Leonardo Rodríguez Badel, gerente do Hotel Meliá Panamá Canal

27 de Julho de 2009 3:10pm
godking

A renovação do Meliá Panamá Canal, a reengenharia dos seus serviços, a procura de mercados alternativos que lhe permitam enfrentar a crise do mercado norte-americano e a formação dos funcionários são alguns dos temas abordados nessa entrevista.

Qual a avaliação do senhor dos resultados do hotel no primeiro semestre?

A ocupação do hotel recuou no primeiro semestre por causa de fatores como a queda da ocupação hoteleira na Cidade do Panamá e a Gripe A. O Meliá Panamá Canal está localizado em Colon e a inauguração em breve da autoestrada que vai unir a Cidade do Panamá a Colon com certeza vai favorecer o desenvolvimento dessa zona franca e da hotelaria da região.

Tenho uma preocupação pessoal que deveria ser uma preocupação do governo e é a segurança.

Outro fator que não favorece o país é a falta de um centro de convenções para o desenvolvimento do segmento do turismo de negócios. Temos um centro de convenções próprio e como rede global participamos das principais feiras mundiais e regionais como as de Buenos Aires e da Colômbia, o nosso segundo mercado mais importante, e as dos Estados Unidos, o nosso mercado principal, mas muito afetado pela crise atual, daí a nossa intenção de procurar novos mercados.

Vamos começar uma remodelação no hotel que deve terminar em 2010. Estamos reorganizando a área dos serviços, o centro de convenções, criando trilhas ecológicas, áreas de atracação e vilas.

Há planos para aumentar o faturamento do hotel?

O nosso presidente, Sr. Damián Barceló, que investiu muito no desenvolvimento desta província e na construção e desenvolvimento do Meliá Panamá Colón, quer desenvolver o tráfego de navios de cruzeiro em Colon e isso iria beneficiar a economia da região. Os nossos cálculos indicam um aumento de 20% do faturamento do hotel pelo serviço aos passageiros.

Nossa intenção é fazer com que o turista volte ao Panamá porque há condições naturais e das pessoas para isso, mas o governo deve ter mais participação nisso.

Há planos de expansão da rede no Panamá?

Por enquanto não. Os investimentos serão neste hotel que já funciona há dez anos.

Quais os pontos altos e as dificuldades do estabelecimento?

Como pontos altos temos os espaços verdes que cercam o hotel, a tranquilidade, o spa de 500 m2 que vai ser construído e que vai ser o único em Colon com diversos tratamentos de beleza, a gastronomia...

Quanto às dificuldades temos o problema da insegurança em Colon, que afeta todas as pessoas que devem viajar à cidade. É um problema que requer maior atenção do governo que por outro lado não cumpriu compromissos com a rede Meliá, mas são coisas que devem ter uma solução a partir do trabalho do nosso presidente com as autoridades.

O que é que faz o hotel para a formação dos funcionários?

A rede tem padrões estabelecidos que devemos cumprir para a formação dos funcionários. Infelizmente o pessoal disponível aqui não tem qualificação e devemos trazer os funcionários da Cidade do Panamá o que aumenta os nossos custos. No aspecto da formação, o governo tem uma responsabilidade não apenas em Colon, mas no Panamá.

Nós temos cursos internos e podemos dizer que depois de dez anos e de um trabalho constante temos os nossos funcionários qualificados, mas é uma tarefa que deve ser encaradas de maneira conjunto pelos setores público e privado.

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