Entrevista a Elsa Petersen, Diretora de Travel Mark: “o nosso turismo é de muita qualidade”

02 de Outubro de 2014 6:50pm
claudia
Entrevista a Elsa Petersen, Diretora de Travel Mark: “o nosso turismo é de muita qualidade”

Há quantos anos vem para a Rússia às feiras de turismo?

—Já cumprimos quatorze anos. Travel Mark visitava estas feiras ainda quando a Argentina como país não o fazia.

Como parte da evolução do mercado turístico argentino, a supressão do visto foi importante para que mais russos viajarem para a Argentina.

—Foi sim, foi muito importante porque acessou outro público que não podia cumprimentar os requisitos para obter o visto, até 2009 que se libertou.

Quantos russos voam à Argentina? Conhece as cifras?

—Não conheço as cifras oficiais. O tema é que começou agora a se difundir muito mais e mais russos, mas agora pelas ruas escuta-se gente falando russo porque voam diretamente, porque reservam por Internet. Ao se liberar o visto, começou a era da Internet, a globalização; e os operadores turísticos não venderam a todos os russos que vão. A função de Travel Mark é operar de outra forma e para nós compram os operadores turísticos de cá e fazemos todo individual, especializamo-nos no segmento VIP, os barcos à Antártida, os cruzeiros a Cabo de Hornos, e os barcos pelos fiordes de toda a Patagônia argentina-chilena.

O nosso turismo não se medir em quantidade de russos, senão num turismo de muita qualidade, de muita iniciativa, coisas diferentes e de bom faturamento.

Quantos russos vocês movem através do seu receptivo?

—Como tem dito recém, o nosso é massivo, mas podemos chegar a ter cerca de 1.000 russos por ano.

Qual é o consumo promédio dum russo?

—Um consumo promédio bastante alto. Nos últimos anos caiu um pouco porque, como diz antes, cresceu um pouco a quantidade de gente com menos faturamento, mas o nosso consumo promédio por passageiro poder chegar a ser de 5 ou 6 mil dólares.

Esse é o duplo aproximado duma classe média russa.

—É sim.Contando, claro, que temos gente que consume 10, 12 ou 15 mil e outros que estão a começar vir e consumem 2.500; mas o promédio é alto.

Que busca o russo na Argentina?

—Boa comida, bom vinho, excelentes hotéis como Park Hyatt, Faena hotel, Alvear Palace, etc.; destinos exóticos como a selva e as cataratas do Iguazú ou o glaciar Perito Moreno, e os nossos parques nacionais.

Quando um russo viajar para Argentina, o multidestino o faz dentro da Argentina.

—Em geral o faz dentro da Argentina, ainda nós fomentamos que conheçam nossa América do Sul e fomentamos muito juntar os tours através da fronteira com o Chile porque o nosso país tem toda uma fronteira de sul a norte com o Chile e temos cinco ou seis passos diferentes com cinco ou seis circuitos muito atrativos e temáticos para cruzar para o Chile. Promovemos muito o turismo da Argentina e o Chile.

O Brasil é o passo obrigatório porque muitos o conhecem. Nos últimos anos temos vendido muito o Peru. Estamos começando a auge dos tours combinados por América do Sul além da Argentina por dentro.

El Perito Moreno se visitar tanto desde o Chile como desde a Argentina. Qual a diferença entre fazê-lo desde um país ou desde outro?      
—De ter que falar de El Perito Moreno diz que basta com fazê-lo desde a Argentina porque é algo realmente incomensurável, é algo que do que a gente gosta muito, sobre todo quando estamos em época em que rompe o glaciar; mas há um grande atrativo: a nossa Patagônia é similar, mas diferente à chilena. (circuito sugerido: Buenos Aires, voar para Ushuaia, conhecer o Parque nacional e subir ao Cruzeiro Australis - o elegido pelo National Geographic-, depois até Ponta Arenas e, por terra, conhecer Torres del Paine e sue belo parque nacional, ali cruzamos a fronteira por terra e chegamos ao Calafate para fazer o Perito e depois voar de volta a Buenos Aires.

Toda essa volta permite aio turista conhecer o melhor da Patagônia e conhecer o nosso Perito com outros parques nacionais vizinhos que são realmente maravilhosos. Não devemos esquecer Puerto Madryn, com as baleias, e sua temporada: junho-dezembro.

Visitar Atacama nesse mesmo tour é uma opção?   

—É sim, é uma opção do norte. Si entrarem por a Argentina e fizeram primeiro El Perito, fazem o barco, terminam em Ponta Areias; sugerimos voar a Santiago, conhecer algo e seguir até Calama e conhecer San Pedro de Atacama.

Si não querem fazer a Patagônia, uma combinação excelente é vir para Salta, fazer os Vales Calchaquíes, Purmamarca e cruzar pelo Passo de Jama até o Chile para fazer San Pedro de Atacama e depois voar desde Calama até Santiago para volta à Rússia.

Qual o custo duma viagem como esta?

—Isso depende.

Pode-me dizer um mínimo e um máximo?

—Estamos o tempo todo fazendo coisas a medida e os preços variam segundo os requisitos do passageiro. No norte, por exemplo, esse circuito precisaria de um mínimo de 10 dias, não menos, e pode custar uns 3.000 dólares mais ou menos.

Então o custo poderia ficar entre 3.000 e 6.000 dólares dependendo dos hotéis e os aviões que usarem?

—Depende dos hotéis e com uma boa hotelaria, café da manha e boas excursões, eu posso dizer que não ficaria incluída a parte aérea. O aéreo interno mais precisamente, porque a pessoa voa desde cá até a Argentina e depois voa desde o Chile. Os aéreos são aparte, mas neste mercado existem muitos passageiros que podem pagar isso para ver as maravilhas que temos no norte da Argentina e Chile.

Que espera duma feira como Leisure? Prefere Leisure ou MITT? Qual a mais interessante para você?

—Realmente sempre tive preferência por Leisure porque é muito próxima a temporada de venda dos destinos exóticos da Argentina, e porque a gente que a organiza sempre simpatizou-me muito acessíveis. Se que nós não deixamos de vir em março, ainda o ano que não o fiz a Argentina como país, porque é a época na que os operadores turísticos da Rússia empeçam a preparar os catálogos que vão distribuir nesta feira. Nós como argentinos temos que vir antes para que contem com os nossos preços e que nesta feira distribuam os catálogos com os nossos programas. Por isso convêm-nos vir a MITT também.

A desaparição de operadores turísticos como South Cross, os quatro que têm desaparecido nos últimos três meses, que envolve para receptivos como vocês?

—Acho que o que mais envolve e prejudica é o ânimo local porque, para operadores como nós, esses outros não contavam em produção, pois eram operadores massivos e não vendiam os nossos produtos exóticos. Eram operadores mais bem de grupos, de destinos massivos, de destinos de praia, e não para ir a Argentina. De todos os operadores que você mencionou para mim, ao menos na pasta de clientes de Travel Mark não houve nenhum.       

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