ENTREVISTA COM LUIS FELIPE NUÑO. Diretor de Promoção do Escritório de Visitantes e Convenções de Guadalajara-Jalisco-México

04 de Março de 2014 7:33am
claudia
ENTREVISTA COM LUIS FELIPE NUÑO. Diretor de Promoção do Escritório de Visitantes e Convenções de Guadalajara-Jalisco-México

Luis Felipe Nuño é um cidadão do mundo, não só pelo seu labor senão de coração. Apaixonado de outras culturas desde menino, tem convertido esta paixão num êxito professional rotundo ao frente do Escritório de Visitantes e Convenções de Guadalajara, a qual é atualmente uma das mais importantes na celebração de eventos e congressos competindo com outros grandes destinos.

Nos seus escritórios da capital tivemos ocasião de falar com ele.

Estimado Luis Felipe, primeiro felicidades pelo PRÊMIO EXCELENCIAS que recentemente tem-lhe entregado o nosso grupo no marco de FITUR. Sabemos que não é o primeiro prêmio que recebe, mas eu gostaria de lhe perguntar que tem sentido, que tem significado para você e em geral que significam os prêmios em sua carreira professional?

Muito obrigado Consuelo por compartilhar comigo este grande reconhecimento que fue o PRÈMIO EXCELENCIAS por parte das Revistas Excelencias. Acho que os reconhecimentos são mais que nada um grande compromisso e um grande repto para qualquer um professional que tem dedicado os seus esforços, a sua trajetória  o seu conhecimento e as experiências a algum tema apaixonante e que o desenvolve durante a sua vida. Receber o prêmio a inícios do 2014 em uma das feiras mais importantes do mundo como é FITUR, e reconhecido por uma revista com uma longa trajetória e uma reputação muito clara e contundente como uma das ferramentas mais fortes na difusão da atividade turística como é o Grupo Excelencias, é para mim um grande honor, e um grande compromisso em especial o de seguir trabalhando de forma intensa e comprometida na difusão dos congressos e as convenções, e fazê-lo de com mais precisão e compromisso com a minha cidade e meu país que é México.

Não em todas as partes do mundo trabalha-se com o formato de Escritórios de Visitantes e Convenções. Como os nossos leitores são muito diversos gostaria de você explicara-lhes quais são as responsabilidades de um escritório como o seu, e em que consiste o trabalho?

Sim, o trabalho consiste em gerar mais congressos, mais convenções no destino. Evidentemente este formato tem tido uma longa trajetória. O escritório de convenções cumprirá 40 anos este 2014, de ter sido fundado e sobre tudo de ter uma visão especialmente mais enfocada na inciativa privada para a geração de resultados.

Os escritórios de convenções têm se que visualizar como projetos em longo prazo, porque os congressos são um mercado de futuro  e o turismo de reuniões é um mercado de futuro no que temos que apostar hoje para os eventos que vamos ter nos próximos, 10, 15 ou 20 anos.

Temos que manejar essa plataforma e essa ferramenta com muita precisão até nossa meta, os destinos turísticos aos que apostamos ou temos a infraestrutura para gerar eventos: conectividade, hotéis, recintos com capacidades, professionais e uma gastronomia que presumir.

Mas o resultado mais exitoso tem sido essa trajetória de quase 44 anos e sempre com uma visão de geração de negócios, fechamento de eventos e visão empresarial. Acho que isto é parte finque do sucesso de um escritório como este.

Guadalajara tem sido pioneira como escritório de congressos e convenções, mas já são muitos estados no México com os seus próprios escritórios. Como trabalham com todos esses Estados, são competência ou também fazem alianças?

É uma pergunta muito interessante, uma pergunta que se pode aprofundar e que tem grande valor. Acho que nenhum destino final é competidor sempre que tenha muito clara qual é a sua vocação, quais são as bondades que os fazem diferentes e sobre tudo qual é o processo para desenvolver, profissionalizar, capacitar e gerar eventos que permitam à indústria ser mais contundente.

Existe uma associação que nasce aqui em Guadalajara há alguns anos, que integra os 56 escritórios de convenções no México, que ainda quando temos nos enfrentado em alguma postulação não somos competidores, e que se hoje um destino ganha um evento e o evento é itinerante, amanha esse evento estará num destino irmão, num destino com o que este desenvolvendo uma aliança.

Aqui há um grande labor para estandardizar o trabalho dos escritórios de convenções. Ainda há um grande caminho por percorrer para profissionalizar muitos dos destinos turísticos no México. Agilizar a tomada de decisões, por exemplo, no turismo de reuniões a tomada de decisões é imediata, não podemos dar uma resposta demorada se queremos fazer um evento, porque então perdemos a oportunidade de competitividade e nesse caminho temos muito por fazer. Uma aliança com grandes professionais que tenham muita trajetória como é o caso do Grupo Excelencias, com uma plataforma de tradução, uma permeabilidade no mercado, que sabe como chegar e que chega ao mercado, e não inventar novas. Então eu acho que essa parte de recorrer aos professionais, fazer essas alianças tem um valor muito importante.

