Luis Perillo, diretor geral de Vendas e Marketing da Hilton para a América Latina e Caribe
Em 2010, a Hilton prevê três aberturas na América do Sul e uma no Panamá. O diretor geral da companhia para a região oferece os detalhes e comenta caraterísticas do mercado brasileiro.
Quais as mais recentes e as novas aberturas previstas no Caribe?
Vou falar mais da América Latina que é onde temos aberturas. Por exemplo, acabamos de fazer o relançamento - um re-branding, como a gente diz -, de um hotel na Cidade do México que agora tem o nome de Hilton Mexico City Reforma.
Neste ano vamos abrir mais três hotéis: um em Bogotá; outro em Ushuaia, praticamente na fronteira entre o Chile e a Argentina, e o terceiro nas cataratas do Iguaçu, do lado argentino. Já no primeiro semestre de 2011 vamos abrir um Hilton no Panamá.
O que é que esperam levar ao Panamá com esse hotel?
A cultura de serviços da Hilton, reconhecida mundialmente. Além disso é uma obra nova, com arquitetura e design de vanguarda, e tecnologia de ponta.
Muitos hoteleiros espanhóis têm adotado a filosofia de "mais por menos" e estão levando isso ao mercado americano. Pode isso ter repercussões negativas para a Hilton?
Não senti o impacto até agora. Cada rede ou grupo tem sua maneira de operar e há mercado para todos. O assunto é atacar o segmento para o qual temos serviços adequados. Acho que a filosofia de "mais com menos" foi algo comum na indústria no último ano e meio, e todos tivemos que nos adaptar.
O que acha da abertura potencial de Cuba como destino para o mercado americano no Caribe?
Com uma oferta maior, algum destino pode ser prejudicado.
Visto que a Hilton não têm hotéis na ilha...
Lógico, não podemos competir.
Pensam abrir algum hotel de praia na República Dominicana?
Por enquanto não temos planos na região.
Como enfrentaram a crise em 2009 e quais as previsões para 2010?
Pensamos que haverá uma recuperação no final de 2010 e no início de 2011, principalmente para reservas de grupos, segmento no qual as reservam aumentam. Quanto às reservas individuais, a tendência é a redução do tempo entre a decisão e a data da reserva, e no tempo de estadia.
Qual o comportamento do mercado brasileiro para a Hilton?
O mercado de origem no Brasil é um dos de maior crescimento nos últimos anos na demanda dos nossos hotéis fora do Brasil.
Então esse mercado sofreu menos a crise que o resto da região e a Europa?
Com certeza. Os números estão aí. Os hotéis da América do Sul, principalmente do Brasil e da Argentina, sofreram a crise, mas esse período foi mais reduzido se comparado com a situação nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões.