Jeff Immelt, da GE, desiste de disputar cargo máximo da Uber

27 de Agosto de 2017 8:03pm
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Jeff Immelt, da GE, desiste de disputar cargo máximo da Uber

Naquele que é provavelmente o processo seletivo mais concorrido do mundo hoje, a lista de candidatos ao cargo de diretor-executivo da Uber diminuiu neste domingo. Jeff Immelt, presidente do conselho de administração da General Electric, afirmou que está saindo da disputa pelo comando da start-up mais valiosa do mundo. A Uber está em busca de um diretor-executivo desde junho, quando investidores forçaram a demissão do co-fundador Travis Kalanick após uma série de escândalos.

Immelt estava entre os três finalistas para a chefia da empresa de caronas, segundo fontes a par da seleção.

“Eu decidi não buscar uma posição no comando da da Uber”, escreveu Immelt em sua conta no Twitter, acrescentando que ele nutre “grande respeito pela companhia e por seus fundadores.”

Immelt é conhecido pela ambição estratégica que mostrou durante os 16 anos como diretor-executivo GE, período no qual transformou a companhia fundada por Thomas Edison em uma potência digital, focada em se estabelecer como pioneira no segmento de produtos industriais conetados à internet. Mas o executivo não conseguiu conquistar Wall Street, e as ações da GE caíram cerca de 29% durante o seu comando. Immelt deixou a direção-executiva da empresa em junho.

Outra finalista ao cargo é Meg Whitman, diretora-executiva da Hewlett Packard Enterprise. Embora Whitman tenha negado interesse em chefiar a Uber e ressaltado o seu interesse em continuar na HPE, fontes afirmam que ela segue na disputa.

O novo CEO da Uber terá como principal tarefa transformar a imagem da empresa após um ano de escândalos, além de torná-la lucrativa. Nos últimos meses, a companhia foi acusada de ser tolerante com o assédio sexual e está sendo alvo de um processo sobre roubo de segredos industriais e de uma investigação federal nos EUA sobre suposto uso de software para escapar à fiscalização.

Para a empresa, é essencial preencher o cargo para restabelecer a confiança dos acionistas no negócio, avaliado hoje em US$ 68 bilhões e que deve abrir seu capital na Bolsa no ano que vem.

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