Isto que comenta-nos é aplicável ao caso de América Latina, por exemplo, quando vocês empezaram há muitos países que não tinham despertado como pode ser Brasil, Panamá está muito agressivo nos congressos... Como trabalham com eles? Existe uma associação, estão trabalhando juntos?

Existe uma associação na que levamos tempo trabalhando e tentando identificar quais seriam as grandes vantagens para América Latina. Esta associação terá a sua sede oficial aqui em Guadalajara. Foi uma decisão que votaram por unanimidade todos os membros o conselho, baseados em que é o escritório com maior trajetória, o mais antigo em América Latina e que segundo a maioria dos escritórios da região, o modelo que funciona de forma muito eficiente que é a aplicação dos recursos e impostos de hospedagem através do fideicomisso, mais com a tomada de decisão e visão da iniciativa privada por diante. Estamos trabalhando em isso, dando muita capacitação e muitos seminários para reforçar o bloco e ser mais competitivos.

Existem alianças internacionais que funcionam, sabemos, de forma esquisita como Copenhague, aliado com Cidade do Cabo, quem está aliada com Nova Iorque..., então já existem eventos itinerantes que circulam entre eles.

Guadalajara é a capital do estado Jalisco, Porto Vallarta podemos dizer que é irmão pequeno agora, porque tem empezado há pouco tempo com o tema de ter seu próprio espaço para Congressos e Incentivos. Tem alguma colaboração? Sinto que tem muito por fazer no nível de ocupação, podem ainda ter mais eventos. Colaboram juntos de forma que coisas que Guadalajara no pode atender passem para Porto Vallarta?

Existe um trabalho em equipe entre os destinos que agora tem uma infraestrutura para desenvolver eventos no Estado que são Guadalajara e Porto Vallarta, bem como uma comunicação estreita com a direção do centro de convenções de Porto Vallarta, mas ainda temos muito trabalho por fazer. É evidente que existem eventos itinerantes que se movem de um destino para outro e que não existe articulação, comunicação para que estes eventos pudessem ser acolhidos dentro de um mesmo Estado.

Acho que temos muito trabalho por fazer em conjunto e tomara que poda-se aproveitar porque uma das grandes vantagens é que essas grandes feiras e exibições que se desenvolvem na cidade coincidam com as temporadas baixas de praias como Porto Vallarta. Então temos que fazer um trabalho desde a origem para que a gente que visita nos pudera aproveitar estancias ou férias previas o post durante as suas visitas a Guadalajara.

Falando a nível pessoal sobre ter vivido e estudado em outras cidades ou países como Madri e Áustria e sobre que tem lhe aportado esse período a sua vida pessoal e profissional Nuño comenta-nos que tem sido a mais enriquecedora da sua vida, mas sobre tudo o turismo, que é o que mais o apaixona, mas sobre tudo, o conhecer a fundo a cultura deles, tem sido das melhores decisões que tem tomado em sua vida. O doutorado em Madri foi das melhores inversões que tem feito, já que tem aprendido desde uma perspectiva distinta como gerar, desenvolver e fortalecer a atividade turística, e teve a oportunidade de fazer grandes amigos com os que Nuño compartilhou a sua cultura e tradições, e que hoje qualifica de grandes trajetórias na indústria turística dos seus países.

Nuño falou sobre o seu maestro no doutorado, Enrique Torres Bernier, quem fora o primer pesquisador com doutorado em analisar a fundo como esteve a atividade turística espanhola nos anos 70; e de seu maestro, Jesús Felipe Gallegos, grande escritor sobre turismo, e que segundo Nuño, é a nível mundial, o homem que mais livros tem publicado sobre a atividade turística e trabalhar de cerca com eles tem sido um grande privilegio e uma aprendizagem.

Finalmente, Luis Felipe nos falou sobre o que gostaria de fazer nos próximos 5 anos. Ele diz-nos que 5 anos é e não é muito porque já está criando grandes eventos para esse período, mas existe algo que gostaria de fazer em muito longe prazo: publicar um livro “com a experiência e sobre tudo a trajetória que tem tido sobre congressos e convenções, para difundir a atividade, para que a gente que não tem um vinculo com o  turismo, conheça as grandes possibilidades que através da reunião de seres humanos para tratar temas específicos, os congressos são geradores de grandes derramas económicas. E as exposições também formam parte do turismo de reuniões como pilar fundamental, e apesar de que a tecnologia avança, a importância do contato cara a cara em estas reuniões e eventos seguirá”. 

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