Paola Dimitri, diretora do Escritório de Turismo da República Dominicana para a Espanha e Portugal

08 de Janeiro de 2009 7:47pm
godking

A República Dominicana quer potenciar o turismo de negócios, congressos e incentivos procedente da Espanha. Além disso, neste ano lançará uma campanha para aumentar as relações com novos agentes e operadores turísticos e incentivar possíveis investidores portugueses.

A senhora poderia comentar a situação do turismo de congressos e incentivos procedente da Espanha na República Dominicana?

É um dos segmentos de mercado em que estamos trabalhando com mais força. A informação dos promotores do nosso destino e dos vendedores do segmento de viagens e incentivo indica que há um grande interesse na Espanha e vamos ter resultados no curto e médio prazo.

A hotelaria está incluindo espaços para eventos, o poder público está melhorando a infra-estrutura na República Dominicana e isso contribui para a diversificação e para a atração de um turismo mais sofisticado.

Quais os destinos mais procurados na República Dominicana nesse sentido?

A costa leste que tem mais estabelecimentos novos, campos de golfe e ofertas complementares, mas Puerto Plata e Samaná também estão recebendo grupos mais pequenos de 500 ou 700 pessoas.

E o turismo de jovens?

A República Dominicana é um destino bastante procurado por pessoas de 20 a 30 anos. Estamos tentando incentivar esse grupo a partir de contatos com associações de estudantes e dos estudantes dominicanos no estrangeiro. Cabarete e Puerto Plata são lugares da preferência deles, sem deixar de lado a costa leste com opções de lazer mais dinâmicas como o windsurf.

Quantos turistas espanhóis viajam anualmente para a República Dominicana?

Cerca de 270 mil, e para congressos e eventos viajam de 50 a 60 grupos, além dos grupos informais que contratam o hotel diretamente na República Dominicana.

Quais as companhias aéreas e operadores que enviam turismo espanhol para a ilha?

Da Espanha temos três vôos charter e há mais empresas aéreas interessadas. Temos ainda o apoio de dois grandes operadores: Travel Plan e Iberojet.

A possível compra da Globalia pelo Grupo Iberojet poderia melhorar ou prejudicar a operação turística para a República Dominicana?

Prefiro a diversificação e não o monopólio porque temos mais oportunidades de venda do destino. As fusões de empresas propiciam a homogeneização do produto e isso não é conveniente para a República Dominicana como destino.

E a compra da Air Europa pela Air France?

Para a República Dominicana isso não tem muita relevância, mas acho que o espanhol não vai gostar de viajar numa empresa de capital nacional que conhece bem e que pode começar a voar em francês. Não é a mesma coisa.

Quais os principais operadores portugueses para a República Dominicana?

Principalmente Abreu e Piñero com a Soltour.

O Grupo Piñero, com tantos hotéis na República Dominicana, está viajando com a Soltour ?

Portugal não tem assentos em vôos diretos para a República Dominicana, de maneira que é a única possibilidade de emissão de Portugal para o nosso país.

Neste ano começamos uma campanha em Portugal com um plano muito ambicioso. Esperamos motivar as relações não apenas com agentes e operadores, mas também com possíveis investidores.

Acho que este ano vai ser decisivo para o mercado português e que veremos rentabilizado o investimento de tempo que lhe vamos dedicar.

Quantos turistas portugueses viajam anualmente para a República Dominicana?

Cerca de 36 mil, um número bastante expressivo se comparado com outros destinos.

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