Fitur, WTM ou ITB para o Caribe?

O Caribe deixou de participar como região na Fitur, de Madri, o segundo evento mais importante do mundo. Durante a última edição da WTM, de Londres, conversamos com a sra. Carol Hay, diretora de Marketing da Organização de Turismo do Caribe (CTO) para o Reino Unido e a Europa, sobre os motivos que provocaram essa decisão.
A CTO participa de feiras como a WTM e a ITB, mas não a participa da Fitur, o segundo evento turístico mais importante do mundo. Qual o motivo?
-A CTO é uma organização dirigida por seus membros e a nossa participação em eventos depende deles e dos orçamentos. Os nossos membros determinam como gastar seus orçamentos da maneira mais efetiva nos mercados que gerem as maiores receitas.
Os europeus quando têm uma representação não participam das feiras. Só participam naquelas em que podem fazer negócios.
Os nossos destinos para os quais o mercado espanhol é importante não deixam de participar na Fitur, mas também não deixamos de trabalhar nesse sentido como Organização, de modo que esperamos voltar.
De qualquer maneira é bom lembrar que como a WTM não é apenas para o mercado britânico, a Fitur não é só para o mercado espanhol, mas para a indústria turística mundial...
-Estamos de acordo, mas alguém com pouco orçamento que quer se encontrar com operadores alemães e britânicos, não vai à Fitur, mas às outras feiras.
É verdade que a Fitur é um evento de alcance global mas com orçamentos reduzidos as decisões de gasto devem ser muito bem pensadas.
Os sete países centro-americanos, sem orçamento para participarem individualmente, vão como CATA (Agência de Turismo da América Central). Não poderia ser uma solução para os países da CTO?
-É uma estratégia que utilizamos em muitos eventos porque acreditamos que a estratégia de compartilhar recursos com os nossos membros é muito sensata. Porém, os destinos que não têm a Espanha como mercado número um decidiram não investir ali, escolhendo outros mercados onde aplicar seus recursos que são limitados.
A gente sempre está procurando oportunidades comerciais e esperamos que o mercado volte a um nível no qual a Fitur seja novamente um evento no qual o Caribe tenha um pavilhão para seus membros.