Entrevista a María Badakh, diretora de Moscow International Exhibition Travel & Tourism (MITT)

22 de Maio de 2014 5:48pm
claudia
Entrevista a María Badakh, diretora de Moscow International Exhibition Travel & Tourism (MITT)

“Basicamente todo o mundo está mirando a Rússia”, disse-nos a diretora de MITT. E não exagera: com 50 milhões de viagens ao exterior em 2013, uma população de 140 milhões de pessoas e uma despesa turística reconhecida e querida por grandes e pequenos destinos, o mercado russo é hoje uma das estrelas no panorama turístico mundial.

De fato, segundo um estudo de Euromonitor International, a de viagens e férias é o setor mais popular em termos de despesa para os russos, um terço dos quais planejam gastar mais nessa atividade este ano.

Uma data importante: Os russos tem-se convertido nos quintos maiores gastadores no mundo em 2012, com uma despesa conjunta de 43 bilhões de dólares, e em alguns países tem atingido superar a mercados europeus tradicionais.

Nesse contexto ganha relevância e mais presença internacional cada ano a feira MITT, cuja última edição cresceu 13% em expositores internacionais respeito a 2013 e reuniu em Moscou a representações de 190 países.

Por América Latina destacaram-se com exposições nacionais, além do Brasil e Peru, Cuba, República Dominicana, Venezuela, Guatemala, Panamá, México, Argentina, Chile, Uruguai, Nicarágua, Costa Rica e Jamaica.

¿Qual uma impressão deixo-lhe a última edição de  MITT?

-A celebrada em março tem sido nossa feira mais exitosa até o momento. Este ano pudemos atrair tantos destinos novos devido ao incremento de stands de países do Mediterrâneo. Temos aumentado o espaço em amis de 1,000 metros quadrados. A feira é enorme. Temos mais de 55,000 metros quadrados, segundo informaram-me, mas devemos esperar a que os auditores oficiais publiquem as estatísticas.    

A presença de novos participantes na feira deste ano foi realmente impressionante, mas eu gostaria de destacar a presença do Brasil, que foi extremadamente importante para nós. Brasil é um grande amigo da Rússia e é muito importante ter sua presença com um pavilhão nacional.

¿E que pode nos dizer da Guatemala?

-Guatemala esteve presente na edição anterior pela primeira vez. Ganhou o Prêmio ao Recem Chegado e o Brasil ganhou-o este ano. Ambos os país têm impressionantes stands e muitas companhias compartilham espaços com eles.

Mesmo assim a Nicarágua, Uruguai… ¿Quantos países de América Latina têm estado presentes em MITT nos últimos tempos?

-Temos a Argentina y México, que vêm todos os anos. Argentina tem estado exibindo seus produtos durante dez anos, e México uniu-se nos há cinco anos; começou com um pequeno stand e agora tem uns 70 metros quadrados. Os dois estão obtendo resultados impressionantes no mercado russo.

Você e provável que conheça as cifras melhor que eu, mas quando falei com Javier Aranda ele diz para mim que estão tentando atrair uns 100,000 turistas russos para o México e devido ás regulações para os vistos, que já têm se simplificado, agora os russos só têm que solicitar seu visto online para viajar para o México. É muito mais fácil si o comparamos com o processo necessário há cinco anos.

México representa uma competência muito forte para a República Dominicana e Cuba, destinos que têm grande êxito no mercado russo, com mais de 100,000 turistas cada ano.

A Costa Rica também enviou expositores, mas é necessário ter visto para entrar a esse país. Estamos falando com eles porque têm estado vindo durante cinco anos e ainda não têm regulações para os vistos russos.

¿E a Colômbia?

-Colômbia é outros dos países que temos como objetivo porque achamos que é um excelente destino para os turistas russos e definitivamente deveriam promover seus produtos em nosso mercado. Temos invitado à embaixada da Colômbia a mostrar suas propostas turísticas. Esperamos estejam na MITT de 2015, a se celebrar em Moscou entre os dias 18 e 21 de março.

