Entrevista Rafael Ansón Sobre creaçao Academia Europeia de Gastronomía

22 de Fevereiro de 2016 5:10pm
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Entrevista Rafael Ansón Sobre creaçao Academia Europeia de Gastronomía

-          ¿O qué é a Academia Europeia de Gastronomía?

É uma Academia de Academias.Só podem formar parte da Academia Europeia as Academias de países que formam parte da União Europeia,ou seja, dos 28 países que integram a Comunidade Europeia.  

           A ideia é,precisamente, que a extensão da Academia Europeia de Gastronomía, coincida com o espaço jurídico político que representa a União Europeia.

 

-          ¿Cómo foi esse momento em que se decidiu criar, no marco da Assambleia Geral da Academia Internacional de Gastronomía?

Desde há anos, a Academia Internacional tomou conciencia de que ao fazer parte da mesma Academias de diferentes continentes e de diferentes países, era difícil manter uma relação com estructuras como a União Europeia ou a Secretaría Geral de Iberoamérica,

Por isso  se constituiu, há 5 anos, a Academia Iberoamericana de  Gastronomía, com sede em Sevilha, e que eu presido, e há dois semanas, em París, as Academias de Reino Unido, Alemanha, Francia, Italia, Bélgica, Suecia, Polonia, Portugal e Espanha, decidimos criar uma Academia Europeia de Gastronomía.Próximamente, se incorporarão países que já têem Academia como são: Austria e Grecia….

Naturalmente, ainda tem a máxima importancia a Academia Internacional, que coordina não só as Academias Regionais, como a Europeia, a Iberoamericana ou a do Mediterráneo se não, também, a todas e cada uma das que existem nos diferentes países. Nestes  momentos, em 4 continentes.

-          ¿Qual é a sua importancia?

Sem dúvida a União Europeia tem entre os seus muitos projetos, levar a cabo actividades relacionadas com o mundo da alimentação e a gastronomía.

Concretamente existe uma Resolução do Parlamento Europeu de março de 2014 sobre “O Patrimonio Gastronómico Europeu: aspectos culturais e educativos”, que marca uma serie de recomendaçÕes aos países da UniãoEuropeia para que levem a cabo actividades relacionadas com a gastronomía, a educação, a cultura, a ciencia, a sostenibilidade, a protecção medioambiental, a producção agroalimentaria e o turismo.

Nesse sentido, a Academia Europeia pode colaborar dando criterio, marcando mecanismos de selecção, impulsando publicaçÕese, fundamentalmente, uma presencia em internet da oferta gastronómica global de Europa.

-          ¿Em qué linhas de acção vai se basear o seu trabalho?

Na reunião constitutiva,na qual se acordou criar o Conselho de Administração, que eu presido e do que são vicepresidentes Jean Vitaux e Paolo Petroni (presidentes, respectivamente, das Academias francesa e italiana) e secretario geral e tesoureiro MaciejDobrzyniecki (presidente da academia polaca), se acordou plantear quatro objetivos ou projectos básicos: a incorporação dos conhecimentos de alimentação e a educação do gosto ao sistema educativo, especialmente no Ensino Infantil e Primaria, mas também,  a nivel universitario.

Concretamente acordou-se elaborar e propor no seu  día à Comissão Europeia, um projecto de Master de Gastronomía de dois anos, comúm aos 28 países, e um Doctorado de um ano, também,  para todos os países.

Outro projecto fundamental é a importancia da gastronomía no turismo de  qualidade e, por tanto, seguindo o exemplo de Espanha,, elaborar um espaço em internet sobre Gastromarca europeia, que deu a conhecer o melhor que oferece o conjunto de Europa em materia gastronómica e onde cada um dos países possa incorporar a sua oferta singular e concreta.

Uma oferta que deve abarcar não só restaurantes, se não alimentos e bebidas, mercados, lojas e boutiques, eventos e manifestaçÕes culturaise, é obvio, a actualidade.

Além disso, fomentar a producção agroalimentaria de qualidade, a artesanía, as pequenas producçÕesque permitam manter a qualidade de muitos dos productos, alimentos e bebidas, que existem na Europa e acercar o productor ao consumidor, ao comprador, ao restaurante ou às lojas.

Por último, uma certa defensa da industria agroalimentaria que, em termos gerais, permite que se coma melhor que nunca na nossa historia, sem o perjuicio de que alguns productos tomados em exceso não sejam,especialmente, saudáveis.

Em resumem, apoiar uma gastronomía saudável, sostenível, solidaria e satisfactoria para todos.

-          Gostaria que nos comentasse como será a lavor mancomunada com as outras Academias na Europa…

Se trata de uma acçãoconjunta e solidaria. Todas as decisÕesse tomaram por acordo entre as diferentes Academias. Todos os países têem o mesmo peso e o mesmo protagonismo na Academia Europeia. Uma coisa é que a sede jurídica esteja em París, a Secretaría Geral em Varsovia e a Presidencia em Madrid.

Queremos impulsar muito a gastronomía dos Países Nórdicos, pelo qual Suecia deve ter um papel de coordinador. O mesmo com os países de centro e de Europa de Leste, que devem ter o apoio e o respaldo da Academia de Polonia. Em geral, a ideia é que os 28 países tenham Academia e que as decisÕesque se adoptem, em todo caso, abarquem aos 28 países que é o que quer a Comissão Europeia.

-          ¿Tem recebido algum ou alguns comentarios de personalidades da gastronomía sobre a criação da AEG?

É obvio, não só de autoridades dos países, se não de pessoas destacadas da Comissão em Bruxelas. E, sem dúvida, da Organização Mundial de Turismo e, próximamente, teremos contacto com a FAO e com a Organização Mundial da Saúde.

-          Apartir daquí, ¿se criara a Latinoamericana ou a Americana na sua totalidade, por exemplo?

Como temos dito antes, a Academia Iberoamericana de Gastronomía existe já desde há 5 anos e está formada pelas Academias de México, Brasil, Argentina, Colombia, Chile, Perú, Portugal e España. Últimamente se têem incorporado Venezuela, República Dominicana e Cuba (nos pareceu mais lógico chamar-lhe Iberoamericana que Latinoamericana).

Como Academia observadora ou associada, está a dos Estados Unidos-Este que abarca desde os estados do norte até a Florida.

A Academia Iberoamericana criou, há 3 anos, o conceito de Capitalidade Iberoamericana da Cultura Gastronómica. A primeira foi Córdoba, a segunda, com um éxito extraordinario Guanajuato. Este ano corresponde a Mérida (Extremadura, Espanha), nol ano 2017 será Buenos Aires e em 2018 Sao Paulo.

Neste tema da Academia Iberoamericana de Gastronomía não posso deixar de citar a Nicolás Muela, presidente adjunto durante todos estes anos e que faleceu no passado mês de janeiro.

A AIBG se constituiu em Sevilha porque alí estava a sede da Fundação Doña María de las Mercedes (madre del Rey Emérito, D. Juan Carlos) que, a sua vez, estava impulsada pela Confederação de Empresarios de Andalucía. Nicolás era director das duas instituiçÕes.

Nicolás tem deixado um vazio impossível de completar, embora o temos tentado de fazer entre todos e especialmente,  Alfonso Marín (secretario geral) e Antonella Ruggiero (secretaria geral adjunta).

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