María Amalia Revelo, diretora de Marketing do Instituto Nacional de Turismo da Costa Rica

10 de Novembro de 2008 8:48am
godking

Edições anteriores da Centroamérica Travel Market foram palco de contradições da Costa Rica com os restantes países centro-americanos. Para a nova diretora de Marketing do Instituto Costarriquenho de Turismo, as diferenças estão ligadas a posições e critérios sobre o mercado que devem ser respeitados, mas há muitos pontos de coincidência que podem reforçar a cooperação.

A senhora foi nomeada no mês de fevereiro. Quais suas metas como vice-presidente do Instituto de Turismo da Costa Rica?

É muito importante o estabelecimento de alianças com o setor privado para a continuidade da promoção dos nossos países porque os executivos mudam com os governos. Realmente os processos mantêm-se na memória histórica e podem ser desenvolvidos mais adequadamente em parceria com o setor privado.

Na Costa Rica temos um plano de marketing do qual participam as 30 pessoas que mais sabem disso no país. O plano foi aprovado pela Diretoria do Instituto Nacional de Turismo no mês de abril e abençoado por todos os bispos. Novas idéias provenientes do setor privado teriam de ser apresentadas primeiramente na Câmara de Turismo, representante do setor privado, o que permite um trabalho harmonioso, porque o plano de Marketing não é para o Instituto, mas para o país.

No processo de integração turística com a América Central, a Costa Rica teve diferenças importantes em anos anteriores. Nesta última edição da Centroamérica Travel Market, verificamos um interesse claro da Costa Rica na integração e um maior apoio a esse processo. O que é que acha que vai acontecer a partir de agora e como o governo vai tornar isso uma realidade?

Acho que devemos trabalhar mais nos aspectos que nos unem. Podemos ter diferenças de pontos de vista, mas isso não significa a impossibilidade de avançarmos juntos no processo de integração.

Não há contradições no tema dos mercados de longa distância como a Europa e Ásia. Nesse sentido todos os países concordam na realização de esforços conjuntos. As diferenças existem no que diz respeito à promoção no mercado norte-americano e até no mercado latino-americano.

Respeitamos a decisão dos países centro-americanos que utilizam a marca da América Central para a sua promoção nos Estados Unidos, mas a posição do governo e do setor privado da Costa Rica é a promoção independente nos Estados Unidos e Canadá.

Quanto a outros mercados, acho que podemos tentar captá-los em conjunto com os demais países centro-americanos. É o caso dos países nórdicos, da Rússia, dos mercados asiáticos e da América Latina. Na ABAV ou na FIT da Argentina podemos participar com um estande centro-americano. Isso nos torna mais fortes.

Acho que aos poucos teremos mais pontos de união, sobretudo nos mercados emergentes.

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