Humphrey Vrjolik, diretor do Escritório de Turismo de Aruba para a Europa
O turismo europeu em Aruba tem contribuído para compensar a queda do principal mercado da ilha, o norte-americano, a partir do trabalho feito pelos escritórios de turismo de Aruba na Europa.
O que é que significa o mercado turístico europeu para Aruba?
Dos visitantes que recebe Aruba, 10% são europeus. O mercado norte-americano é o mais importante para a gente, mas estamos apostando no mercado europeu. O trabalho nos diversos escritórios da Europa começa a dar resultados e estamos recebendo mais turistas da Inglaterra, Suécia, Itália, Espanha e Alemanha.
Temos um charter semanal de Milão, teremos um da Suécia que será inaugurado no final do ano e estamos negociando mais um da Inglaterra e outro da Alemanha, além dos voos da KLM, ARCA Fly, Martin Air e os charters que já estão programados.
Acho que vamos ter bons resultados em 2009 com o turismo proveniente da Europa.
E especificamente da Espanha e Portugal?
A Espanha e Portugal estão crescendo também. Estamos tentando melhorar as conexões aéreas, temos um cruzeiro da Pullmantur que sai de Aruba todos os sábados e voos diretos Madri-Aruba que aumentam o fluxo de turistas.
Há oportunidades para mercados potenciais?
Lógico. O número de espanhóis e portugueses ainda é pequeno se comparado com Cuba, República Dominicana ou Porto Rico. Mais conexões aéreas e mais informação sobre a ilha podem melhorar essa situação.
Existe um turismo regional do Caribe e da América Central para Aruba?
Os maiores mercados são a América do Norte, Europa e América Latina, e é aí que nos concentramos pela estabilidade das suas economias e o grande número de turistas. Os visitantes de Curaçao, República Dominicana ou Porto Rico não são muitos.
E da Venezuela?
A Venezuela é o segundo mercado de Aruba depois da América do Norte quanto ao número de passageiros. No número de noites, a Holanda tem mais. O mercado venezuelano é muito importante porque os venezuelanos têm poder de compra e estão aumentando as viagens para Aruba, principalmente para o turismo de compras. Eles viajam por dois ou três dias e voltam à Venezuela. É um mercado que ocupa os hotéis e deixa receitas.
Novos projetos?
O Hotel Aqua está em construção e queremos deslocar o aeroporto para Barcadera. É um projeto com participação da Sol Meliá. São os dois maiores programas agora.
Quanto a novidades para o lazer, temos o parque aquático, com muitas possibilidades para a prática de esportes.
Neste ano vamos organizar o torneio internacional de catamarã e fragata. Uma das categorias do torneio de catamarã será realizada em Aruba e queremos que a Organização do evento leve a competição internacional para a ilha. O torneio vai ser em novembro de 2009.
Continua o desenvolvimento do Parque Nacional?
Continua e agora está muito verde pelas chuvas.
E o segmento de luas de mel?
Temos possibilidades de desenvolvê-lo. Há mais empresas locais para esses serviços. É um nicho muito importante porque os grupos podem ser de até 40 pessoas e podem viajar até nos meses de maio e junho, que é a baixa temporada.
E os cassinos?
Os casinos também são um segmento importante. Temos 12 cassinos em hotéis e vão estar sempre em Aruba.
Então podemos afirmar que Aruba resiste neste contexto de crise?
Aruba resiste a partir do trabalho na Europa e porque a queda do mercado norte-americano só foi de 10-15% que pode ser superada com os mercados secundários.