Maior parte das operadoras brasileiras tem baixo ou nenhum conhecimento sobre a Amazônia

02 de Fevereiro de 2010 9:56am
godking

Com o objetivo de orientar os planos de marketing do Projeto Estruturante do Turismo da Amazônia Brasileira - uma iniciativa conjunta do Sebrae nos sete estados da Região Norte - foram realizadas pesquisas de mercado com moradores, hoteleiros, agências de receptivo e turistas nas capitais, e operadoras de todo o Brasil. A iniciativa buscou traçar um diagnóstico da atividade turística e as conclusões foram reveladoras - entre elas o baixo número de programas de viagem dedicados à região.

Enquanto 72,8% das operadoras entrevistadas disseram ter baixo ou nenhum conhecimento sobre a região, apenas 0,21% demonstram conhecimento muito alto. "Este é um canal de extrema importância, porque quanto menor o número de pacotes disponíveis, menor será o número de turistas que viajam para a região Norte", acredita José Raimundo Morais, presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo da Macrorregião Norte (Adetur Amazônia). "Hoje, 53,2% dos turistas sequer recorrem a agências de turismo", completa.

Foram levantados também quais os obstáculos para a criação de roteiros e pacotes que contemplem os destinos amazônicos. Os principais fatores apontados foram baixa procura, pouca divulgação e valor do transporte aéreo - 84,6% afirmaram que a procura do público pelos destinos da região é baixa ou inexistente.

Por outro lado, os levantamentos realizados com turistas revelam um alto nível de satisfação com os atrativos e passeios, tidos como bons ou excelentes por 78,1% dos entrevistados. Levando em conta aqueles que viajam a lazer, o índice sobe para 96,6%. Embora necessitem de melhorias, aspectos como hospedagem e qualidade ambiental foram avaliados como bons ou excelentes por 55,3% e 48.8%, respectivamente.

Na opinião do presidente da Adetur Amazônia, essas informações dão o direcionamento das melhorias que efetivamente trarão resultados. "Além do Sebrae, fechamos também uma parceria com a Braztoa - Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, para diversificar e estruturar os roteiros e ainda baratear o custo final", lembra Morais. "O turismo na Amazônia precisa de atenção, mas já estamos no rumo certo para torná-lo competitivo", finaliza.

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