Orlando Giglio, diretor de Vendas e Marketing da Iberostar Hotels & Resorts no Brasil
O grupo Iberostar entrou no Brasil pela porta da Amazônia, com um produto exclusivo e único no mundo: um cruzeiro no rio Amazonas. Favorecida por um sólido mercado interno, a empresa continua desenvolvendo o complexo da Praia do Forte, e projeta futuras aberturas.
Primeiramente gostaríamos de conhecer onde está estabelecido o grupo Iberostar no Brasil, quantos hotéis tem e qual o próximo projeto.
O Grupo Iberostar entrou no Brasil pela Amazônia, onde temos um navio-hotel com 75 cabines, muito charmosas, com vista para o rio. É um passeio inesquecível que oferecemos o ano todo com travessias de 3, 4 e 5 noites, que permitem conhecer a Amazônia real, não a dos papéis. Posteriormente, em 2006, inauguramos o primeiro hotel do complexo Iberostar Praia do Forte Golf & Resort, o Iberostar Bahia, o nosso primeiro resort no Brasil. Trata-sede um resort de 636 apartamentos, na primeira linha de praia, com mitas piscinas e gastronomia de primeira qualidade, além do sistema all inclusive Iberostar.
Qual é o público do complexo por temporada?
Temos sempre muitos charters para destinos como República Dominicana ou México, mas no Brasil isso é diferente porque o mercado doméstico é tão forte como o norte-americano, de modo que podemos dizer que 70% dos nossos hóspedes são nacionais, 20% europeus e 10% de outros mercados.
Quais os países dos europeus?
Espanha, Alemanha e Itália.
E os portugueses?
É um mercado sazonal que está crescendo, mas o turismo com maior participação é o nacional e o de outros países sul-americanos.
Poderia falar do novo hotel?
O novo hotel está pronto. Foi inaugurado em novembro de 2008 com uma ocupação impressionante.
Em novembro registrou 70%, em dezembro temos 92% e prevemos mais de 94% em janeiro. O ano de 2009 foi difícil no mundo todo, mas a crise foi menos forte na América do Sul e no Brasil especificamente.
O Iberostar Praia do Forte é de categoria Premium, uma categoria superior à do Iberostar Bahia, e está localizado a 55 km do aeroporto de Salvador e a 58 da cidade.
Houve muitas expectativas quando decidiram lançar o navio. Era a primeira iniciativa desse tipo no continente americano. O que é que significa hoje esse produto?
O Iberostar Grand Amazon é o único navio que faz cruzeiros no Amazonas porque os outros são pequenos, regionais, para excursões. Muitas pessoas pensam que o nosso é para excursões, mas a ocupação está crescendo e hoje está acima de 55%. É um produto muito exclusivo, de luxo, para aqueles que sabem apreciar a qualidade e querem fazer coisas novas na Amazônia.
Qual a diferença entre a vida a bordo num cruzeiro na Amazônia e outro no Caribe?
Há muitos cruzeiros no mundo. No Amazonas há um que é o nosso. Nosso navio é um all inclusive. Nas excursões que organizamos os guias explicam o que o turista vê na floresta amazônica. Poucos países têm uma floresta assim. O percurso ideal é o de sete noites. Navegamos em três rios: no Amazonas, no Negro e no Solimões, e os três são fantásticos. Vir ao Brasil e não ver a Amazônia é como ir ao Egito e não ver as pirâmides.
Qual o turista que faz esse cruzeiro?
Há muitos brasileiros e norte-americanos, alguns espanhóis e os alemães começam a descobrir o produto.
Qual o próximo investimento do grupo Iberostar no Brasil?
No complexo temos a oportunidade de construir um hotel de categoria Grand que seria o terceiro hotel na Praia do Forte, com 250 apartamentos, mas ainda está na fase de projeto. Temos ainda um espaço em Salvador da Bahia, no centro da cidade, para a construção de um hotel de frente para o mar.
Há planos com o mercado russo?
O mercado russo é sempre um potencial. É um mercado que não se desenvolveu durante anos e qualquer destino pode ser atrativo para eles, mas se esse destino oferece paisagens impressionantes, boa gastronomia e bons preços, então o Brasil é muito atrativo para eles e temos que levar isso em consideração.
As pessoas podem escolher o Brasil como destino, mas há muitos destinos no Brasil. Por isso uma única viagem é pouco.