Entrevista a Jean Philippe Claret, Vice- Presidente de ACCOR para México, Centro América e o Caribe

26 de Maio de 2014 5:28pm
claudia

ACCOR é a companhia hoteleira francesa mais importante da Europa, sua expansão no mercado não francês das Caraíbas é pequena. Quais são os países onde pretende crescer?

Segundo alguns dados estadísticos ACCOR é um dos primeiros grupos hoteleiros mundiais, figura entre os cinco maiores do mundo em quanto a hotéis em operação, propriedades ou franquias. Atualmente nosso grupo conta com três mil trezentos hotéis, quatrocentas e sessenta mil habitações, é meio milhão de quartos em noventa e dois países aproximadamente.

ACCOR é uma companhia global, as outras quatro são americanas: INTERCONTINENTAL, WYNDHAM, HILTON, MARRIOTT; é sim dúvida o grupo mundial mais importante fora dos Estados Unidos.

Este ano mudou a presidência de ACCOR, temos um novo presidente, o CEO Sebastien Bazin, quem tem feito reformas e inovações. Uma delas é a união dos hotéis da região num só mercado, por exemplo, América é muito grande, antigamente estava dividida em América do Norte e América Latina, mas o Caribe quem eram independentes.

Agora temos todos os seus hotéis agrupados numa região relativamente delimitada em quanto a conectividade e horas de voos que permite trabalhar com maior facilidade o México, as Caraíbas e América Central.

No Caribe temos seis hotéis, três em Cuba e três na República Dominicana, e a ideia é crescer com novos projetos. Nas Antilhas francesas e na Guiana Francesa temos hotéis em franquia, cujo principal mercado é a França com uma relação comercial e operacional muito forte como é lógico, diferente a Cuba e República Dominicana.

Quando a gente trabalha por zonas, por exemplo na região do México, Centro América e o Caribe, pode dar apoios em recursos humanos e em comercialização mais especializados. O mercado americano e canadiano é importante mas há outros como México, Brasil e Argentina que são muito interessantes e não estavam aproveitados na configuração anterior e esta nova distribuição vai permitir promover estos mercados e aportar novas ideias.

Por exemplo, quando se fala na marca IBIS, temos a sorte de ter no México uma rede com treze hotéis e outra ainda maior em Brasil. Então o que pode aportar uma companhia grande como ACCOR ao países da região é experiencia e tecnologia provada neles o que facilita a sua implementação e as vias para conseguir o sucesso nos outros.

O que representa Panamá em Centro América para ACCOR?

Panamá é um mercado interessante para ACCOR, o ano passado abrimos um hotel da marca NOVOTEL na capital em regímen de franquia com um grupo local muito serio e há uma mudança na oferta do Panamá; há novos projetos e marcas desde SOFITEL até IBIS para implementar aí; então há uma modernização da oferta hoteleira do Panamá a qual está num bom momento.

Em Panamá estamos estudando entre dois e três projetos concretos neste ano; um deles é uma mistura porque está na zona velha ou histórica da cidade, e está dirigido ao segmento de luxo ao estilo do hotel que temos em Cartagena das Índias, a partir da remodelação dum prédio antigo. O mais importante com Panamá é abertura de voos com sete frequências de AIRFRANCE para Panamá e da KLM. 

Há alguma relação entre os novos voos de AIRFRANCE e o crescimento de ACCOR?

Vamos de mãos dadas, ACCOR segue as pisadas de AIRFRANCE; quando AIRFRANCE abre uma nova linha e a consolida, consolida também o destino e então nós investimos com uma grande tranquilidade nele porque temos um desenvolvimento garantido.

ACOOR e AIRFRANCE vão juntas, mas isto não é automático, não vamos detrás de destinos muito ofertados, nem sumamos hotéis de maneira arbitraria para ter uma bandeira mais; respeitamos muito o equilibro.

Quando há uma região que tem taxas de ocupação meias não precisamos desenvolver novos projetos nem convidamos a investir nela; nossa ética dos negócios é forte precisamente por isso, respeitamos aos outros e por isso os investidores contam conosco não só para que operemos os seus hotéis senão para que indiquemos as perspectivas do seu negócio a meio prazo.

ACCOR está investindo na Costa Rica?

 Costa Rica é um destino que interessa a ACCOR, embora a gente não tenha neste momento nenhum projeto, mas conhecemos do prestígio das suas praias e do seu entorno natural; não é um destino muito grande mas muito bem posicionado. É um destino muito interessante também para ACCOR.

E países mais pequenos como O Salvador, escasso enquanto à oferta hoteleira ou Nicarágua?

Neles não temos projectos concretos mas pomos desenvolver a partir do posicionamento na Guatemala, onde temos um hotel MERCUREY com muita qualidade e bom funcionamento.

Sentimos que há necessidade de desenvolver hotéis nas diferentes capitais, sejam de marcas de nível meio como MERCUREY ou mais econômicas como IBIS. É lástima que ainda não exista um projeto concreto.

Há dois destinos em América Latina realmente fortes para ACCOR: Argentina e Brasil, quais são os projetos para eles?

Temos muitos projetos para o Brasil porque é um destino muito dinâmico, obviamente, as perspectivas dos eventos desportivos da Copa e dos Jogos Olímpicos fazem que aumente a oferta hoteleira e o convertam no destino mais movimentado da região.

Temos duzentos e oitenta hotéis na região e duzentos projetos concretos assinados na América Latina e a maioria estão no Brasil. Praticamente todas o as mais importantes marcas do grupo ACCOR estão no Brasil: SOFITEL Rio, PULLMAN São Paulo; NOVOTEL y MERCUREY desde há muitos anos.

Há hotéis IBIS com a sua marca mais econômica IBIS BUDGET, uma nova marca chamada ADAGIO que é uma marca de apartotel com mais facilidades para estadias longas. É interessante porque ADAGIO é francesa e basicamente europeia e tem conseguido o mercado brasileiro; este é o exemplo perfeito para nós da segmentação dum mercado através de diferentes marcas.

Brasil é sim dúvida o mercado teste porque nos ajuda a praticar e alcançar a experiência adquirida desde 1977; através do tempo se tem consolidado e ganho a confiança dos viageiros, a notoriedade da marca e aceitação dos clientes. Igualmente importante é o tema das inversões, ACCOR é uma garantia para eles no Brasil, ao unir-se a ACCOR tem o sucesso hoteleiro garantido.

Brasil não é único, a Argentina e o Chile estão crescendo; hoje o Chile é o segundo país para ACCOR na região contamos com mais hotéis no Chile que no México, quem é o terceiro embora o Chile seja um país com una população não tão grande.

São países dinâmicos; O Peru também tem sido um destino com muitos bons projetos, rentáveis; por enquanto Colômbia é um mercado muito dinâmico. Realmente ACCOR está na maioria dos países da América Latina, são poucos os países onde não estamos ainda.

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