Entrevista a Isabel Vásquez, diretora do Escritório de Turismo da República Dominicana para a Espanha e o Portugal

09 de Junho de 2014 5:18pm
claudia
Entrevista a Isabel Vásquez, diretora do Escritório de Turismo da República Dominicana para a Espanha e o Portugal

A República Dominicana o tem todo. Isabel Vásquez, diretora do Escritório de Turismo do país caribenho para a Espanha e o Portugal, comentou-os durante EUROAL que a estratégia a seguir é promover os destinos dominicanos todos. Diz também que seu país não é só um destino de sol e praia, e falou sobre a volta de Iberia à rota Madri-Santo Domingo.

EUROAL fez entregue a passada terça-feira 3 dum prêmio pela fidelidade que República Dominica tem mostrado ao evento, estando presentes em suas nove edições. ¿Que supõe EUROAL para o destino?

-É um canal de promoção não só da parte turística senão também da oferta cultural da República Dominicana. O ano passado o país foi o anfitrião e obviamente tivemos uma maior exposição que este ano, com uma representação de nosso ballet folclórico e o artesanato, e a presença de nosso ministro de Turismo, o senhor Francisco Javier García.

Realmente, o canal de promoção e os médios que visitam e apoiam a divulgação da feira é incrível. Sinceramente, tenho o visto em poucas feiras.

Recentemente publicávamos em CND que no primeiro quadrimestre de 2014 a República Dominicana recebeu mais dois milhões de turistas. Isto supõe um incremento de 24% frente ao passado exercício. Estas cifras são o resultado dum bom labor de promoção. ¿Como tem pensado continuar promovendo o destino em curto prazo?

-Definitivamente, é obvio que existem mercados que tem sofrido, como é o caso da Espanha, que leva já dois ou três anos com desvantagem, mas é certo que no mês de abril vimos já uma recuperação, um incremento de 5% respeito a 2013.

Este ano, a estratégia do Ministério é a promoção pelos diferentes polos turísticos. A ideia é a República Dominicana poda se promover não só como um destino de sol e praia, e que os turistas podam descobrir que existe muito mais que fazer: ecoturismo, gastronomia, cultura… Como diz nosso logo: “A República Dominicana o tem todo”.

A partir de 1 de setembro Iberia retoma sua histórica rota Madri-Santo Domingo. ¿Como tem se atingido a volta? Isto supõe um incremento de cadeiras.

-Tem sido uma negociação em nível de governo, principalmente com nosso ministro, que esteve muito interessado em que Iberia voltara já que a competência é muito saudável para o destino, os monopólios nunca são bons, não por alguma razão específica senão porque, como bem diz, a competência aumenta o número de cadeiras e permite o crescimento não só desde a Espanha senão também desde outros destinos emissores da Europa.

Iberia é uma linha aérea emblemática de cara à República Dominicana, foi o voo que mais tempo teve numa rota, para eles. Isto tem uma conotação interessante, mas não só para o turismo que viaja para nosso país, senão também para os próprios dominicanos que vem para Espanha e Europa por diversos motivos.

A gastronomia está cada vez mais ligada ao turismo. ¿Como promove a República Dominicana sua gastronomia?

-Atualmente o clúster de Santo Domingo está a fazer um programa anual que se chama “Taste Santo Domingo”: consiste em fazer uma rota pelos restaurantes da capital. Isto pode-se organizar também para grupos reduzidos em qualquer uma área do país.

Samaná, por exemplo, tem uma influência gastronômica dos imigrantes do Caribe e dos primeiros escravos que foram libertados dos Estados Unidos. Isto fez que tivessem se misturado os sabores da gastronomia tradicional dominicana com sabores de outras zonas do Caribe; por exemplo, se cozinha muito com coco. Essas fusões são cada dia mais interessante.

A gastronomia forma e deve formar parte da promoção dos destinos turísticos. Cada ano em FITUR, a República Dominicana faz cada dia uma demonstração gastronômica para os visitantes.

Santo Domingo tem se convertido num ponto de referencia gastronômico. Na capital encontramos uma grande oferta gastronômica e cada vez mais se está convertendo numa “cultura”, sair do trabalho e ir a comer algo, tipo tapeio, por exemplo.

A indústria de cruzeiros se está recuperando e a República Dominicana se está vendo favorecida por isto. ¿Que prognóstico tem o Ministério?

-Está se a trabalhar neste tema, tem aumentado o número de cruzeiros que estão chegando a La Romana, desde a Espanha por exemplo com Pullmantur, e esse é um dos motivos pelos que Air Europa tem outro voo para este destino.

Há um visível incremento da chegada de cruzeiros +a cidade de Santo Domingo, donde há muita promoção. O departamento de cruzeiros do Ministério está a acudir a promover e assinar acordos às principais feiras e eventos do setor.

Para o 2015 está prevista a apertura do porto de Puerto Plata. Carnival terá base nesse destino, o que supõe que se expande a todo o país a indústria dos cruzeiros.

O investimento em infraestrutura vai possibilitar que o turista poda se mover dum ponto para outro do país com maior facilidade, fazendo curtas as distancias.

Existe um constante investimento hoteleiro no país, tanto em criação como remodelação. ¿Quais os novos projetos há na República Dominicana?¿Qual o resultado está dando o investimento de pequenos hotéis boutique?

-Tem sido um enfoque para atrair a outro tipo de turistas, aqueles que querem ir mais livres, aos que gostam de planejar pela sua conta, sim um pacote fechado. Na zona de Bávaro tem se incrementado a apertura deste tipo de hotéis, que estão a fazer um excelente labor e o índice de satisfação do cliente é muito alto. Isto apóia muito ao destino.

Em Santo Domingo temos neste momento novas aperturas com marcas como Embassy Suites, JW Marriott -que abrirá um hotel de cinco estrelas em setembro- e recentemente o hotel Intercontinental Quinto Centenário tem se convertido em Crown Plaza. São produtos que prestigiam a cidade.

A República Dominicana tem produtos para todos os bolsos, é também por isso que o nosso slogan afirma “o tem todo”.

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