Ricardo Martinez, ministro do Turismo de Honduras
A decisão dos países centro-americanos de se unirem para as ações de promoção internacional deu certo. Em pouco tempo, houve um crescimento importante do turismo proveniente dos mercados espanhol, alemão, inglês, italiano e francês, mas também cresceu o interesse pela região das companhias aéreas européias e dos grandes investidores da hotelaria. Depois da aprovação da verba destinada à promoção, o objetivo das autoridades turísticas é fortalecer o trabalho da Agência de Promoção Turística da América Central (CATA), na Europa.
Depois de um ano no Ministério do Turismo, como evoluiu o destino hondurenho e quais as perspectivas para o mercado europeu?
Primeiramente gostaria de anunciar a terceira freqüência da rota Roma-Roatan da Blue Panorama. Por outro lado a Iberia aumentou em 25% as viagens da Europa para a América Central e isso inclui Honduras, ainda que os vôos sejam através da Guatemala e San José.
Temos desenvolvido diversas ações como região. Por exemplo, através da nossa presença regional nas feiras européias e isso fez com que aumentasse o número de turistas, principalmente dos mercados espanhol, alemão, inglês, italiano e francês.
Qual foi o crescimento do turismo norte-americano no último ano?
O turismo norte-americano é o de maior crescimento, com 10% no último ano, mas o dado mais interessante é o aumento das despesas. Em média, o turista gasta US$ 600 em Honduras, mas o gasto do turista norte-americano é de mais de US$ 1.000.
Vocês anunciaram a melhora da infra-estrutura. O que é que pode comentar disso?
Temos avançado bastante. Já foi aprovada a licitação para a infra-estrutura da baía de Tela, estamos avançando na construção da infra-estrutura viária e dos serviços básicos, nas plantas de tratamento de água residual e no campo de golfe. O capital inicial privado foi de US$ 21 milhões para a construção de dois hotéis: um Hyatt e um Westin nessa zona. Já em outros parques nacionais há outros projetos de sinalização ou de infra-estrutura como a ponte Hamaca sobre o rio Cangrejal.
Como pensam evitar inconvenientes como os que ocorreram na última Central American Marketplace?
Finalmente já liberamos a marca América Central e todas as nações da região podem utilizá-la. A Costa Rica sediará a próxima Central American Travel Market e decidiu convidar apenas operadoras européias, mas El Salvador anunciou que o mercado norte-americano voltará à próxima edição.
Há outras boas notícias depois da última assembléia da CATA?
Aprovamos um novo orçamento e tomamos a decisão de fortalecer o trabalho da Agência. Acho que os ministros têm contribuído para a demora na tomada de decisões. Criamos um Comitê Executivo constituído pelo presidente pro tempore do Conselho Centro-americano de Turismo, que agora é o Sr. Godfrey Smith, de Belize, país que assumiu a presidência pro tempore do grupo. O presidente pro tempore dos ministros, o da Câmara e o Secretário Executivo da CATA tomarão as decisões operacionais. Não terão que esperar pelos ministros, que se reúnem a cada dois ou três meses.
Então o dinheiro estará disponível para sua utilização?
Com certeza, e, além disso, o governo de Taiwan doou mais de um milhão de dólares unicamente para promoção.
Mais alguma coisa para os nossos leitores?
Só lembrar que a América Central tem um produto integrado de muita qualidade e variedade que irá promover no mercado europeu da melhor forma possível.