Fernando Puche, presidente da Raytur Caribe e Hoteles C

Este empresário malaguenho decidiu apostar fortemente em Cuba, onde em 1º de janeiro prevê inaugurar três estabelecimentos que somam mais de 800 apartamentos, com ocupação garantida de 80% na abertura, numa época de crise internacional que encara com otimismo.

Qual a sua opinião sobre a crise internacional e sua influência no setor do turismo, principalmente na Espanha e Cuba?

Sou otimista. O desafio é grande na América e na Espanha, mas acho que a situação vai ser mais difícil na Espanha do que em Cuba. Na Espanha vivemos numa economia sobredimensionada, ou seja, acima das necessidades, mas em Cuba a economia tem sido mais estável. Esperamos que os turistas canadenses e italianos continuem a vir para Cuba, e talvez alguns norte-americanos.

Quais são suas previsões acerca da política turística do próximo presidente dos Estados Unidos para Cuba?

Eu insisto. Sou otimista. A abertura deveu acontecer há muito tempo e agora acho que vai ser possível e que não vai demorar muito.

Vai continuar sua expansão em Cuba apesar da crise?

Com certeza. A crise é mais forte para nós no setor imobiliário, na Espanha.

Em 1º de janeiro vamos abrir 3 hotéis em Cuba: um em Santa Lucia (Camagüey), outro em Varadero (Matanzas) e outro em Playas del Este (Havana). Dois meses antes da abertura desses hotéis já temos uma ocupação garantida de 80%. Fizemos uma reforma geral que inclui jardins, piscinas e decoração interior.

Também queremos abrir um hotel em administração compartilhada com Cuba e para isso vamos iniciar as negociações em breve.