José Sales, diretor da TAM Airlines para a Europa, Oriente Médio e Ásia

13 de Setembro de 2010 1:49pm
José Sales, diretor da TAM Airlines para a Europa, Oriente Médio e Ásia

A partir da sua base de operações em Madri, a TAM trabalha os mercados europeu, do Oriente Médio e da Ásia, oferecendo conexões praticamente diretas para a América do Sul. O diretor da companhia para essas regiões explica os detalhes.

A base européia da TAM está na Espanha e não em Portugal, o que talvez fosse mais lógico. Qual o motivo disso?

Estamos na Europa há onze anos. Começamos com uma freqüência diária de Paris e hoje temos sete vôos diários entre a Europa e o Brasil: três de Paris e outro de Londres, Frankfurt, Milão e Madri. Esse crescimento, que ocorreu em quatro anos, além do início das operações na Ásia e no Oriente Médio, fez com que precisássemos de um escritório na Europa e contratássemos uma empresa de consultoria para a definição do local. Havia duas coisas importantes: o custo e a cidade, além disso era imprencidível que houvesse voos da TAM para essa cidade. A melhor opção foi Madri, levando em consideração as facilidades de voos para as cidades do nosso interesse na Europa e a possibilidade de contratação de pessoas de nacionalidades e procedência diversas. Contamos com tchecos, paraguaios que falam espanhol e guarani, brasileiros, franceses, ingleses, italianos, japoneses... e além disso temos vantagens em termos de custos e legislação, entre outras. Em Madri temos também um centro de treinamento com capacidade para 20 pessoas, equipado com os instrumentos mais modernos.

Quais os mercados mais fortes da TAM na Europa?

Falando de países off-line, temos um mercado muito forte na Suíça e também na Escandinávia, mas em geral todos os mercados estão crescendo. Recentemente começamos na Rússia, mas a maior dificuldade ali é a língua. Já verificamos nas feiras que os nossos materiais em inglês não são suficientes, e devem estar também em russo. De qualquer maneira o crescimento do mercado russo não vai ser rápido. Temos presença ainda na Polônia, onde para chegarmos ao cliente é preciso também falar a língua dele, a presença física não é suficiente.

Quantos passageiros viajam com a TAM da Europa para o Brasil?

Aproximadamente uma média de 1.500 passageiros por dia - e a mesma quantidade do Brasil para a Europa. Tivemos uma ocupação média de 82% no primeiro semestre de 2010 partindo da Europa.

Quais os destinos preferidos pelos brasileiros na Europa?

Escolhem França e Espanha sendo Madri e Paris os principais destinos, apesar de muitos escolherem outras cidades nestes países.

Quais as ações previstas pela TAM para as Olimpíadas?

A TAM, que lidera no mercado doméstico brasileiro com 43% de market share, foi uma das empresas patrocinadoras da candidatura do Brasil para os jogos olímpicos. Quanto à renovação e crescimento da frota, os nossos planos foram elaborados há muito tempo e não prevemos fretamentos para o evento. As Olimpíadas são muito importantes para o Brasil, como será a Copa do Mundo; mesmo sendo dois grandes eventos pontuais, a TAM aposta na permanência do mercado. Temos planos ao longo prazo e para as Olimpíadas teremos um serviço mais forte.

Pensam abrir novos destinos?

Recentemente começamos operações de Londres e Frankfurt para o Rio de Janeiro, e prevemos outros, mas por enquanto não posso dar detalhes.

Qual o diferencial da TAM em relação a outras companhias aéreas como a Lufthansa, que opera num mercado tão forte quanto a Alemanha?

As aeronaves são as mesmas. O diferencial está no serviço. As grandes companhias cobrem grandes rotas no mundo e a TAM é especialista no mercado sul-americano, não apenas no Brasil. Conhecemos muito bem a região e temos centros de assistência e de atendimento muito fortes na América do Sul.

Por exemplo, a ONU realizou um evento em Salvador durante a crise das cinzas vulcânicas na Europa e a TAM foi a companhia que mais rapidamente movimentou os passageiros (cerca de 180 viajantes em Business provenientes de Viena).

Por outro lado temos pessoas que falam o idioma dos passageiros e podem resolver rapidamente os problemas que eventualmente aparecem.

O senhor falou do mercado russo. Como é que pensam entrar nesse mercado?

No ano passado começamos a estudar o mercado russo e esperamos reforçar o nosso trabalho ali em 2011. Participamos de todas as feiras importantes na Rússia e trabalhamos em conjunto com a Embratur para a promoção, não apenas da TAM, mas do Brasil. Ao mesmo tempo trabalhamos com os representantes turísticos da Argentina, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai para que esses destinos sejam conhecidos naquele mercado, que consideramos muito interessante, principalmente no segmento de luxo que poderia ser muito forte para o Brasil.


 

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