Pode Acapulco renascer como destino turístico?

18 de Abril de 2008 2:44am
godking

Depois de tocar no fundo nos anos 90 e no início da década de 2000 para benefício de Cancun, no Caribe, ou de Puerto Vallarta, mais para o norte na costa do Pacífico, Acapulco voltou a registrar crescimento. Em 2007, cerca de 10 milhões de pessoas visitaram Acapulco - a praia mais próxima da Cidade do México - principalmente mexicanos da capital, situada a quatro horas de caminho.

Ernesto Rodríguez Escalona, ministro do Turismo do estado de Guerrero, promete que a água da praia estará limpa daqui a dois anos.

"Cometeram-se muitos erros de desenvolvimento desordenado ligado à nossa fama internacional", comentou Rodrigues Escalona à AFP.

Os visitantes atuais vão para a baía de Puerto Márquez e para as praias de Diamante, mais para o Sul, onde se erguem luxuosas residências de frente para o mar.

O Ministro rejeita as especulações de "lavagem de dinheiro" e afirma que a calma voltou depois dos ajustes de contas entre os cartéis da droga que colocaram Acapulco em todos os jornais no ano passado.

"A nossa única opção é diversificar as ofertas e limpar as água, a do mar e a doce. O programa de saneamento ficará pronto daqui a dois anos", garantiu.

Para atrair o turismo europeu, que procura cultura além de sol e praia, em 2008 será aberto um novo sítio arqueológico a 20 minutos de Acapulco: Tehuanil, a cidade dos Yopes, uma etnia guerreira que resistiu aos astecas antes da conquista espanhola.

"Querem reposicionar Acapulco como destino importante, promover-se na Europa", comenta Karim Djellit, presidente do 5º Festival Francês que aconteceu recentemente em Acapulco.

No entanto, para Olivier Lombard, chef francês que participou do Festival, "quando o luxo acaba não volta". Já outro dos chefs franceses, Gérard Dupont, presidente da Academia Culinária da França, afirma: "O mito morreu".

"Voltar ao passado não será possível", admite o Ministro, mas de qualquer maneira destaca que atualmente chegam oito vôos diários dos Estados Unidos, enquanto olha um grupo de franceses da terceira idade que chega à cidade.

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