Terestella González-Denton, diretora executiva da Companhia de Turismo de Porto Rico

18 de Julho de 2008 12:27pm
godking

Porto Rico nunca trabalhou os mercados europeus e latino-americanos como outras ilhas do Caribe, visto que seu principal mercado eram os EUA, mas isso mudou e agora suas autoridades olham para a Europa, Ásia e América Latina.

A senhora pensa se candidatar novamente para o cargo de diretora executiva da Companhia de Turismo?

Esse é um cargo nomeado diretamente pelo governador. Se ele for eleito e considerar que devo continuar no cargo, então continuarei o trabalho iniciado. Caso contrário, a continuidade estaria garantida pelas comunidades e o setor privado, que têm assumido os nossos projetos de desenvolvimento turístico.

Durante este mandato foi inaugurado o Centro de Convenções de Porto Rico, que é o maior do Caribe neste momento. O que é que isso significa para o setor turístico?

Porto Rico sempre foi um destino reconhecido para grupos e convenções, mas não tínhamos um local que nos permitisse desenvolver o conceito de "city-wide conventions". Hoje, a Associação de Hotéis e Turismo, o Negociado de Convenciones e a Companhia de Turismo - o "destination team" - trabalham em conjunto para impulsionar esse segmento, mas isso só pode avançar se aumentar a capacidade hoteleira.

No início do quadriênio tínhamos um número limitado de apartamentos, mas agora estamos contentes, pois a meta de mais 5.000 é uma realidade que se concretiza.

A Companhia de Turismo impulsionou o desenvolvimento do Hotel Sheraton, de 500 apartamentos, próximo do Centro de Convenções, que ficará pronto em 2010. Por outro lado, há mais dois hotéis em negociação que vão acrescentar mais de 500 apartamentos ao Centro de Convenções.

Estamos começando a construção do Hotel St. Regis, na zona leste, muito perto da cidade, e temos os estabelecimentos Hotel Mandarin Oriental, o JW Marriott - o primeiro W Resort no Caribe, em Viequez - e o Hotel Regent. Todos são produtos de cinco estrelas que estão estimulando muito o turismo da ilha.

O que é que aconteceu com os investimentos espanhóis em Porto Rico?

Por enquanto não temos muitos investimentos espanhóis, mas vai chegar o momento em que teremos mais. O all inclusive Paradisus Sol Meliá não funcionou como a gente esperava, mas a Sol Meliá continuou apostando em Porto Rico e o Paradisus passou a ser um Gran Meliá.

Sabemos que há muito interesse na expansão em Porto Rico, mas isso passa pelas relações do governo com os países onde há interesse. Queremos aumentar o mercado europeu e a Espanha é um país chave nesse sentido.

Pela primeira vez Porto Rico está desenvolvendo um catálogo de propriedades. Além dos 5.000 apartamentos que já mencionei, temos terrenos do governo no catálogo localizados em lugares maravilhosos. Vamos ser parceiros nesses projetos, o que nos permitirá atrair novos produtos. Temos sete propriedades identificadas e quatro já estão abertas a propostas.

Quais os mercados de interesse para o Turismo de Porto Rico?

Porto Rico nunca trabalhou os mercados europeu e latino-americano como outras ilhas do Caribe, visto que o nosso principal mercado sempre foram os EUA. Agora, pela primeira vez, temos as condições para ir atrás desses mercados.

No primeiro semestre de 2008 vamos nos concentrar em três países - Espanha, Inglaterra e Alemanha - porque são mercados que se desenvolveram de maneira natural para o Caribe e com um pouco mais de presença e novos produtos, acho que vamos conseguir incentivá-los.

Na América Latina, estamos trabalhando o Brasil, México. Colômbia, Venezuela e Panamá, e já na América do Norte o Canadá.

Vamos avaliar em breve o mercado russo e estamos explorando o mercado asiático. Participamos das principais feiras da Ásia como as de Xangai e Beijing e a nossa página na Internet (http://www.gotopuertorico.com/) está em chinês-mandarim, de maneira que há ações concretas voltadas para esse mercado porque Porto Rico é ideal: tem cassinos, lojas, atrativos exóticos, e acesso aéreo e marítimo.

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