A República Dominicana deve tomar medidas inteligentes que evitem colapso do turismo

16 de Junho de 2008 8:09pm
godking

O cancelamento de vôos internacionais de/para a República Dominicana pode afetar seriamente o turismo e, caso isso aconteça, a desvalorização do peso provocaria desajustes internos de grandes proporções.

Talvez não seja possível impedir essas decisões empresariais por ser um problema de todas as companhias aéreas. Na Europa e nos EUA muitos vôos têm sido cancelados e o Caribe não é uma exceção.

Porém, devemos evitar as altas taxas aeroportuárias e de combustível aéreo, que são mais elevadas em relação a outros destinos turísticos, ou podemos ser ainda mais afetados por uma questão de custos e competitividade.

Há pequenas ilhas do Caribe que vivem só do turismo e devem pagar subsídios à companhias aéreas para que voem aos seus territórios.

Graças aos dois milhões de dominicanos que moram no exterior e aos três milhões de turistas, a República Dominicana não precisa disso. Pelo contrário, as rotas para a República Dominicana sempre foram rentáveis.

Uma decisão inteligente das autoridades seria a redução das taxas nos aeroportos (por decreto se fosse necessário), de maneira que fossem comparáveis às das outras ilhas do Caribe e às dos próprios países produtores de petróleo.

Não se trata de subsídios, mas de ter a dimensão real dos efeitos dessas taxas na nossa competitividade.

Sacrificar a nossa mina de diamantes que é o turismo para obter mais algum dinheiro é simplesmente uma aberração.

As medidas devem ser tomadas levando em consideração o problema do combustível. Por exemplo, uma rota diária de ferry entre Santo Domingo e Miami, seria uma conexão com um dos mercados de turismo mais cobiçados: o dos Estados Unidos. É um projeto que pode ser mais viável que o de Porto Rico.

A infra-estrutura nas imediações das áreas turísticas deve ser remodelada com urgência porque perdemos competitividade em relação a outros países devido a problemas ambientais, rodoviários e de ornamentação pública.

A sujeira, a deterioração das estradas, o canibalismo urbanístico e moral nos arredores das áreas turísticas são verdadeiramente deprimentes.

Os valores da nossa hotelaria aumentaram demais devido às taxas de câmbio e isso tem provocado perdas importantes na chegada de turistas. É só olhar o crescimento dos últimos três anos em relação aos anos anteriores.

Assim, as autoridades devem prestar muita atenção a esses problemas e adotar medidas urgentes que evitem o colapso do turismo, uma das poucas coisas vivas nesta "ilha paradisíaca" que apenas mantém essa imagem para o visitante do exterior, desde que a sua estadia seja inferior a 15 dias.

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