Entrevista a José Manuel Bisbé York, presidente do Grupo Internacional de operadores turísticos e Agências de Viagens Havanatur S.A.

Com mias três décadas de experiência na gestão do turismo, o Grupo Internacional de Operadores turísticos e Agências de Viagens Havanatur S.A. é um dos pontos vitais que conecta Cuba com distintos mercados do mundo. O faz por médio duma estratégica rede de escritórios localizados em 12 países e centos de profissionais que dia a dia posicionam à ilha como destino turístico, promovendo uma imagem diversa e diferente de seus atrativos culturais, sociais, naturais, históricos, patrimoniais e artísticos.
Foi com o fim de indagar nos reptos que ocupam atualmente a Havanatur que Caribbean News Digital teve uma conversa abarcadora e profunda com seu novo presidente, José Manuel Bisbé York, quem conta com uma trajetória notável nesta indústria tão importante para a economia cubana e foi há poucos meses diretor comercial do Ministério de Turismo.
Após 35 anos da fundação de Havanatur e como novo presidente ¿quais considera você os reptos da empresa hoje?
-Primeiro, materializar dentro de seu sistema empresarial todas as decisões e as mudanças que estão se a produzir como parte do processo de implementação dos Lineamentos do VI Congresso do Partido (Comunista de Cuba). E de forma particular, todo o que está relacionado com o incremento da eficiência econômica e a emissão de passageiros a Cuba, a separação das funciones estaduais e empresariais, e a assimilação de toda esta capacidade nova que se poe em mãos do sistema empresarial como consequência deste processo.
Temos um segundo repto importante, que é continuar nos ampliar. Neste momento temos presença direta em 12 países, com empresas próprias de Havanatur. Além disso, há três países mais onde temos contratos de associação com empresários locais, que utilizam nossa marca, e aproveitamos cada uma das vantagens da outra parte para incrementar a emissão de turismo a Cuba. Mas um dos reptos imediato é penetrar com empresas próprias em mais mercados para ampliar nosso alcance com filiais e distintos tipos de negócios que podem se fizer, e dessa forma, continuar a incrementar o posicionamento de Havanatur.
E um terceiro repto muito importante é a implementação ou a introdução na nossa gestão de todas as possibilidades que brindam as novas tecnologias da informação e as comunicações, tanto para a promoção e a comunicação de nossos serviços como para a venda direta de boletos e programas de multi-destino, mesmo para o cliente final como para outras agências de viagens...
Suas perspectivas de continuar a crescer em mercados novos foram perceptíveis o ano passado com a apertura dum escritório no Brasil. ¿Quais outros mercados são de interesse para vocês se inserem, tendo em conta os países emergentes do continente e do mundo?
-Efetivamente, o escritório mais recente que temos é o de Brasil, aberto em julho do ano passado e nestes momentos está a estudar e avaliar mercados importantes como a China, que está se abrir à emissão turística de forma muito rápida para todos os destinos do mundo. Estamos estudando como entrar na China, mesmo assim na Colômbia, Panamá, e Holanda.
Incluso, estamos começando olhar para alguns países menos conhecidos como a Índia, África do Sul… Ou seja, mercados que quiçá não são emissores tradicionais para Cuba, mas onde evidentemente há potencial e nos quais a presença dum especialista cubano pode impulsionar as vendas.
Agora têm se fortalecido muitos as relações entre Cuba e Angola. ¿Pode ser Angola um desses mercados para os quais crescer?
-Estamos olhando para esse. Lá existe hoje outra instituição que está a trabalhar de alguma forma o turismo para Cuba. Nós estamos o estudando, na temos uma conclusão definitiva do que vamos fazer lá.
¿Poderia nos comentar um pouco acerca da troca que propicia Havanatur entre os povos de Estados Unidos e Cuba, sob as licencias autorizadas para visitar o país? ¿Qual é a estratégia para potenciar mais esses intercâmbios?
-Como se conhece, a relação comercial entre os Estados Unidos e Cuba está sujeita a um grupo de regulações discriminatórias que estabelece o bloqueio econômico, e Havanatur, em particular Havanatur Celimar, é uma empresa cubana que há 35 anos atende diretamente o mercado norte-americano e é líder neste sentido.
Se tratar duma operação muito complexa pelas regulações que fixa o Escritório de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que estabelece um grupo de licencias, cada uma das quais têm exigências específicas. Em alguns casos os viageiros têm que apresentar relatórios quando voltares de Cuba. Repito, são programas realmente complexos.
Nós temos a estrutura preparada, a experiência, os sistemas montados, e como tinha dito estamos o trabalhando há muitos anos. Recentemente recebemos a agradável notícia de que após muitos anos de negá-la, foi aprovada a licencia para que um grupo importante de norte-americanos participem no Marabana a finais de ano, e consideramos o um passo positivo e muito interessante para nossa atividade.
