Entrevista a Rafael Montalvo, Diretor do Escritório de Turismo de San Juan

05 de Fevereiro de 2015 5:33pm
claudia
Entrevista a Rafael Montalvo, Diretor do Escritório de Turismo de San Juan

Durante uma das sessões da Feira Internacional de Turismo (FITUR) 2015 conversamos com Rafael Montalvo, Diretor do Escritório de Turismo do Departamento de Desenvolvimento Económico de San Juan quem compartilhou impressões sobre os avanços e desafios que enfrenta o turismo em seu país.

Tinha visitado FITUR anteriormente?

-Sim, mas no carácter da empresa privada, porque sou diretor de mercadeo do hotel Baía Beach Resort & Golfe Clube (Lar do Hotel St. Regis) em Porto Rico. Desde o ponto de vista de governo é a primeira vez que venho representando a San Juan.

Desde quando fica nesse cargo?

-Levo dois anos nele.

Que parece-lhe que Porto Rico não tenha stand em FITUR como país?

-Porto Rico tem tido neste ano estratégias diferentes e no ano passado também, mas para isso temos estado nós - a capital- para representar o que é San Juan e um pouco também o que é Porto Rico que tem estado presente de uma maneira ou outra.

Poder-nos-ias dizer quantos espanhóis viajam a San Juan, Porto Rico?

-O número exato não o tenho, mas nos centros de informação turística que recebemos asseguram que  um 20 % da gente que se recebe são cidadãos espanhóis.

E europeus?

-Um 35 %. A maioria dos europeus que vão a San Juan são espanhóis, pelo vínculo já existente.

Um 80% do turismo que recebem é norte-americano

-É sim, a maioria de nossos turistas provem da Costa Este dos Estados Unidos.

Há algum país do Caribe ou de América Latina que viaje frequentemente a Porto Rico?

-Nas últimas estatísticas que temos tido informação está a Colômbia e a República Dominicana

Que é o que fazem habitualmente os turistas em San Juan?

-Quanto à experiência do turista, San Juan o que tem é que é uma cidade viva, com uma tradições centenárias, um capacete urbano muito guapo, uma vida noturna muito boa além das relações que existem com os Estados Unidos que isso ajuda quanto à segurança e estabilidade.

Que nível de complicação têm os vistos para os cidadãos de América Latina e o Caribe?

-Todo o processo de visa para Porto Rico é o mesmo que para os Estados Unidos, portanto, a maioria dos viajantes não precisam um visto ao menos que sejam países específicos, por exemplo os espanhóis não precisam visto para entrar.

Quantos passageiros chegam a San Juan para apanhar um cruzeiro?

-Neste ano tem sido uma cifra recorde em cruzeiros, recebemos de 1.5 milhões de passageiros em cruzeiros.

Quantas companhias de cruzeiros atracam?

-Todas as principais têm um cruzeiro que zarpa de San Juan ou chega a San Juan como parte do itinerário.

Quantas são host port e quantas são de escala?

-As de escala são maioria em frente às host port, dependendo a temporada.  Em nossa temporada alta são mais as que são de escala e quanto ao clima tendem mais a vir na temporada de natal e em inverno.

Que oferece Porto Rico como destino de compras?

-Sobretudo para os europeus sai muito a contas comprar marcas americanas a muito bom preço. Temos o shopping maior do aribe, Praça das Américas, onde o viajante que queira comprar algo por um preço menor temos dois outlets a 25 minutos e a uma hora de San Juan onde consegues uns preços inigualáveis.

Em que situação está Vieques onde realizar-se-iam umas jornadas de manutenção ecológico?

-Isso tem ido melhorando. O ecossistema e os tratamentos que se fizeram pelo dano que teve e pela situação da marinha, se potenciou muitíssimo o turismo na ilha de Vieques, porque oferece uma variedade de praias desde aquelas de areias vermelhas até umas de areia muito fina e muito branca. Foi-se potenciando pouco a pouco o turismo, e as conexões de voo.

Achas que  as acções de Obama sobre a abertura das relações com Cuba como um destino poderia ser um motor para o Caribe e também beneficiar a Porto Rico?

-É muito bom que tenha passado, assim poderíamos trabalhar de um trecho, com a República Dominicana de conjunto assim, a marca Caribe pode ser bem mais forte em nível de destino.

Vocês têm nos Estados Unidos uma jornada porto-riquense que se realiza em Nova York. Têm previsto organizar shows ou desfiles desse mesmo tipo em algumas cidades de Europa?

-Não há planos de realizar esse tipo de movimento em Europa, como a parada porto-riquense em Nova York. Estes desfiles quem fazem-no são os porto-riquenses que moram na cidade e então San Juan e Porto Rico participam como convidados. Teria que ser um movimento desde a cidade para que se crêem este tipo de eventos, mas se se desse definitivamente contaria com o nosso apoio.

Gastronomicamente San Juan é uma cidade com muitas possibilidades.  Considera que Porto Rico deveria ter sua Academia de Gastronomia?

-Agora há várias escolas independentes, mas acho que dever-se-ia potenciar essa iniciativa, já que sobretudo San Juan se apresentou como uma capital gastronómica, pela variedade da comida internacional. Há zonas como a Placita em Santurce e a Placita em Miramar que se dedicam fundamentalmente à gastronomia.

Mayagüez é a capital contrária a San Juan com suas praias e seu mundo cultural. No campo não fazem equipa?

-Sim trabalhamos em colaboração. Em meu centro de informação há informação de Mayagüez e vice-versa, mas faremos um acordo onde terá um centro de informação em Mayagüez justo no porto, estamos em negociações, e será proximamente para que Mayagüez se possa promover em San Juan, porque de maneira natural chegam mais passageiros a San Juan que a Mayagüez. Trabalhamos de conjunto para manter os dois destinos e colaborar.

Considera que o facto da abertura das relaçõescom Cuba e que os cruzeiros norte-americanos possam ter base em Cuba lhe tire a Porto Rico parte de seu mercado?

-Não o creio, porque os cruzeiros já realizam paradas diferentes como a República Dominicana e outras ilhas. Acho que é uma combinação de destinos que pode trabalhar muito bem. Os mesmo já pausmn em outra ilhas podem o fazer também em Cuba como parte do seu itinerário e o ampliar, sim que terá uma concorrência como são todos os outrosportos, mas não acho que diretamente, porque como país e como cidade temos umas características diferentes a Cuba.

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