María Amalia Revelo, diretora de Marketing do Instituto Nacional de Turismo da Costa Rica
Edições anteriores da Centroamérica Travel Market foram palco de contradições da Costa Rica com os restantes países centro-americanos. Para a nova diretora de Marketing do Instituto Costarriquenho de Turismo, as diferenças estão ligadas a posições e critérios sobre o mercado que devem ser respeitados, mas há muitos pontos de coincidência que podem reforçar a cooperação.
A senhora foi nomeada no mês de fevereiro. Quais suas metas como vice-presidente do Instituto de Turismo da Costa Rica?
É muito importante o estabelecimento de alianças com o setor privado para a continuidade da promoção dos nossos países porque os executivos mudam com os governos. Realmente os processos mantêm-se na memória histórica e podem ser desenvolvidos mais adequadamente em parceria com o setor privado.
Na Costa Rica temos um plano de marketing do qual participam as 30 pessoas que mais sabem disso no país. O plano foi aprovado pela Diretoria do Instituto Nacional de Turismo no mês de abril e abençoado por todos os bispos. Novas idéias provenientes do setor privado teriam de ser apresentadas primeiramente na Câmara de Turismo, representante do setor privado, o que permite um trabalho harmonioso, porque o plano de Marketing não é para o Instituto, mas para o país.
No processo de integração turística com a América Central, a Costa Rica teve diferenças importantes em anos anteriores. Nesta última edição da Centroamérica Travel Market, verificamos um interesse claro da Costa Rica na integração e um maior apoio a esse processo. O que é que acha que vai acontecer a partir de agora e como o governo vai tornar isso uma realidade?
Acho que devemos trabalhar mais nos aspectos que nos unem. Podemos ter diferenças de pontos de vista, mas isso não significa a impossibilidade de avançarmos juntos no processo de integração.
Não há contradições no tema dos mercados de longa distância como a Europa e Ásia. Nesse sentido todos os países concordam na realização de esforços conjuntos. As diferenças existem no que diz respeito à promoção no mercado norte-americano e até no mercado latino-americano.
Respeitamos a decisão dos países centro-americanos que utilizam a marca da América Central para a sua promoção nos Estados Unidos, mas a posição do governo e do setor privado da Costa Rica é a promoção independente nos Estados Unidos e Canadá.
Quanto a outros mercados, acho que podemos tentar captá-los em conjunto com os demais países centro-americanos. É o caso dos países nórdicos, da Rússia, dos mercados asiáticos e da América Latina. Na ABAV ou na FIT da Argentina podemos participar com um estande centro-americano. Isso nos torna mais fortes.
Acho que aos poucos teremos mais pontos de união, sobretudo nos mercados emergentes.