Luis Antonio Ortega, gerente do Breezes Panamá Resort & Spa
No mês de outubro de 2009, o Grupo SuperClubs abriu seu primeiro resort na América Central, o Breezes Panamá Resort & Spa, um super-inclusive com belíssimas vistas para o Pacífico e para a floresta tropical. Com uma ampla experiência em importantes redes hoteleiras, o gerente geral explicou à Caribbean News Digital as características do hotel, seu posicionamento no mercado e as expectativas para o ano de 2010.
O senhor fez estudos de contabilidade e sua atividade profissional sempre foi na indústria turística. Como influenciou essa formação na gerência de hotéis?
Eu comecei a estudar e ao mesmo tempo trabalhava na hotelaria, na área administrativa e de contabilidade. Fui gerente do hotel Howard Johnson, em Guayaquil, durante um ano, o que constituía um grande desafio profissional e pessoal porque estava longe da família. Ali ganhei o prêmio ao Melhor Gerente, outorgado pelos funcionários. Eu acho que o conhecimento da área administrativa é muito importante na tomada de decisões.
Voltei ao Four Point Panamá, mas como gerente geral. Passei 12 anos nesse hotel; os primeiros oito anos na área administrativa e na segunda etapa como gerente-geral. As mudanças são necessárias para se evitar a rotina, por isso aceitei a proposta de um amigo para fazer parte da candidatura para a gerência do Breezes e aqui estou.
O que fazia na hotelaria na sua etapa de estudante?
Trabalhava num armazém, depois fui comprador, sempre na área administrativa e apoiando o serviço geral sem perguntar quanto ia receber por isso. Meu primeiro emprego e a minha escola foram o hotel Riande Granada. Ali comecei recebendo e entregando mercadorias, e depois passei a ser a chefe de custos. Em 1990 trabalhei no Hotel Panamá (anteriomente Panamá Hilton) como chefe de custos de Alimentos e Bebidas durante seis meses. Depois fui para o Plaza Paitilla Inn, que tinha problemas na área de custos. Ali fiquei dois anos e posteriormente fui para o Radisson, antes de viajar para Guayaquil.
O que é que significou a entrada no Breezes?
É um desafio. No Panamá não é como em outros países que têm muita disciplina na área dos serviços. Eu insisto em que os funcionários valorizem o que têm, a possibilidade de ajudar a família.
O hotel foi inaugurado em 12 de dezembro e tivemos que ajustar os procedimentos, a parte administrativa... mas tem um grande futuro e a percepção das pessoas é que é muito superior aos que estão na zona, e isso é importante para a publicidade.
Eu estou aprendendo muita coisa do sistema Breezes. Por exemplo, o cliente executivo do Breezes não tem nada a ver com o cliente executivo que tínhamos no Four Point by Sheraton.
O que pode dizer da ocupação do hotel, do pessoal e do mercado regional?
Quando começamos, o hotel tinha 40% de ocupação e 10% dos apartamentos precisavam de alguma correção, mas no final de semana do Réveillon já estavam vendidos. Os clientes vêm do Canadá, Brasil, Colômbia, Estados Unidos, Alemanha, França, do Panamá e da Rússia.
Quanto ao pessoal, os funcionários têm muita vontade de trabalhar, mas falta treinamento para os serviços.
Vão trabalhar o segmento de Congressos?
No mês de outubro, depois da abertura, recebemos uma convenção da Copa, depois tivemos o Natal e Reveillon, e alguns seminários empresariais. Até agora tudo decorreu bem e os organizadores sempre ficaram impressionados com a zona, com os espaços do hotel e com os serviços.
Quais suas expectativas como gerente geral?
Ganhar o reconhecimento pela qualidade dos serviços e produtos, e garantir o retorno dos investidores. É para isso que estamos aqui.
Por outro lado a rede SuperClubs tem estabelecimentos em diversos países e muitos clientes já conhecem os outros hotéis. É uma rede muito forte do ponto de vista do entretenimento e da diversão e temos que manter isso através do slogan da rede "Somos o lado bom do paraíso".
Algum comentário especial para os leitores?
Só convidar eles para virem conhecer o lado bom do paraíso nessa praia que é uma das melhores do Panamá.