Desafortunadamente, de cara à edição de 2014 Venezuela retirou-se a última hora devido à situação política no país, mais eles têm estado com nós durante quatro anos. Então nós esperamos que a situação política se estabilizasse e eles voltem com nós em 2015.

No Caribe, a CTO representa a uma significativa cifra de países: 34. ¿Qual é a sua mensagem para os membros da CTO que participam em MITT?

-Nós esperamos trabalhar a fundo com a Caribbean Tourism Organization (CTO). Eu teve uma reunião com eles há uns anos, quando estiver tentando promover nossa feira na região; naquele então a Rússia não esteve entre os seus mercados objetivos, não era um mercado prioritário para eles.

Acho que essa situação tem mudado e tentaremos de falar com eles novamente porque agora muitos dos seus países membros participam na nossa exibição. É por isso que seu apoio oficial é tão importante, mesmo seu patrocínio e a ajuda para organizar um programa especial para seus sócios porque, segundo eu me lembro, eles celebraram sua feira itinerante, mas isso é uma coisa muito distinta duma grande feira turística. Numa feira itinerante você não recebe 80,000 visitantes.

Este ano não atingimos concertá-lo, mas o tentaremos novamente em 2015: unir todos os produtos do Caribe. Dez companhias podem compartir um stand grande, vai lhes resultar economicamente mais vantajoso e será um desenho agradável. Terá o estilo duma vila caribenha. Tentaremos faze-lo o próximo ano e esperamos contar com o apoio da CTO.

O certo é que a situação muda cada ano.  Antes não tínhamos uma presença tão significativa de países latino-americanos. Desde que estamos trabalhando com nosso agente, temos logrado que quase todos os países da região participem em MITT. Com o Brasil na feira, como aconteceu em março passado, nós temos aos destinos mais importantes. A exibição está completa.

Este ano também uniu-se nos o Peru. Essa é outra nova aquisição desde América Latina. Realmente não é a primeira vez para o Peru: há sete anos eles saíram da feira e agora tem voltado. Basicamente todo o mundo está olhando para a Rússia. Esperamos que Panamá voltasse mesmo El Salvador, e Honduras também deve estar com nós em 2015.

¿Equador?

-Temos estado falando com representantes do Equador, e temos nos reunido com eles em todas as feiras de turismo. Eles ficaram muito interessados no mercado russo.

¿Como aprecia a evolução de MITT nos anos recentes?

-Entre os elementos positivos, eu gostaria de dizer que desde 2009 temos observado a crescente presença de stands do mundo todo. Os stands são melhores, originais e formosos. Quando um entra num pavilhão é impossível decidir para quem vai ser o prêmio porque todos os stands são impressionantes.

Em 2009 fomos testemunha da crise económica através de nossa feria, e destinos como a Grécia e Espanha diminuíram levemente seu espaço de exibição, mais este ano quase tem voltado a seu tamanho original.

Andaluzia é também muito importante.

-Realmente desejo conversar com os representantes de Andaluzia quando visite a feira de Torremolinos em junho. Estamos tentando atrair a tantas regiões da Espanha como ser possível porque os russos conhecem a Espanha e gostam muito dela. Segundo acho, mais dum milhão de russo tem-la visitado este ano. Espanha é um país impressionante: você pode visitar mais uma vez Barcelona, e pode disfrutar umas férias de praia e cultura ao mesmo tempo, incluindo o tema gourmet. Acho que o potencial da Espanha está subestimado.  

¿Quantos operadores turísticos russos recebe MITT?

-Todos aqueles que operam no mercado russo estão presentes normalmente na feira Há algumas exceções e dois ou três companhias quebraram o ano passado, mas as principais que operam o mercado russo estão em MITT. Eu posso dizer que os 20 operadores turísticos principais têm stands em nossa feira cada ano.

¿Gostaria de dizer alguma outra coisa?

-Eu gostaria de invitar a todos os destinos que não têm estado em nossa feira para que participem, porque o potencial do mercado é enorme e eu sei que todos estão olhando para os países do BRIC, mas acho que entre eles a Rússia é o mercado mais fácil de atingir.

Só falem com aqueles que já têm participado e nós, os organizadores, ficaremos aqui para ajudá-los.

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