Ireth Rodríguez Villalobos, responsável pelo Departamento de Promoção do Instituto Costarriquenho de Turismo
Costa Rica, que investe em novos mercados turísticos europeus, não deixa de lado os latino-americanos, "com grande potencial de desenvolvimento". É a opinião da diretora de Promoção do Instituto Costarriquenho de Turismo.
A senhora poderia explicar aos nossos leitores os projetos atuais do Instituto de Turismo?
Atualmente estamos avaliando a abertura de novos mercados, como o russo, e trabalhando bastante o inglês e o belga, que são bastante recentes. Na Europa, os nossos principais mercados são a Espanha e a França, mas queremos que isso mude.
E na América Latina?
A nossa prioridade são os mercados do México e, na América do Sul, o Brasil, Argentina e Chile. No Panamá também há um grande potencial de desenvolvimento.
Há turismo do Caribe para a Costa Rica?
Principalmente do Porto Rico. São turistas muito fiéis. É um turismo que gosta do artesanato e da natureza do nosso país.
O que significa o mercado espanhol para a Costa Rica?
É o nosso principal mercado na geração de turismo e de divisas na Europa e o terceiro na geração de divisas a nível mundial, mantendo seu crescimento nos últimos sete anos, daí que concentremos os nossos esforços de marketing na Espanha.
Em 2009, sem deixar de lado a nossa participação em feiras, vamos aumentar a nossa promoção através da imprensa e de ações de marketing eletrônico em sete mercados europeus prioritários, tentando ampliar os mercados na Europa.
Quantos turistas espanhóis recebem?
Em 2007 recebemos 57.000.
E norte-americanos?
Os EUA ocupam o primeiro lugar na geração de divisas na Costa Rica. Em 2007 viajaram 871 mil turistas, o que significa 57% dos viajantes que chegam ao nosso país por via aérea.
A crise não está afetando o turismo dos EUA para a Costa Rica?
A crise é mundial, não apenas nos EUA. O turista norte-americano que visita o nosso país pertence a um segmento de alto poder aquisitivo e esse não é o de maiores problemas, de maneira que acreditamos que vai haver uma mudança de atitude nas viagens e uma pequena redução, mas não muito severa.
A Costa Rica era um dos países mais seguros da América Central, mas a situação tem mudado. O que é que está fazendo o governo para melhorar a segurança?
Temos um plano nacional de segurança para os cidadãos que moram na Costa Rica e para os visitantes, com participação dos setores público e privado. No turismo, temos ativado o programa da polícia turística que tem mais agentes nas zonas com maior afluência turística.
As estatísticas mostram que os incidentes diminuíram e os turistas não consideram que a falta de segurança seja um problema na Costra Rica. É algo que verificamos através de pesquisas que realizamos no aeroporto, no momento da saída deles, e que vai continuar na prioridade das autoridades turísticas.