Titina Azuaje, ministra do Poder Popular para o Turismo da Venezuela

03 de Novembro de 2008 7:50am
godking

A última edição da Feira Internacional de Turismo da Venezuela - FitVen 2008 - confirmou o potencial turístico do país. O evento, bastante jovem, atraiu mais de 50 operadoras internacionais e os negócios gerados superaram os US$ 14 milhões. Sobre os detalhes, a ministra venezuelana do Turismo falou em exclusiva com a Caribbean News Digital.

Qual a diferença desta FitVen em relação a outras edições?

Foi um grande desafio. Em primeiro lugar mudamos o nome que anteriormente era FitCar já que a Feira era realizada em Caracas. A partir desta edição queremos promover o país todo em parceria com as operadoras, daí que o evento vai ser realizado em diferentes regiões.

A FitVen atraiu mais de 50 mil pessoas para o estado de Bolívar, o maior do país, com atrações como as quedas do Salto Angel, o rio Orinoco, um parque nacional e diversas etnias indígenas.

É um estado muito seguro para o turismo. Tem dois aeroportos internacionais, 20 mil leitos, centros de convenções e serviços muito bons. Sabemos que o turismo requer infra-estrutura e bons serviços para atrair investimentos e turistas.

Como foi a participação de operadoras e agências na feira?

Participaram do evento 50 operadoras de 12 países: Estados Unidos - com 10 operadoras - Colômbia, Canadá, Alemanha, Portugal, Itália, uma representação governamental da Nicarágua e 191 expositores venezuelanos. O evento foi concebido para o setor privado, para que os profissionais do setor pudessem participar de rodadas de negócios com operadores nacionais e internacionais.

Fecharam-se contratos no valor de US$ 14 milhões. A Venetur, empresa que opera e administra os ativos turísticos estatais, gerou mais de 10 milhões de bolívares fortes.

Esses ativos incluem 9 hotéis de 5-estrelas que estão abertos a todos os venezuelanos, independentemente dos seus recursos econômicos, graças a um programa desenvolvido pelo governo do presidente Hugo Chávez. Nós garantimos a qualidade dos serviços nesses estabelecimentos.

E sobre o tema das conexões aéreas?

Temos muita demanda de viagens para a Venezuela, principalmente da América Latina e da Europa. A Conviasa, a transportadora nacional, adquiriu seis aeronaves para garantir a cobertura de rotas nos países da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA).

Temos acordos com a Nicarágua, com a Dominica e com Cuba que beneficiam as pessoas de baixa renda. Através do Programa de Turismo Social, elas viajam para países da América Central e América Latina. São pessoas que nunca sonharam em viajar para o exterior da Venezuela.

Como pensam tornar mais efetivos os vôos da Conviasa para a Espanha?

Há um acordo com a Espanha e estamos tentando fazer as viagens com turistas de ambos os países.

A Conviasa não pertence mais ao Ministério do Poder Popular para o Turismo. Agora faz parte do Ministério de Infra-estrutura que se encarrega do transporte marítimo, terrestre e aéreo. Mas de qualquer maneira estamos em contato com as autoridades espanholas para o estabelecimento de uma aliança aérea entre os dois países.

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