Jesús Almaguer, diretor de Promoção Turística de Cancun conversa com CND

08 de Outubro de 2014 11:54am
claudia
Jesús Almaguer, diretor de Promoção Turística de Cancun conversa com CND

Numa das jornadas da Feira Leisure, conversamos com Jesús Almaguer, diretor de Promoção Turística de Cancún quem compartilhou suas impressões sobre a importância do turismo russo nessa região mexicana, bem como do crescente fluxo de visitantes que recebem desde a República Checa e Polônia.

Ademais, falou-nos do novo Festival de Jazz, dos concertos e eventos esportivos, tanto com Oásis Hotéis como com a corrente Palace, e do novo parque do Grupo Xcaret, cerca do aeroporto de Cancún.

Você é um velho conhecido e leva muito tempo visitando a Rússia. É uma das pessoas que iniciaram a abertura do mercado russo para o México. Há quantos anos disto?

—Estamos a vir desde o ‘91. Há cinco anos vimos os frutos pela primeira vez quando começou a voar Transaero, que foi o primeiro voo para Cancún. Estamos muito contentes porque com toda este turbilhão que existe - político, econômico e social – se mantêm quatro voos semanais de Moscovo, de Norwing e Transaero, e um de San Petersburgo a cada dez dias com Norwing, o qual é muito positivo para o destino.

Têm 380 pessoas pela cada voo.

—Afirmativo. Temos ao redor de 380 pessoas por chegada.

O que significa que têm quase 1.200 pessoas no caso de Moscovo.

—No caso de Moscovo e outras 380 de San Petersburgo a cada dez dias.

Está bem isso, não é?

—Bastante bem, sobretudo considerando a situação atual que esperemos seja passageira porque este mercado tem bem mais potencial para nós.

Isto se manter durante o ano todo?

—Ao menos para o que fica do ano e o início do próximo.

O desaparecimento de South Cross prejudicou-lhes?

—Não. Sempre é triste escutar que um operador, um sócio comercial fecha operações, mas o mercado é assim e se tende a aquietar as águas e se redistribui o fluxo do turismo.

Quem tem assumido o fluxo de clientes de South Cross, as cadeiras que tinha para o México?

—Testur e os clássicos.´

Testur é o que mais passageiros move para o destino?

—É sim.

E o Nathalie, o segundo?

—Nathalie é o segundo e Colas está bem perto.

Há algum novo operador turístico que esteja a tentar entrar no mercado mexicano?

—Biblos tem estado na luta, quer incrementar a produção segundo escutamos de nossos hoteleiros. Vamos ver que acontece porque a demanda é muita, as cadeiras estão limitadas, o qual é bom para nós no sentido de que não há um forcejo quanto a baixar tarifas.

Isso é muito importante para o hoteleiro.

—É sim.

Há alguma companhia aérea que tenha escutado que vá entrar de novo no mercado?

—Pois de seu país sim: Iberia com Evelop a partir da quarta-feira com dois voos código compartilhado com Iberia. No verão serão três à semana, segundo entendemos. O fato de que Iberia ponha sua bandeira ali é muito importante para nós porque, com a conectividade que tem Iberia, com a trajetória que tem Evelop que já conhece o mercado, pois nos ajuda muito a seguir incrementando o fluxo de turistas europeus para o destino.

Vai ser uma joint-venture?

—Sim, código compartilhado que esperemos se derive muito cedo em voos individuais da cada uma das duas linhas aéreas.

Vai ser um voo semanal?

—Dois voos a partir da quarta-feira e três à semana para o verão, Madri - Cancún.

Que outros países do este estão a ir a Cancún agora?

—A República Checa está a ir, há tempo temos um fluxo importante para nós de turismo checo e polaco. Estão a voar direto para Cancún e é um mercado importante para nós.

O turismo ucraniano era importante para vocês.

