Roberto Cintrón, presidente da Associação de Hotéis de Cancun: “o que a Riviera Maya oferece mais que nada é descanso e aventura”

06 de Outubro de 2014 11:08pm
claudia
Roberto Cintrón, presidente da Associação de Hotéis de Cancun: “o que a Riviera Maya oferece mais que nada é descanso e aventura”

Durante a Feira Leisure, Roberto Cintrón Díaz del Castillo, presidente da Associação de Hotéis de Cancun (AHC), compartilhou suas ideias sobre a ocupação hoteleira russa nessa região mexicana, a renovação em marcha em grupos de hotéis, bem como as transformações de hotéis que tradicionalmente eram All-Inclusive e que agora se converteram em Gourmet All-Inclusive, elevando a qualidade da comida e o serviço, para assim atrair mais turistas.

Como está a ser a ocupação hoteleira russa nestes momentos em Cancun?

—Nestes momentos tem baixado um pouco a ocupação russa. Esperamos que com os esforços que se estão a fazer agora volte a subir pois a conectividade vai ser a base desta subida. Precisamos definitivamente que as linhas aéreas vão. Isso é importante.

O fechamento de South Cross e de três pequenos operadores turísticos tem prejudicado economicamente o setor hoteleiro? Tem deixado contas sem pagar? 

—Tem deixado sim, mas não tem sido algo dramático, algo importante. Desafortunadamente passou-nos com outras agências de outros países, de modo que é algo ao que estamos acostumados em certa maneira e já nos protegemos muito contra isso. São poucas as contas que se elevam bastante de um hotel com alguma agência maiorista.

A Associação de Hotéis tem trabalhado para conseguir que tenha russo-falantes nos hotéis e documentação em russo?  

—Pediu-se aos hotéis que, à medida que vai subindo a ocupação de russos, ponham menus e sinalizações no alfabeto cirílico. É algo bastante importante. Quase sempre o hoteleiro o que vende é um serviço e o que mais quer é ter à gente contente com serviços desse tipo. Põem-se as bandeiras russas, por suposto.

Tem entrado algum grupo russo investidor na compra de hotéis em Cancun ou Rivera Maya?

—Até este momento que eu saiba não. Não sei da presença de algum grupo hoteleiro russo ou de inversoras russos.

Há russos que estejam a procurar Cancun como sua residência após se aposentarem?

—Eu conheço alguns. Sobretudo muitas raparigas que se casarem e que agora se dedicam ao turismo e estão a aproveitar a afluência de turistas russos para servir em algumas agências de viagens ou em hotéis.

Qual é a diferença fundamental entre Cancun e Riviera Maya à hora de atrair ao turismo russo? Que é o que procura o turismo russo?

—O que a Riviera Maya oferece mais que nada é descanso e aventura. Cancun também oferece descanso, mas oferece diversão, lojas, temos das melhores lojas numas zonas comerciais extraordinárias em Cancun.

Quantas habitações têm Cancun neste momento?

—Há um pouco mais de 35.000.

Quanto à separação de parques temáticos, vão terem mais parques temáticos em Cancun?

—Vamos sim. Proximamente está a ponto de abrir-se um novo parque temático em Cancun.

Vai ter renovação em algum grupo de hotéis ou alguma corrente importante?

—Sim. Quiçá eu não possa dizer os nomes, mas tem tido um grupo que tem adquirido alguns hotéis como o Gran Caribe Real, o Royal, tem adquirido o Dreams e o estão a transformar em outros hotéis.

É um grupo mexicano ou norte-americano?

—Acho que é um grupo espanhol. O Grupo Praia é o que tem adquirindo hotéis e querem mais. Têm muito boas marcas, como Hyatt. Somente vão poder-se construir 6.000 quartos mais daqui a 15 anos porque há um plano de desenvolvimento urbano que já não permite que se construam mais até que não tenha mais infraestrutura, por suposto. Daqui a 15 anos, quando esse plano se vença, já vai ter a suficiente infraestrutura para fazer outras 10 ou 15.000 habitações mais.

Estará o aeroporto novo aberto também.

—Provavelmente não novo, mas se está a começar a trabalhar já num quarto terminal.

O quarto terminal de Cancun estará dantes que o aeroporto.

—A companhia dona do aeroporto já tem planos definitivos e está a esperar as últimas resoluções por parte do governo para construir seu quarto terminal. Eu acho que eles devem saber algo porque para que construiriam um quarto terminal se vão fazer outro aeroporto.

Que opina de que a quinta liberdade não se possa dar a companhias estrangeiras para voar?

—Como hoteleiro, como “turistero”, eu gostaria que se desse. O problema é que as companhias nacionais mexicanas não têm a suficiente quantidade de aviões e a infraestrutura para competir, não poderiam competir contra American Airlines ou contra Delta. Definitivamente não.

Iberia vai voar para Cancun?

—Sim, agora que tem código compartilhado o vai fazer. Oxalá voe fisicamente Iberia cedo.

São duas frequências?

—É o começo e vão ver como resulta.

Com duas frequências semanais?        

—Eu não sei se estão seguros já de que sejam duas frequências nada mais. Acho que para a temporada vão ser bastante mais.

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