Exploração sexual em crianças e Turismo

O 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio de Janeiro (25-28 de junho), está chamando a atenção para um problema que, na América Latina, "está arraigado no silêncio que impõem a cultura e a religião", segundo Nils Kastberg, diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a América Latina e o Caribe.

Kastberg assinalou a "gigantesca responsabilidade" dos países europeus, responsáveis por 25% do tráfico de crianças e adolescentes, e que na América Latina fomentam a prostituição, por serem grandes emissores de turistas sexuais.

Alguns países e entidades turísticas têm adotado um código de conduta em favor do estabelecimento de uma política ética no que diz respeito ao repúdio à exploração sexual infantil através de ações como cláusulas em contratos entre fornecedores e compradores; informação aos turistas durante o vôo e no momento da chegada aos destinos, entre outras ações, mas a situação só poderia mudar definitivamente através da criação de uma nova perspectiva de vida, na qual as aspirações mínimas tenham chance de ser alcançadas pela população infanto-juvenil.