—De facto estávamos, e você o sabe porque o temos conversado em ocasiões anteriores, traçando estratégias, já tínhamos contatos e os mantemos, mas por enquanto estamos em stand-by até ter uma definição que esperamos seja rápida e pacífica.

Tem mudado o fluxo turístico russo de faz cinco anos a hoje. Tem passado de um turismo de extrema qualidade e individual, a um turismo coletivo.

—Ainda nós não o sentimos, ainda não estão as grandes operadoras produzindo os 300 ou 400 mil turistas ao ano que podem produzir a Tunísia ou a Maiorca. Ainda não temos isso. Somente temos cinco voos à semana, que a mesma ecasses de cadeiras os faz exclusivos.

Que derrama média de consumo tem um turista russo em Cancún?

—Para nós um turista russo é o equivalente a cinco turistas regulares de qualquer outra nacionalidade, incluindo os norte-americanos.

Incrível. Quantas excursões compra um turista russo habitualmente?

—Entre três e quatro excursões por estadia. Nos casos dos turistas que vão por dez dias, até cinco ou seis excursões.

Têm turistas que vão entre sete e quinze dias eventualmente.

—Temos sim. Tanto russos como europeus, mas a estadia mínima do russo é de sete noites.

A proximidade de Praia do Carmen, de todo o que é Riviera Maya e Cancún com um aeroporto compartilhado dá para vocês uma dupla força, não é?

—Dá-nos uma fortaleza importante porque, a diferença de outros destinos do Caribe, nós podemos dizer com orgulho que oferecemos três destinos num. Oferecemos o Caribe, que é a região em que competimos; oferecemos o México, que é uma marca com muita cultura, com muita história; e oferecemos o mundo maya. Isso nenhum outro lugar do Caribe o pode oferecer.

O número de passageiros que me está a mencionar é um número conjunto entre Riviera Maya e Cancún?

—Definitivamente. Nós trabalhamos em conjunto na maioria dos mercados. Não somos concorrência, somos complemento, somos dois produtos diferentes, a oferta é diferente e por isso temos sucesso em captar maior número de turistas que qualquer outro país do Caribe. Dominicana é nosso competidor mais próximo e está ao redor de 2 milhões e médio por embaixo de nós até a data.

Quantos turistas russos ao todo recebem vocês, não só viajando em charter, senão como turista individual?

—No ano passado tivemos para perto de 80 mil turistas registados diretos. Deve de ter ao redor de 120 ou 130 mil porque muitos chegam via México e, obviamente, fazem o cheque em Migração no México DF e já não os podemos contabilizar porque chegam em voos nacionais.

Como se está a conseguir manter um status de segurança tão grande como o que se mantém em Cancún e Rivera Maya em frente a outros destinos do México?

—Eu acho que é o fruto do trabalho das autoridades federais, as locais, tanto a estatal como a municipal. Faz anos, desde que surgiu o tema da percepção de segurança do México como país nos que se tem trabalhado, sobretudo com os mercados que se viram mais influenciados por essa percepção, concretamente me refiro ao norte-americano e ao canadiano. Fez-se uma muito boa labor de conciliábulo, mas sobretudo fez-se muito bom labor de prevenção no destino e de trabalho em torno do tema da segurança.

No mundo dos cruzeiros também há muitos russos que também viajam para Cancún para tomar um cruzeiro?

—Não sei. Pullmantur está a reativar sua operação em Cozumel e eu acho que isso vai trazer não somente a espanhóis e russos, senão europeus de todos lados.

Há alguma novidade no destino que seja chamativa?

—Há sim, há várias. Temos um novo Festival de Jazz que se organiza com Oásis Hotéis, concertos constantes e eventos esportivos, tanto com Oásis Hotéis como com a corrente Palace, há um novo parque do Grupo Xcaret, que está praticamente ao lado do aeroporto de Cancún, é uma nova atração mexicana. Também é importante o novo Museu Maya que acabamos de abrir e tem crescido o MUSA, que é o Museu Subaquático.

Back to top