OMT: previsões mais otimistas para a América do Sul e Caribe

12 de Março de 2009 6:21pm
godking

A Organização Mundial do Turismo (OMT) reconheceu em reunião com a imprensa estrangeira em Berlim, que o setor enfrenta tempos extremamente difíceis, mas evitou traçar um cenário mais pessimista a respeito da situação atual do turismo mundial. A instituição reafirmou sua estimativa de um crescimento nulo ou até uma queda de 2% no turismo mundial ao longo do ano. O segundo secretário-geral e porta-voz da OMT, Geoffrey Lipman, admitiu, a título pessoal, a possibilidade de uma queda ainda maior. A situação poderia ser diferente na América do Sul e Caribe.

Para a entidade turística mundial, dois fatores fazem com que esta crise seja mais séria que outras registradas até agora: seu alcance global e o grau de incerteza que vigora, que torna praticamente impossível realizar previsões de quando a situação vai melhorar, segundo indicou o secretário-geral da OMT, Taleb D. Rifai.

Para Rifai, a Europa será a região que mais sofrerá com a queda do turismo mundial. "Os mercados maduros são os mais afetados em comparação com os emergentes", disse o secretário-geral da OMT.
Ele explicou que os países europeus deverão receber menos visitas e, por sua vez, haverá menos viagens a outras regiões do mundo.

Para o caso da América do Sul e Caribe, a previsão é mais otimista, dado que o Caribe foi a única região do mundo que durante 2008 superou os indicadores de crescimento turístico do ano anterior.

"Em termos relativos", disse Rifai, "A América do Sul tem estado bem", embora é certo que venham tempos desafiantes em consequência de que os europeus vão desejar fazer viagens de menor alcance e mais baratas.
O secretário-geral da OMT avaliou também que a América do Sul pode se beneficiar da folga que ainda existe em alguns segmentos do mercado americano, como uma forma de evitar uma queda maior no turismo. Neste cenário, o turismo intrarregional poderá ser mais significante para a América Latina, à medida que os indicadores de viagens de turismo se retraem em nações mais desenvolvidas.

Para Rafai, as viagens de turistas dentro da América Latina são cada vez mais importantes e é o Brasil uma das nações que se converteu numa grande força nesta área. "Se há uma oportunidade para o Mercosul demonstrar que pode ser uma verdadeira instância de intercâmbio na América do Sul, este é o momento. E o turismo é assunto central", acrescentou Lipman.

Segundo a cúpula da OMT, a época de crise é o momento para que os governos compreendam o papel do turismo para dar apoio às economias, como estímulo para construção, infra-estrutura e emprego.

Fonte: EFE

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