No caso duma flexibilização das relações entre ambos os países ¿fica Havanatur preparada e com a capacidade para assimilar uma apertura do turismo estadunidense para Cuba?
-No caso duma flexibilização não seria só Havanatur, seria um sistema todo que logicamente ia reacionar ante esta nova oportunidade, e acho que sim, que o sistema tem a capacidade de garantir os serviços que forem necessários nesse caso.
O multi-destino é um dos produtos clave de Havanatur. Nestes momentos, ¿quais as novidades desse produtos?
-Durante a recente Feira Internacional de Turismo (FITCuba 2014) lançamos um novo produto com a República Dominicana, aproveitando que tem um grupo de hotéis novos, mesmo que as oportunidades que dão os voos semanais de Cubana de Aviación. Também estamos a iniciar uma nova operação com Grã Caimán, que vai ser a finais de junho, com voos de Aerocaribbean e os programas de multi-destino.
Em FITCuba iniciamos negociações com El Salvador e continuamos outras que estamos concluindo com a irmã República de Nicarágua, mas também estabelecer já semanalmente operações de multi-destino com esse país.
Havanatur é o único operador turístico cem por cento cubano que promove o destino Cuba. ¿Qual é o rol que cumpre como operador turístico e agência de viagens no setor turístico cubano atualmente?
-Dentro do turismo cubano Havanatur desempenha, sim dúvidas, um rol muito importante. Neste momento representamos um pouco mais de 20% dos passageiros que vem para Cuba e é um valor considerável. Um valor que cria nos um compromisso muito grande, porque ao mover tantos passageiros, si os serviços de Havanatur são bons, em geral Cuba será boas.
Nossas agências no exterior têm a tarefa de defender o turismo e o destino Cuba quando as vezes há crise, quando as vendas não funcionam, quando há algum tipo de problema com as linhas aéreas. Essa é, sim dúvidas uma tarefa de primeira ordem que tentamos de cumprir com a máxima entrega possível e cheia os de muito orgulho a todos nós, a todos os trabalhadores do grupo Havanatur.
¿Poderia nos dizer quantos brasileiros tem visitado Cuba desde a apertura do escritório no Brasil?
-Este ano, estamos entre 400 e 500 brasileiros. Há que considerar que o escritório ainda é muito incipiente, com uma estrutura extremadamente reduzida, que está começando se consolidar.
Acerca de sua experiência, você já tinha trabalhado no setor do turismo, mas, ¿que representa assumir a presidência de Havanatur? ¿Que tão distinto é o trabalho atual como o que você tinha feito anteriormente e quais as suas perspectivas?
-Eu tenho caminhado muito no turismo. Foi diretor de hotéis em Varadero e em Havana, fui presidente comercial duma cadeia comercial do Ministério de Turismo… Tocaram-me tarefas de diversos tipos e níveis de responsabilidade. Mas sim dúvidas, a responsabilidade de dirigir Havanatur é algo que nunca sonhei. Não podia pensar que alguém pensara em mim para um trabalho tão importante e interessante. O mundo das agências de viagens é por de por si muito interessante, porque pode se dizer que há possibilidades infinitas de criação.
No caso de Havanatur, devo dizer que além de gerar a operação desde a origem, buscas o cliente. Nas outras agências se recebe o cliente através dum provedor no exterior, mais nós geramos boa parte de nossos próprios clientes de forma direta e esta é uma atividade muito complexa em muitos mercados. Temos competidores muito fortes, e as vezes um pouco desleais, mas nossa agência tem sabido sair para diante.
Somos líderes em vários dos principais mercados emissores para Cuba, e todos os dias há um repto diferente, uma linha aérea que chegou nova, um competidor novo no mercado, um produto novo que posicionar.... há um grupo de atividades que na orem pessoal nunca tinha enfrentado. Eu tinha algumas ideias de como era, mas agora tenho que dirigir este concerto entre agências em doce países. Realmente, dirigir esta empresa é o mais bonito que tem me acontecido no turismo.
Finalmente, ¿poderia nos explicar qual é a sua visão do turismo que sustenta a gestão da empresa e seu labor também como presidente?
-Eu tenho muita fé no desenvolvimento do turismo cubano. Tive a oportunidade de participar bastante no seu desenvolvimento e ver como cresce, e não tenho dúvidas de que cada ano vai ser muito mais forte, muito mais competitivo, muito mais atrativo para clientes de todos os lugares do mundo.
Para Havanatur é uma vantagem competitiva, porque cada dia vai ter um produto melhor e mais interessante que vender, com novas experiências para os viageiros. Acho que nesse sentido o repto fundamental de Havanatur é lograr posicionar de forma imediata nos mercados todo isso novo que vai surgindo. Incluso, embora os clientes não venham com Havanatur, ainda venha com operadores turísticos, esse granito de arena que podem por nossas agências desde o ponto de vista da comunicação é muito importante para contribuir aperfeiçoar o turismo cubano.