantar-nos algumas dessas vantagens?

Para começar, significa cinco novas rotas, duas delas a partir de Espanha, Madrid-Los Angeles e Barcelona-Miami, ambas a partir do final de Março.
Além disso, o acordo representa o início de novos códigos partilhados pelas três companhias aéreas, pelo que existirão muitos mais destinos para escolher. Estamos a dizer que os clientes poderão combinar mais facilmente os seus voos dentro da rede das três companhias, que apresenta um total de mais de 400 destinos em 105 países com cerca de 5200 voos diários.
Também terão à sua disposição uma maior variedade de tarifas, os horários serão melhorados para que existam mais opções e criaram-se centros de ligação de passageiros em cinco dos principais aeroportos: Madrid, Nova Iorque JFK, Londres Heathrow, Chicago e Miami. Será possível fazer a faturarão online em qualquer uma das páginas Web das três companhias e haverá mais oportunidade de obter pontos no programa de fidelização.

Fonte: Infofitur

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