Humphrey Vrojlik, diretor do Turismo de Aruba para a Europa

Aruba, que desde janeiro de 2011 administrará seu produto turístico com uma nova organização, a qual reúne os setores público e privado, tem se concentrado nos últimos anos no segmento de alta gama dos Estados Unidos e em diversos mercados da Europa. Em 2010 a ilha espera receber 1,2 milhões de turistas: por via aérea para estadias em hotéis e como passageiros de cruzeiros.
Aruba faz mudanças na sua estrutura turística, o que nos poderia dizer sobre isso?
- O que acontece é que a organização turística privada (Aruba Hotel and Tourism Association, AHATA), e a organização governamental (Aruba Tourism Authority, ATA), que regula o setor, vão se fusionar em uma nova entidade cujo máximo responsável será o ministro do Turismo; porém, embaixo dele há uma junta diretiva, uma junta de conselheiros e também um CEO da nova companhia. Isso vai entrar em vigor no 1º de janeiro de 2011.
Além de uma reestruturação em termos de organização, a mudança significa um enfoque mais aberto ao mercado europeu do que existia até agora?
- Ainda não temos detalhes. Só no início do ano saberemos a distribuição do orçamento para as diferentes regiões. Está previsto que não existam muitas mudanças nas operações da ATA no futuro próximo, mas o enfoque concebido por este ministério é mais amplo na Europa do que tínhamos antes.
Como têm avaliado o efeito da crise européia no turismo e a atual recuperação?
- Nos últimos anos concentramos os esforços na atração da classe alta dos mercados onde trabalhamos: na Inglaterra, na Escandinávia, na Itália... O resultado foi que apesar da crise, o mercado continuou a crescer. Posso dizer, por exemplo, que a Inglaterra tem cifras muito altas de crescimento nos fluxos para Aruba, cifras que não têm outros países do Caribe atualmente.
Na atualidade, não passam cruzeiros desde a Europa que antes passavam pela ilha, planejam recuperá-los?
- Temos a vontade de trazer novos navios. Este vai ser um ano recorde na quantidade de navios que tem chegado a Aruba. Temos magníficos contatos com empresas da Espanha e da Itália. E uma missão vai viajar a Cannes ao fim deste ano para falar com as companhias de cruzeiros e explorar a possibilidade de trazer novos cruzeiros até Aruba, porque isso acrescenta o tráfego turístico para a ilha.
Que visão têm agora do mercado russo?
- Estamos observando um aumento anual de visitantes da Rússia. O único problema é o visto, porque precisam de visto para viajar a Aruba, e o governo tem a vontade de encontrar uma forma de reduzir os requisitos de entrada para facilitar os fluxos deste mercado, que sabemos emite um turista com alto nível de gastos, que procura cassinos e também fica nos hotéis mais luxuosos que temos.
Quantos turistas de cruzeiros têm tido neste ano e quantos da Europa?
- Em cruzeiros chegaram este ano quase 500.000 passageiros, e da Europa aproximadamente 120.000.
Dos Estados Unidos?
- Desse mercado recebemos cerca de 300.000
Quer dizer que recebem quase um milhão de turistas?
- Já estamos passando do milhão de turistas, e esperamos em 2010 chegar ao total de 1,2 milhões de turistas, se somamos os que chegam em cruzeiros e os que chegam para ficar em hotéis.
Alguma outra novidade?
- Agora temos dois voos charter por semana da Inglaterra que nos trazem bom turismo na baixa temporada. No inverno temos um charter da Escandinávia, e vamos começar também em dezembro com um charter direto de Milão, que vai se manter o ano todo. Na Espanha seguiremos trabalhando nesse sentido.