Humphrey Vrjolik, diretor do Escritório de Turismo de Aruba para a Europa

09 de Março de 2009 3:55pm
godking

O turismo europeu em Aruba tem contribuído para compensar a queda do principal mercado da ilha, o norte-americano, a partir do trabalho feito pelos escritórios de turismo de Aruba na Europa.

O que é que significa o mercado turístico europeu para Aruba?

Dos visitantes que recebe Aruba, 10% são europeus. O mercado norte-americano é o mais importante para a gente, mas estamos apostando no mercado europeu. O trabalho nos diversos escritórios da Europa começa a dar resultados e estamos recebendo mais turistas da Inglaterra, Suécia, Itália, Espanha e Alemanha.

Temos um charter semanal de Milão, teremos um da Suécia que será inaugurado no final do ano e estamos negociando mais um da Inglaterra e outro da Alemanha, além dos voos da KLM, ARCA Fly, Martin Air e os charters que já estão programados.

Acho que vamos ter bons resultados em 2009 com o turismo proveniente da Europa.

E especificamente da Espanha e Portugal?

A Espanha e Portugal estão crescendo também. Estamos tentando melhorar as conexões aéreas, temos um cruzeiro da Pullmantur que sai de Aruba todos os sábados e voos diretos Madri-Aruba que aumentam o fluxo de turistas.

Há oportunidades para mercados potenciais?

Lógico. O número de espanhóis e portugueses ainda é pequeno se comparado com Cuba, República Dominicana ou Porto Rico. Mais conexões aéreas e mais informação sobre a ilha podem melhorar essa situação.

Existe um turismo regional do Caribe e da América Central para Aruba?

Os maiores mercados são a América do Norte, Europa e América Latina, e é aí que nos concentramos pela estabilidade das suas economias e o grande número de turistas. Os visitantes de Curaçao, República Dominicana ou Porto Rico não são muitos.

E da Venezuela?

A Venezuela é o segundo mercado de Aruba depois da América do Norte quanto ao número de passageiros. No número de noites, a Holanda tem mais. O mercado venezuelano é muito importante porque os venezuelanos têm poder de compra e estão aumentando as viagens para Aruba, principalmente para o turismo de compras. Eles viajam por dois ou três dias e voltam à Venezuela. É um mercado que ocupa os hotéis e deixa receitas.

Novos projetos?

O Hotel Aqua está em construção e queremos deslocar o aeroporto para Barcadera. É um projeto com participação da Sol Meliá. São os dois maiores programas agora.

Quanto a novidades para o lazer, temos o parque aquático, com muitas possibilidades para a prática de esportes.

Neste ano vamos organizar o torneio internacional de catamarã e fragata. Uma das categorias do torneio de catamarã será realizada em Aruba e queremos que a Organização do evento leve a competição internacional para a ilha. O torneio vai ser em novembro de 2009.

Continua o desenvolvimento do Parque Nacional?

Continua e agora está muito verde pelas chuvas.

E o segmento de luas de mel?

Temos possibilidades de desenvolvê-lo. Há mais empresas locais para esses serviços. É um nicho muito importante porque os grupos podem ser de até 40 pessoas e podem viajar até nos meses de maio e junho, que é a baixa temporada.

E os cassinos?

Os casinos também são um segmento importante. Temos 12 cassinos em hotéis e vão estar sempre em Aruba.

Então podemos afirmar que Aruba resiste neste contexto de crise?

Aruba resiste a partir do trabalho na Europa e porque a queda do mercado norte-americano só foi de 10-15% que pode ser superada com os mercados secundários.

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