Olaf Schmidt, presidente executivo da Air Cosmos
Em plena crise, é sempre prometedor anunciar o nascimento de uma companhia aérea que vai cobrir rotas com tarifas competitivas entre a Europa e a América Latina, onde vai operar destinos como o Nordeste brasileiro, Buenos Aires e a América Central. Sobre os projetos da Air Cosmos, a Caribbean News Digital conversou com o sr. Schmidt na sede da empresa, em Berlim.
Como nasceu a ideia da criação da Air Cosmos?
Estamos cientes do grande tráfego entre a Europa e a América Latina, mas não há voos para determinados países. Pensamos que com tarifas competitivas, uma empresa aérea pode encontrar um espaço no mercado.
Mas não é Madri a porta para a América Latina?
É sim, e por isso a nossa companhia vai operar os principais destinos latino-americanos de Madri.
E de Barcelona?
Isso está em estudo.
Quais os destinos que vão operar?
No início Buenos Aires, o Nordeste brasileiro e a América Central, exatamente Costa Rica e Panamá, numa primeira etapa.
E os destinos "charter" como Punta Cana, Cancun e Varadero?
Temos muitos pedidos de operadores para esses destinos, mas temos vocação de companhia regular, ainda que não descartemos essa possibilidade.
Têm apoio dos países ou destinos em que vão operar?
Em breve o nosso departamento comercial vai entrar em contato com os destinos para apresentar a companhia. Não queremos leiloar destinos, mas a ajuda publicitária e as subvenções são importantes.
Muitos destinos gastam muito dinheiro em publicidade institucional e não têm voos diretos, mas com escala, e isso torna os voos mais caros e pouco atrativos.
Qual vai ser a frota da Air Cosmos?
Vamos começar com duas aeronaves A330/200, de 2009, e incorporar mais duas em 2010 e em 2011, ano em que teremos seis aviões ou mais caso a demanda justifique a ampliação da frota.
A manutenção seria própria ou com uma empresa externa?
Externa, com uma companhia alemã conhecida mundialmente, mas prefiro não dizer o nome porque ainda não assinamos o contrato.
É a Air Cosmos uma low cost?
Não. Os voos de longo curso não se adaptam ao modelo.
Qual vai ser o canal de vendas?
A Internet vai ter prioridade, mas vamos aproveitar também os recursos de key accounts e as operadoras.
E as agências de viagens?
Vão ter chave de acesso e boas comissões pelas vendas, além do fee.