Félix González Canto, governador do estado de Quintana Roo

20 de Março de 2007 6:32am
godking

Quintana Roo é um dos estados mexicanos mais favorecidos pelo turismo, atividade que representa 90% da sua atividade econômica e sua maior fonte de empregos. Para 2007, as estimativas são de 10,5 milhões de visitantes e de US$ 5 bilhões em receitas. Evidentemente, após o pesadelo do Wilma, Quintana Roo renasce renovado.

Como encerrou Quintana Roo o ano de 2006 após os trabalhos de recuperação pelos efeitos do Wilma?

Quintana Roo é a soma de todos seus destinos turísticos. Praticamente todos os hotéis de Cancun foram perfeitamente reconstruídos e ampliados. A infra-estrutura também foi renovada e isso favoreceu outros destinos como Riviera Maya e Cozumel.

O estado tem agora 66.512 apartamentos com crescimento sustentado de 7%-8%, principalmente em Cancun e Riviera Maya. Do total de apartamentos, 29.100 correspondem a Cancun e 34.700 a Riviera Maya. Quintana Roo representa 40% do turismo que chega ao México.

Qual a participação do setor turístico no PIB do estado?

O turismo representa 90% da atividade econômica e é multiplicador de outras indústrias. A população do estado passou de 300.000 habitantes para 1,3 milhão nos últimos vinte anos. Temos as maiores taxas de crescimento, de geração de emprego e de investimentos turísticos no México.

E as expectativas para 2007?

Em Cancun esperamos 3,3 milhões de turistas e um número semelhante deve chegar à Riviera Maya. Cozumel deve captar 350.000 visitantes via aérea e 3,5 milhões a bordo de 1.200 navios. É o primeiro destino nesse segmento.

Já o porto de Mahahual, no Sul - que é a grande surpresa quanto a cruzeiros - espera receber mais de 500 navios. Trata-se de um porto muito importante para o sul do estado, na Costa Maya. Essa seria a terceira fase do milagre turístico que é Quintana Roo: a prova do mercado para a detonação turística da região.

Em 2007, prevemos a chegada de 10,5 milhões de turistas no mínimo e as receitas seriam de US$ 5 milhões.

Têm projetos de infra-estrutura no estado?

O ano de 2006 foi muito importante. O fluxo de capitais privados depois do furacão foi de US$ 1,75 bilhões, quantia equivalente à investida durante sete ou oito anos.

Os projetos em andamento continuaram seu desenvolvimento. Por exemplo, os projetos de Puerto Cancun e MayaKoba. Isso totaliza US$ 2,35 bilhões. Os investimentos no estado de Quintana Roo foram muito superiores aos dos demais países da América Central em conjunto.

As previsões para 2007 são de US$ 300 milhões na Riviera Maya e Cancun, e o governo está realizando investimentos importantes, sobretudo na infra-estrutura viária.

No mês de maio vamos abrir o novo terminal do Aeroporto Internacional, que permitirá dobrar a capacidade atual. Em condições normais serão atendidos 250 vôos diários - domésticos e internacionais - e na alta temporada o aeroporto poderá garantir 450 operações.

Depois da recuperação de Cancun, quais seriam as ações de promoção e os países alvo?

Os Estados Unidos são nosso principal mercado. Acho que poderíamos duplicar o turismo que chega a Quintana Roo proveniente dos Estados Unidos, que é um turismo de maior poder aquisitivo.

O outro mercado importante é o europeu, no qual também pensamos crescer, com o apoio dos hoteleiros espanhóis que hoje estão em Quintana Roo e principalmente na Riviera Maya.

A Riviera Maya é o local preferido pelos europeus, como avança ali o projeto de construção do aeroporto?

Os trabalhos podem começar ainda este ano, perto de Tulum. O governo estuda a forma mais conveniente: licitação ou indicação de alguma empresa. É uma decisão do governo federal e o terreno é propriedade do estado, de modo que participaríamos com a empresa que assumisse a construção. O valor do novo aeroporto seria de US$ 200 milhões no mínimo.

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