Manuel Girou Ribot, “MG segue sendo uma empresa familiar”

30 de Outubro de 2014 3:34pm
claudia
Manuel Girou Ribot, “MG segue sendo uma empresa familiar”

Manuel Girou Ribot é o Presidente de DESTILERIAS MG, uma empresa familiar com mais de três gerações comprometidas em destilar tradição, qualidade e inovação.

Com presença em mais de 25 mercados, a empresa tem a certificação mais exigente dentro do setor alimentar europeu e internacional: as normas de Certificação IFS (International Food Standard). Marcas reconhecidas de genebras como MG, Masters e Mare, além do rum Barceló, fazem parte do leque de produtos duma empresa que tem mantido uma longa relação com Cuba e, na atualidade, é a principal revendedora de bebidas alcoólicas nesse país, quando se tratar de produtos de importação.

CND conversou com o seu presidente; a seguir a entrevista íntegra.

Quando nasceu sua companhia?

— Nossa companhia é muito antiga. Já existia no final do século XIX. Era uma empresa familiar de outro ramo e após que realmente nasceu como MG, fundamentalmente dedicada à genebra, começamos a elaborar a genebra MG, no ano 1940.

Em que parte da Espanha está arraigada sua empresa?

— Estamos na província de Barcelona, concretamente em Vilanova. Ali é onde temos a destilaria e a planta de engarrafado.

Que volume de produção tem neste momento de sua genebra?

— Atualmente temos três marcas de genebra: MG, que é a antiga, a primeira, que ocupa o segmento médio do mercado; depois temos a genebra Masters, é uma genebra Premium que agora se está a potenciar, está a crescer muito, mas não leva mais de 10 anos no mercado; e recentemente temos sacado outra marca, que é uma Súper Premium: a genebra Mare, com umas características muito diferenciadas.

O Gin-tonic pôs-se muito de moda, está a ocupar um lugar Premium entre a coquetelaria. Nós aproveitamos esta circunstância para desenvolver esta faixa de genebras que, realmente, nos dá um lugar de mordomia no setor.

Para que países de Ibero-américa estão a exportar?

— Ibero-américa não é um lugar de alto consumo de genebra, mas temos presença em vários mercados. Estamos a entrar já no México. Também estamos na República Dominicana, Cuba, Colômbia, Chile e Peru. 

Trabalham com revendedores ou fazem-no vocês mesmos?

— Com revendedores.

Exporta também para os Estados Unidos?

— Estamos a começar nos Estados Unidos com Masters. Já levamos quase num ano introduzindo no mercado norte-americano, mas é um mercado difícil, lento e tem um potencial enorme.

Dentro do mercado europeu, vão ao mercado russo?

— O mercado russo é um mercado que a qualquer produtor lhe interessa. Estamos a dar os primeiros passos, mas ainda não temos entrado.

Quais são os mercados potencialmente mais importantes para vocês na exportação?

— Estados Unidos é um grande mercado. Quanto a Europa, nós inclusive estamos a vender na Inglaterra, o berço da genebra, também na Alemanha, Holanda, Bélgica, Suíça, França, Itália e Portugal, entre outros países.

Sua companhia, independentemente das ginebras, é mesmo revendedora de bebidas

— Em Cuba é fundamentalmente onde temos a revendedora mais importante. Em Cuba temos marcas de muito prestígio e somos a revendedor número um de bebidas alcoólicas no país, quando se tratar de produtos de importação. Aqui possivelmente o maior volume de consumo de bebidas alcoólicas seja Havana Club.

Dentro da formulação de seus produtos, têm outros produtos alcoólicos independentemente das genebras?

— Temos sim. Também elaboramos vodka e uma série de produtos para mistura, que são os pré-mixes, ou seja, combinações de genebra, vodka e whisky com refrescos. Esta é uma faixa de produtos que estamos a comercializar em muitos lugares do mundo, que estamos a exportar fundamentalmente aos países do sudeste asiático e é um produto muito pessoal, nosso, que não é muito estendido no mundo e há poucas marcas que o fabricam.

Vocês produzem uma água tônica que é importante porque está muito unida àscondições de suas genebras.

— Sim. Este é um produto que temos lançado há pouco mais de um ano, fundamentalmente no mercado cubano.

Não o utilizam no mercado espanhol?

— Não.

Desde quando estão em Cuba?

— Começamos em 1987 com a distribuição de Havana Club para Espanha. Estivemos nesta atividade até o 1994 e isto nos motivou a vir aqui e desenvolver outras coisas. Tivemos uma empresa mista de elaboração de bebidas e refrescos. Posteriormente criamos a sucursal aqui para a distribuição de bebidas alcoólicas.

Quanto tempo há que tem se estabelecido na República Dominicana?

— Desde o ano 2000, quando junto com Varma compramos Rum Barceló, que hoje se distribui em mais de 50 países no mundo. Em runs com distribuição fora de seu país de produção somos a quarta marca mundial em volume.

Seguem sendo uma empresa familiar?

— Sim, somos uma empresa familiar. Esta é a terceira geração. A empresa criou-a meu pai, continuo eu nela e agora estão os meus filhos.

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