O Festival de Gramado como porta do Rio Grande do Sul para o mundo

Os diretores do Festival do Turismo de Gramado têm, entre outras metas, mostrar o estado do Rio Grande do Sul para o mundo e prepará-lo para enfrentar uma demanda internacional de turismo. Na edição mais recente do Festival, a Caribbean News Digital falou com uma das suas diretoras, Marta Rossi, que explica as ações e estratégias nesse sentido.
Marta, quantos expositores participaram desta edição do Festival em 2011?
-Tivemos 1.600 expositores divididos em 360 stands e recebemos mais de 13.000 empresários. O Festival contou com uma representação de 30 países, e superou o número de agentes de viagens previstos, o que foi uma surpresa, porque nossa feira não é aberta ao público, mas unicamente aos empresários do setor de turismo.
Nesta ocasião a organização mostrou cidades do Rio Grande do Sul ao mundo que não eram tão conhecidas no exterior. Vão continuar com essa política de mostrar novos destinos do estado?
-Pensamos que Rio Grande do Sul, embora estivesse adormecido durante tanto tempo como destino turístico, tem um potencial muito grande para mostrar para o mundo e os municípios têm que se preparar para receber essa demanda internacional - o que passa pela participação nas feiras -, daí que chamássemos os municípios para o Festival.
Há alguma estatística dos brasileiros que têm viajado para os países que têm participado do evento em edições anteriores?
-Hoje pela manhã eu assisti à palestra do ministro Finozzi, da região do Vêneto, na Itália, e as estatísticas que ele apresentou de brasileiros que viajam para aquela região do norte da Itália foram surpreendentes. O crescimento foi superior a 30%.
O Brasil está em moda hoje. É um país com uma estabilidade econômica muito grande e com uma boa parte da população com poder de viagem, o que faz que seja visto com outros olhos pelo mercado internacional.
Depois do falecimento da Sílvia houve uma mudança na estrutura do Festival, que agora tem três diretores. Como distribuem o trabalho?
-Na verdade não houve ainda uma divisão total do trabalho. Meus dois sócios são jovens e estão fazendo um aprendizado e passando por todas as áreas, mas de princípio eu fiquei na administração geral, o Marcos Vinícius ficou na comercialização e o Eduardo na implantação. Essa é a nossa proposta para que seja efetivada nos próximos dois anos.
Vocês vão participar de feiras internacionais para apresentar o Festival do Turismo de Gramado na Europa?
-Com certeza. A gente participa em torno de cinco feiras internacionais, começando em janeiro, na Fitur, em Madri.
Como se complementam a ABAV e o Festival de Gramado?
-A ABAV tem um foco mais institucional e político, e o Festival tem o foco mais de negócios. Essa é a complementação.
O setor GLS tem menos presença nesta ocasião. Quais são os planos nesse sentido?
-Neste ano tínhamos um projeto muito grande com o setor GLS, mas a crise fez com que o Ministério do Turismo - que apoiava muito esse segmento - tirasse o apoio econômico e isso reduziu a participação deles. Mas nós temos feito um trabalho muito importante com a Argentina e Miami para ampliar esse segmento, no qual eles são muito fortes. Além disso, vamos buscá-lo também na Fitur, que tem um segmento GLS muito importante.