Thus Frick, embaixadora da International Gay and Lesbian Travel Association (IGLTA)

23 de Março de 2011 2:10pm
Thus Frick, embaixadora da International Gay and Lesbian Travel Association (IGLTA)

Diversas organizações, empresas e entidades governamentais trabalham no Brasil para uma maior sensibilização a respeito do turismo LGBT. Nesta ocasião, a nossa entrevistada fala do trabalho realizado na preparação e sensibilização dos destinos, entre outros temas.

Quanto tempo há que a senhora está na Diretoria da ABRAT GLS em Brasília?

Dois anos. Há três anos eu tenho trabalhado no sentido de aproximar o governo brasileiro ao nosso trabalho e o ano passado conseguimos assinar um acordo de cooperação com a Brazilian Turism Board e o Ministério do Turismo para realizar ações nacionais e internacionais para divulgar os destinos brasileiros que são gay friendly.

Estamos falando da Embratur...?

Da Embratur e do próprio Ministério do Turismo.

Qual a situação do Brasil para a acolhida ao público gay e lésbico com total conforto?

Devido ao trabalho que vem sendo feito pela Embratur e pelo Ministério do Turismo há já alguns anos, capacitando para receber o turista heterossexual, nós já temos alguns equipamentos e destinos bem preparados, e agora nós vamos prepará-los para receber o turista LGBT e para isso o Ministério do Turismo vai nos apoiar com cursos de capacitação e sensibilização que iremos fazer ao longo desses próximos anos para a preparação desses destinos para receber esse turista que é um pouco mais exigente.

Quais as cidades brasileiras onde a relação é mais friendly com esses turistas?

Em primeiro lugar Rio de Janeiro, seguida de São Paulo, Brasília, Recife, Salvador, Fortaleza e agora Porto Alegre e Manaus que se apresentaram como cidades que estão dispostas a se mobilizar, se capacitar e formatar produtos investindo para esse segmento especificamente.

Qual o orçamento destinado para essa capacitação e para a promoção dos destinos gay friendly?

Eu não sei ainda qual é o orçamento do Ministério do Turismo para isso, mas com certeza nós vamos procurar parcerias para complementar se necessário.

Quais os grupos hoteleiros brasileiros ou portugueses que investem no Brasil e têm maior sensibilidade com esse setor?

O Grupo Nobile, o Grupo Novotel, os hotéis Othon, os Golden Tulip, que são redes que já trabalham com a gente, são os nossos associados e estão investindo na capacitação de seus empregados para o trabalho com esse público.

A sua organização tem representação em todos os estados brasileiros?

Sim, temos representantes em todos os estados brasileiros e uma diretoria formada por membros que cuidam de assuntos específicos. Eu cuido das relações com o governo, esses acordos políticos é eu que faço; temos um diretor que cuida da formação e treinamento, uma diretoria de marketing e outra de relações internacionais que faz essa aproximação com o mercado internacional.

Podemos pensar que o Brasil é um país que está muito sensibilizado com este segmento?

Não só pensar, mas podemos afirmar isso. Ontem nós tivemos a prova disso com o discurso do presidente da Embratur totalmente favorável à realização de um trabalho bem-sucedido nessa área e hoje nós tivemos aqui a senadora Lídice da Mata que está brigando pela legalização dos direitos de lésbicas, bissexuais e transexuais.

A abertura dos casamentos civis na Argentina pode contribuir para que as relações nesse setor seja melhor entre os dois países?

Claro que sim, mas eu acho que o mais importante hoje é que temos uma presidente mulher e duas senadoras mulheres brigando por isso e eu acredito muito que as mulheres vão ser vencedoras nesse processo.




 

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