Guillermo Novielli, vice-diretor do Instituto de Turismo da Guatemala (Inguat)
A chegada de turistas cresceu 5% no mês de outubro na Guatemala apesar da crise mundial e das suas repercussões no setor. A abertura de novos sítios arqueológicos, a melhora da infra-estrutura e o desenvolvimento do turismo comunitário são algumas das ações que impulsionam as autoridades locais.
O senhor poderia falar sobre a nova política de promoção turística do seu governo?
Primeiramente quero agradecer à Caribbean News Digital este espaço. A Guatemala tem lugares muito conhecidos no mundo, mas há outras coisas que podemos mostrar, por exemplo reforçando o turismo comunitário e dando maior relevância aos nossos sítios arqueológicos.
Essa política estaria ligada à melhora da infra-estrutura e das rodovias?
Lógico. Recentemente foi criado o Gabinete de Turismo para que todos os ministérios com atividades ligadas ao turismo possam interagir diretamente. Caso seja difícil chegar a um destino por problemas de infra-estrutura, então entramos em contato com o Ministro das Comunicações e da Infra-estrutura para que sejam criadas as facilidades que permitam a chegada ao destino.
A segurança na Guatemala é sempre um tema bastante questionado. Há planos do governo e do Gabinete de Turismo nesse sentido?
Há alguns anos foi criada a Polícia de Turismo, mas acho que não se entendeu a importância que tem. O governo atual pretende reforçar o corpo policial e criar zonas seguras para o turismo. Sabemos que tem havido incidentes, mas esperamos que em breve isso seja coisa do passado.
Quais as companhias aéreas que voam para a Guatemala?
As conexões com a América Latina são através da TACA e da COPA e com a Europa através da Ibéria que a partir de janeiro terá 5 freqüências semanais.
Quais os novos destinos que vão promover na Guatemala?
Estamos desenvolvendo um novo sítio arqueológico que vai ser dez vezes maior que o Parque de Tikal. Está localizado no norte, perto da fronteira com o México. Outro projeto é a criação de um parque ecológico e arqueológico de 22 mil km2. Para se ter uma idéia, é uma área que tem aproximadamente a extensão de El Salvador.
O que é que acha dos destinos integrados na América Central?
Todos os países centro-americanos têm ingredientes como arqueologia, praias e cultura que são muito atrativos. Eu sou integracionista e acredito na América Central como região e como destino turístico.
Quais as repercussões da atual crise internacional na Guatemala?
Com problemas econômicos, o turismo deixa de ser uma prioridade para as pessoas. No entanto, o turismo na Guatemala cresceu 5% no mês de outubro em relação ao mesmo período do ano passado. O euro valorizado faz com que o europeu encontre mais vantagens na Guatemala do que em outros destinos.
Mais alguma coisa?
Quero aproveitar este espaço na Caribbean News Digital para convidar os leitores a conhecer a América Central e a Guatemala, onde vão ter experiências inesquecíveis.